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terça-feira, abril 16, 2024

Mesmo na crise, cirurgia plástica aumenta 25,2%

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Mesmo com a crise econômica, a quantidade de cirurgias plásticas com fins estéticos cresce no Brasil. Foi realizado no ano passado 1,7 milhão de operações no País, sendo 60% para fins estéticos, estima o censo bianual da Sociedade de Cirurgia Plástica (SBCP), principal entidade do setor. Comparando com dados do período anterior, de 2016, o número de cirurgias plásticas estéticas é 25,2% maior. O Brasil é um dos líderes nessas intervenções.



O levantamento reúne relatos obtidos com profissionais associados da SBCP – em dois anos, houve aumento de 10,3% no número de filiados. Os dados totais são uma projeção estatística com base na amostra obtida.



A técnica em enfermagem Ana Cláudia Machado, de 32 anos, ajudou a engrossar os números de 2018. No ano passado, de uma só vez, fez lipoaspiração e colocou 355 ml de prótese na mama. “O seio sempre foi uma cirurgia dos sonhos”, conta a moradora de Guarulhos, Grande São Paulo.



Para conseguir pagar os procedimentos, diz ela, houve esforço financeiro. “Pesquisei bastante, fiz avaliações que não caberiam nunca no meu bolso. Juntei minhas férias, fiquei cinco meses sem comprar nada e consegui o dinheiro.”



As cirurgias pelas quais Ana Cláudia passou estão entre as preferidas dos brasileiros. Os procedimentos mais procurados são o aumento de mama, a lipoaspiração e a abdominoplastia. Entre 2016 e 2018, houve redução na procura pelo aumento de mama. Por outro lado, foi registrada maior busca pela redução mamária. Alternativas como parcelamento e até consórcios ajudaram a popularizar as plásticas. “Fiz parcelado no cartão em 12 vezes”, conta a atendente Eliana Oliveira, de 41 anos, que pôs prótese mamária.



Botox



Também chama a atenção o número de procedimentos estéticos não cirúrgicos, como aplicação de botox e preenchimentos. Em 2018, as intervenções desse tipo se equipararam às operações plásticas.



“Os produtos melhoraram bastante. Uma cirurgia envolve todo um pré-operatório, avaliações, exames e pós-operatório. A complexidade é absolutamente diferente”, explica Níveo Steffen, presidente da SBCP. “Os procedimentos não cirúrgicos têm uma morbidade infinitamente menor”, ressalta.



Mais de 65 anos



Pessoas de 36 a 50 anos são as que mais se submetem aos procedimentos estéticos, de acordo com o censo realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), mas, segundo Níveo Steffen, presidente da entidade, chama a atenção o aumento na procura desses procedimentos por idosos.



Entre os que fizeram plásticas no ano passado, 36,3% estão na faixa etária de 36 a 50 anos. Esse grupo ultrapassou os mais jovens, de 19 a 35, que hoje respondem por 34,7% dos procedimentos. Os dados também revelam que o porcentual de cirurgias plásticas para estética em idosos passou de 5,4% para 6,6% entre 2016 e 2018.



A alta nessa faixa etária pode parecer pequena, mas evidencia uma tendência. “Por ano, representam em torno de 70 mil a 80 mil cirurgias realizadas com o propósito de melhoria dessa parte estética”, diz Steffen. “Antes, essa faixa etária não tinha um significado dentro da cirurgia plástica estética.”



Segundo ele, operações no rosto, nas mamas e no abdome são as preferidas desse público. “As pessoas chegam a essa faixa etária com saúde e vigor e, muitas vezes, o corpo não corresponde a esse bem-estar interior”, afirma o especialista.



Aos 60 anos, a comerciante Jane Assis planeja ir para a mesa de cirurgia ainda neste mês. Depois de fazer uma mamoplastia (para modelar a mama) no ano passado, agora ela quer colocar 290 ml de prótese. “Custei a convencer o médico”, conta.



Hipertensa, ela não teme complicações. “O que manda, em primeiro lugar, é a cabeça, se você quer aquilo, e os exames em dia”, diz Jane, que há 23 anos operou o abdome. Os resultados, diz, não são para parecer mais jovem aos olhares de fora. “Gosto para mim mesma, para olhar no espelho. Tem dia que não acredito que tenho 60 anos. Minha cabeça, pelo menos, não é de 60.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 





Doria articula com DEM para disputar o governo do Estado de São Paulo (Foto: Reprodução/Rede Social)


Política

Doria negocia com DEM, mas ala tucana tenta impedir candidatura

Após se aproximar do PSD, o prefeito João Doria investe agora no apoio do DEM para uma eventual candidatura pelo PSDB ao governo de São Paulo. A negociação partidária, que envolve o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM-BA), ocorre à revelia do governador Geraldo Alckmin e no momento em que uma ala tucana tenta adiar as prévias paulistas da legenda para maio.

