Cursos com maior número de vagas no Sisu são administração e pedagogia
Administração, com 1.996 vagas, pedagogia, com 1.989, e ciências biológicas, com 1.748, são os cursos com maior número de vagas ofertadas na segunda edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2019, conforme divulgou hoje (3) o Ministério da Educação (MEC). As inscrições começam amanhã (4) e podem ser feitas até sexta-feira (7), na página do programa.
A consulta de vagas está aberta no site do Sisu desde o dia 23. Os participantes podem fazer a busca por curso, por instituição de ensino ou por município. “É muito importante que o aluno se planeje ao longo do ano para fazer a melhor escolha”, alerta o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Arnaldo Barbosa de Lima.
Estão também entre os cursos com mais vagas o de química, com 1.720; matemática (1.619); engenharia elétrica (1.542); física (1.520); direito (1.459); medicina (1.446); engenharia civil (1.425); e educação física (1.215). As vagas são ofertadas em todo o país. Os estados com mais vagas são Rio de Janeiro, com 12.937; Minas Gerais, com 8.479; Bahia, com 6.745, e Paraíba, com 5.990.
A oferta de vagas neste segundo semestre é recorde para o período. Ao todo, serão ofertadas 59.028 vagas em 76 instituições públicas de ensino em todo o País.
Desse total, 26.535, o equivalente a 50,67%, serão ofertadas no âmbito da Lei de Cotas (Lei 12.711/12), que estabelece que 50% das vagas das universidades federais e das instituições federais de ensino técnico de nível médio devem ser reservadas a estudantes de escolas públicas. Dentro da lei, há a reserva de vagas para pretos, pardos e indígenas, de acordo com a porcentagem dessas populações nas unidades federativas.
A maior parte das vagas, 30.149 (51,07%) é em período integral. Neste semestre, são ofertadas 19.458 (33%) vagas noturnas.
Universidades federais
Cerca de 69% das vagas são ofertadas por universidades federais. De acordo com o secretário Educação Superior, o contingenciamento não impactou a oferta do Sisu. “Universidades têm autonomia quanto a oferta de cursos e vagas, são eles que se planejam. Não se tem notícia de que [o Sisu] foi prejudicado. O programa está no pico histórico”, disse.
Sisu 2019
O Sisu oferece vagas em instituições públicas de ensino superior, entre universidades e institutos federais, instituições estaduais e municipais. Podem participar do Sisu os estudantes que fizeram prova do Exame Nacional do Ensino Médio em 2018 e obtiveram nota na redação acima de zero.
O resultado da chamada regular será divulgado no dia 10 de junho. As matrículas devem ser realizadas de 12 a 17 de junho. Aqueles que não forem selecionados poderão participar da lista de espera de 11 a 17 de junho. A convocação desses estudantes ocorrerá após o dia 19 de junho.
Editorial: O Mecanismo do STF pode impedir a festa de alguns condenados
O Supremo Tribunal Federal (STF) só julga nesta quarta-feira o habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este “remédio” constitucional visa à manutenção da liberdade do petista (já condenado há mais de 12 anos pelo TRF-4) até que todos os recursos sejam julgados pela Justiça.
Mas, ainda nesta terça à tarde, entidades de advogados, juristas e defensores públicos entregaram à Corte um abaixo-assinado defendendo que ninguém seja considerado culpado enquanto não forem esgotadas todas as possibilidades de defesa. Entre aqueles que subscreveram o documento estava Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado de Paulo Maluf.
Quase que simultaneamente, foi a vez dos membros do Ministério Público e do Poder Judiciário também baterem à porta do STF para, também, apresentarem o seu documento, com mais de 5 mil assinaturas, mas este a favor da prisão de condenados em segunda instância.
Entre os assinantes estavam o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol e o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Evidentemente, a máxima instância do Judiciário brasileiro não se deixa influenciar por este ou aquele berro. Mas, por outro lado, os 11 juízes sabem da influência que suas decisões têm sobre os rumos políticos do Brasil.
Amanhã é mais um dia de decisão, do tipo que paralisa o País. Principalmente para os figurões que clamam para o Supremo fazer justiça conforme a ocasião e os interesses em jogo. E não é só Lula o interessado. Muitos condenados da Lava Jato podem se beneficiar com a mudança da jurisprudência.
Tem ainda Eduardo Cunha, Antônio Palocci, Sérgio Cabral, que fazem coro para que o STF opte pelo retrocesso, que só vigorou na história judiciária brasileira entre 2009 e 2016, por submissão de nossos magistrados a interesses estranhos ao conceito de justiça. Se isso mais uma vez prevalecer – como na série de sucesso da Netflix, “O Mecanismo” – haverá comemoração no Complexo da Papuda, em Brasília, no Complexo-Médico Penal, em Curitiba, e, porque não, no edifício Hill House, em São Bernardo do Campo.