Com o adiamento das prévias, o prefeito seria forçado a deixar o cargo para entrar na disputa interna. Pela legislação, os políticos que forem concorrer nas eleições deste ano devem renunciar até o dia 7 abril.

Doria e Maia conversaram sobre a sucessão em São Paulo no avião do prefeito, durante um voo entre Rio e Salvador na terça-feira de carnaval. Ao chegar à capital baiana, eles se juntaram ao prefeito ACM Neto. Questionado sobre o encontro, Maia disse que a palavra final sobre uma eventual aliança em São Paulo será do diretório regional do DEM.

O prefeito deve almoçar no sábado com o secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia, pré-candidato do DEM ao governo, e com dirigentes paulistas da sigla. A ideia é oferecer a Garcia a vaga ao Senado. Por essa configuração, o presidente licenciado do PSD, ministro Gilberto Kassab, seria o vice de Doria na chapa e o chanceler Aloysio Nunes (PSDB), o segundo candidato ao Senado. A movimentação de Doria incomodou aliados de Alckmin.

O governador tenta evitar um racha em sua base na campanha pelo Palácio dos Bandeirantes. Pré-candidato à Presidência, Alckmin não descarta convidar o vice-governador Márcio França (PSB), que deve assumir em abril o governo e disputar a reeleição, para se filiar ao PSDB e ser o candidato único da coalizão governista. Tucanos paulistas ventilam ainda a possibilidade de acrescentar uma cláusula ao estatuto da legenda que tornaria todos os detentores de cargo executivo candidatos “natos” à reeleição – ou seja, sem a necessidade de disputar prévias.

Alckmin ‘sabe falar com o povo’ e tem chances de vencer eleição, diz FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) refutou, em entrevista à rádio CBN, as críticas de que não vem apoiando devidamente o pré-candidato de seu partido ao Palácio do Planalto, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O ex-presidente disse que ajudou a fazer Alckmin presidente nacional do PSDB e acredita que ele tem chances de vitória nessas eleições presidenciais.

Segundo Fernando Henrique, São Paulo é um Estado em ordem e as finanças estão em dia. “Ele é um homem simples, fala de forma direta com o povo, esses são valores que podem ser transformados em voto. Por isso ele tem muita chance. E como esta é uma eleição casada, um partido como o PSDB terá peso nessa eleição “

Fernando Henrique reiterou que um candidato do mercado não vence o pleito, mas isso não quer dizer que ele não respeita o mercado “Não tem de ser o candidato do mercado, tem de ser o candidato do País para ganhar as eleições.”

Para ele, as eleições no Brasil não devem trazer nenhum nome novo. “Mas quem simbolizar a retomada de crescimento, decência e muita tranquilidade ao País, tem todas as chances de ganhar.” 

Intervenção.

Na entrevista, gravada pela CBN na tarde desta quinta-feira, dia 1º, FHC disse que a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro é um processo que demanda tempo. “Os militares têm conduta correta, só vão quando são chamados”, comentou.

“Há no Rio medida para garantir a lei e a ordem (GLO).O que há agora é intervenção, com as forças subordinadas ao interventor para uma transformação”, disse, emendando que é necessário esperar para ver os resultados da ação. “Isso leva tempo, não se resolve da noite pro dia. A ação tem de ser continuada, a longo prazo e feita com inteligência, se não fica só o espetáculo dos tanques nas ruas.”

“Eu disse – e fui mal interpretado – que os militares são chamados quando os governos se enfraquecem. Não posso dizer isso no caso do Rio, mas é preciso evitar o uso abusivo das Forças Armadas”. FHC ressalvou que hoje não há a preocupação que se tinha antes do governo militar, de tomada de poder.

Para o ex-presidente, o tema segurança vai permear o debate eleitoral deste ano, até mesmo porque o cidadão pobre está desprotegido. “Mas o debate não pode ser feito com demagogia. E precisamos ficar atentos para que isso não ocorra”, destacou.

 







Em 2006, Alckmin superou Lula com folga em São Paulo (Foto: Rovena Rosa/ABR)


Opinião

Editorial: Alckmin tem uma difícil tarefa de fazer um jogo de recuperação

É quase consenso que Geraldo Alckmin é o melhor nome do PSDB para concorrer este ano à Presidência da República. Evidentemente, tem aqueles que discordam, como o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que chamou a prévia do partido de fraude e abandonou a disputa interna pelo posto de presidenciável. Mas, depois de Aécio Neves ter se afundado em um lamaçal, de o prefeito João Doria, aparentemente, ter se contentado com a possibilidade de sair governador e de Fernando Henrique Cardoso ter visto abortada a ideia de lançar Luciano Huck como candidato, não há às claras outra indicação tão forte nas fileiras tucanas quanto a do governador paulista.


Assim, o nome de Alckmin deve ser aclamado nas prévias presidenciais do partido, agendada para 18 de março. No entanto, se dentro da legenda a fatura é líquida e certa, fora dela o cenário ainda é muito nebuloso. E os números divulgados ontem pelo Instituto Paraná Pesquisas (IPP), que mostrou o paulista em empate técnico com Jair Bolsonaro, com intenções que variam de 20% a 23%, dependendo do cenário, é mais motivo para preocupação do que para celebração. Afinal, se quer almejar voos mais altos, o governador tem de se mostrar soberano entre aqueles que diretamente lidera.


Em 2006, quando enfrentou Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin superou o petista nos dois turnos, tendo um incrível desempenho de 54,2% dos votos no primeiro turno. Isso com Lula no auge de sua trajetória política. Em 2010, José Serra repetiu a dose, baixando a margem para 40,67% no primeiro turno e subindo para 54% no segundo. Em 2014, Aécio Neves perdeu nos dois turnos em Minas Gerais, seu Estado, e viu Dilma Rousseff ser reeleita.

Assim, para Alckmin não resta outra alternativa a não ser recuperar os votos que o PSDB tradicionalmente obtém em São Paulo. Ainda há muita água para rolar sob esta ponte. Mas, fazer um jogo de recuperação é muito mais difícil e desgastante do que administrar uma vantagem. No entanto, as prévias do PSDB podem finalmente lançar luz sobre o papel do governador paulista nesta que deve ser uma acirrada e imprevisível disputa presidencial.

 





Mudanças impostas pelo Estado de São Paulo prejudicaram crianças autistas (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)


Opinião

Ponto de vista: Desrespeito com o autista

A insensibilidade do governo estadual ao impor exigências sem diálogo prejudicou mais de 2,5 mil alunos autistas de escolas conveniadas. Ao alterar edital às vésperas do início do ano letivo, o governador Geraldo Alckmin condicionou o repasse de recursos sem garantir o devido tempo para estabelecimentos se readequarem.


As mudanças desrespeitaram e afetaram alunos, pais e unidades credenciadas. Publicado no final de janeiro, algumas escolas não puderam retomar as atividades. Entre as justificativas para melhorar a estrutura e cumprir orientação do Tribunal de Contas do Estado, ficou a dúvida sobre o propósito em cortar o atendimento às crianças especiais.


Pais, educadores e apoiadores se manifestaram contra as medidas e a interrupção de aulas e atividades multidisciplinares e pediram a revogação do decreto. Decisão da Justiça determina que o Governo garanta o transporte e pagamento às conveniadas, entre R$ 1,2 mil e R$ 1,7 mil por aluno, conforme o tempo de permanência.


São apenas 25 escolas conveniadas e o Governo não pode prejudicar o atendimento. Ninguém é contra o avanço da qualidade. Mas aulas adequadas, atividades individuais, rotina escolar e a contínua preparação de autistas para sua autonomia são fundamentais. Não podem ser interrompidas abruptamente sob qualquer pretexto.


A necessidade de educadores especializados, uniforme, alimentação, material escolar e de higiene precisa de um repasse justo. Exigir, sem contrapartida do Estado, só deixa o aluno autista desassistido. Todo tratamento tem métodos e procedimentos específicos elaborados por uma equipe multidisciplinar para o desenvolvimento progressivo.


O Governo mostra a visão rasa sobre os aspectos socioeducativos. Como sempre, apega-se às questões burocráticas para se justificar e interdita e viola direitos, sem propor um sistema educacional público e inclusivo, com o qual educação, terapias e convivência universal com as diferenças sejam garantidas a todos alunos.

*Edmilson Souza é professor de História, educador e vereador em Guarulhos

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