Editorial: A Netflix, O Mecanismo e o papel de vestir a incômoda carapuça
Nesta terça-feira, o cantor e compositor Chico César anunciou que cancelou sua conta na Netflix. O mesmo já tinha feito o ator José de Abreu e o crítico de cinema Pablo Villaça, do site da revista Carta Capital. A origem da questão está na série “O Mecanismo”, que estreou na última sexta-feira, 23, na Netflix e que tem direção de José Padilha.
A ex-presidente Dilma Rousseff não comunicou o cancelamento do serviço de streaming, mas tem reagido acidamente ao conteúdo da produção, ao diretor e à provedora global de filmes on-line. “O diretor inventa fatos. Ele próprio tornou-se um criador de notícias falsas”, acusa a petista.
A polêmica obra de Padilha traz personagens inspirados justamente em Dilma (apresentada como Janete) e Lula (João Higino), ambos cientes e coniventes com o esquema de corrupção apresentado na série. Mas, no centro da celeuma está a expressão “estancar a sangria”, colocada na boca de Higino/Lula. Esta é uma frase sintomática, dita, na realidade, por Romero Jucá, quando foi gravado por ocasião do impeachment de Dilma, falando de um pacto para deter o avanço da Operação Lava Jato: “Tem de mudar o governo pra poder estancar essa sangria”, ponderou, à época, o atual líder do Governo no Senado ao seu interlocutor, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Fato é que a frase é simbólica demais para ser tirada do seu contexto e dar a ela outra paternidade, como são “Tem que manter isso, viu?”, “Tem que ser um que a gente mate antes de fazer a delação” ou “Aqui, hoje, eu estou saudando a mandioca”. Mas atacar a série a partir desta ou daquela imprecisão é pouco e fomenta exatamente a curiosidade de se buscar saber o porquê de tanto burburinho em torno de uma produção do tipo.
Espernear e ameaçar o cancelamento do serviço da Netflix não funciona. Pelo menos não fez efeito no caso do caricato filme “Polícia Federal – A Lei é Para Todos”, que, apesar da campanha de parte da Esquerda, se tornou o longa nacional mais visto de 2017. Ao se insurgir publicamente contra a série de Padilha, Dilma ajuda justamente a dar publicidade ao trabalho e fazer dele ainda mais notícia do que normalmente já seria. Neste caso, melhor mesmo era silenciar e aceitar a carapuça que, aparentemente, embora incômoda, lhe caiu tão bem.
Netflix ironiza e desmente filho de Bolsonaro no Twitter
A nova série O Mecanismo, da Netflix, continua causando polêmica nas redes sociais. Depois de a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) escrever uma carta aberta criticando o criador e diretor da obra, José Padilha, um dos filhos de Jair Bolsonaro, Flavio Bolsonaro, deputado estadual do Rio de Janeiro, foi desmentido pela própria empresa de streaming no Twitter, nesta terça-feira, 27.
O rapaz publicou: “Se a esquerda está apavorada com a série ‘Mecanismo’, imagina se eles soubessem que a @NetflixBrasil poderia estar interessada em fazer uma série sobre Bolsonaro”, às 7h da manhã. Quatro horas mais tarde, o perfil oficial da companhia rebateu. “Você está louca, querida”.
A frase faz referência direta a um tweet do então candidato à Presidência da República Eduardo Jorge, que virou meme em 2014. À época, uma moça disse que ele é “muito lindo”. Em resposta, ele foi enfático. “Você está louca, querida”.
A publicação de Flavio Bolsonaro teve, até a tarde desta terça-feira, 5,4 mil curtidas e 4,6 mil compartilhamentos. Mais de 68 mil pessoas marcaram como destaque a resposta da Netflix e 39 mil retweetaram a invertida. Após estas duas postagens, o deputado, na tentativa de mostrar que o interesse da empresa era real, publicou prints de supostas conversas com a Netflix.
O Mecanismo é uma série baseada em fatos reais e retrata as investigações da Operação Lava Jato. Na obra, os personagens são inspirados nos ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef, no atual presidente Michel Temer e nos investigadores Gerson Machado e Erika Marena, no juiz federal Sérgio Moro, entre outros.
Saiba quem é quem em “O Mecanismo”
Lançada há menos de uma semana, a série “O Mecanismo”, produção original da Netflix, já causou polêmica e furor nas redes sociais. Baseada em fatos reais, a obra retrata as investigações da Operação Lava Jato, com personagens semelhantes aos que estão envolvidos com o maior escândalo de corrupção do Brasil.
O diretor José Padilha, ao lado de Elena Soárez, criou o drama em que Marco Ruffo (Selton Mello), delegado aposentado da Polícia Federal, está obcecado pela investigação da Lava Jato. Ele é inspirado em Gerson Machado, assim como sua assistente, a delegada Verena Cardoni, baseada em Erika Marena.
Na internet, os espectadores reclamaram que os personagens têm nomes diferentes dos reais e que algumas falas estão atribuídas a pessoas diferentes da investigação real. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) criticou a série, em carta aberta, dizendo que Padilha propaga fake news. “O cineasta incorre na distorção da realidade e na propagação de mentiras de toda sorte”, disse.
Em resposta, o criador de Narcos e Tropa de Elite disse à Folha de São Paulo que a série é uma obra-comentário e que, na abertura de cada capítulo, está escrito que os fatos estão dramatizados. “Se a Dilma soubesse ler, não estaríamos com esse problema”, afirmou o diretor.
Conheça os personagens
João Higino – Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República
Janete Ruscov – Dilma Rousseff, ex-presidente da República
Paulo Rigo – Sérgio Moro, juiz federal
Roberto Ibrahim – Alberto Youssef, doleiro e empresário
João Pedro Rangel – Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras
Samuel Thames – Michel Temer, presidente da República
Tony – João Santana, marqueteiro político
Ricardo Brecht – Marcelo Odebrecht, empresário
Lorival Bueno – Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS
Marco Ruffo – Gerson Machado, delegado aposentado da Polícia Federal
Verena Cardoni – Erika Marena, delegada da Polícia Federal
Wilma Kitano – Nelma Kodama, empresária
Mário Garcez Brito – Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça (falecido em 2014)
Maria Tereza – Maria Lúcia Tavaes, ex-secretária do grupo Odebrecht
Agente China – Newton Ishii, agente da Polícia Federal
Dimas Donatelli – Deltan Dallagnol, procurador da República
Empresas são baseadas na realidade
Petrobrasil – Petrobras
OSA – OAS
Miller&Brecht – Odebrecht
TR Distribuidora – BR Distribuidora
Banco Brasileiro – Banco do Brasil
Banco do Estado – Banco Banestado
Linha 13-Jade da CPTM começa a funcionar em Guarulhos
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) entregou, neste sábado, a Linha 13-Jade da CPTM, que liga a Zona Leste, por meio da Estação Engenheiro Goulart, ao Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, com parada nas estações Guarulhos-Cecap e Aeroporto-Guarulhos. Esta é a única obra da CPTM para ser entregue este ano.
“Estamos integrando São Paulo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. Serão 12,2 km de quilômetros de ferrovia nova, que vai interligar o sistema de trem da CPTM com o Metrô. É uma grande conquista para qualidade de vida da população, estimulando o desenvolvimento”, ressaltou Alckmin.
Neste primeiro mês de funcionamento, a operação será assistida e o trem estará disponível somente aos sábados e domingos, das 10h às 15h. O percurso será feito em cerca de 15 minutos e terá baldeação para a Linha 12-Safira. No segundo mês, a operação ocorrerá no mesmo horário, mas será ampliada para todos os dias da semana. Em ambos os casos as viagens serão gratuitas.
Somente a partir de junho os trens funcionarão das 4h à meia-noite, com tarifa de R$ 4. Neste mesmo mês começará a funcionar o serviço Connect (das 5h às 9h e das 16h às 20h), com trens que sairão do Brás até ao aeroporto sem necessidade de baldeação. A viagem deve durar 35 minutos.
Já em julho começa a funcionar o Airport-Express, serviço que vai ligar a Estação Luz até o aeroporto sem realizar nenhuma parada nas demais estações do trajeto. Serão determinados quatro horários diferentes para cada sentido da viagem e o valor da passagem deve ser definido pela CPTM em breve.
Ligação ao aeroporto pela CPTM deve ocorrer apenas em julho
A Linha 13-Jade da CPTM vai entrar em operação ainda em março, mas o serviço Airport Express, que será uma ligação direta da Estação da Luz até o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos só deve ocorrer em julho, no terceiro mês de funcionamento da nova linha.
Em abril, a Linha 13 vai operar de forma assistida, com atendimento nas estações Engenheiro Goulart, Guarulhos-Cecap e Aeroporto, com intervalo de 30 minutos somente aos sábados e domingos, das 10h às 15h. O trajeto deve demorar 15 minutos.
A circulação de trens começará a funcionar normalmente somente em junho, das 4h à meia-noite, quando a tarifa de R$ 4 começará a ser cobrada. Nos horários de pico haverá ainda a oferta do serviço Conect, que consiste em ligar a Estação Brás até o Aeroporto de Guarulhos em 24 minutos.
Concluídas estas etapas, o Airport-Express deve entrar em operação. O trajeto irá durar 35 minutos e os trens partirão em quatro horários programados nos dois sentidos. A tarifa será diferenciada, mas não foi definida.