Donald Trump lança campanha nos EUA para a sua reeleição
Quando o presidente dos EUA, Donald Trump, lançar oficialmente sua campanha de reeleição em Orlando, na Flórida, na noite desta terça-feira, diante de uma multidão de 20 mil pessoas, ele não será nem favorito nem candidato sem chance.
Especialistas dizem que não é conclusiva a discussão se Trump continuará ou não seu trabalho no primeiro posto da nação norte-americana. “Eu diria que talvez em 50/50”, disse Kyle Kondik, editor-gerente do Sabato’s Crystal Ball, um boletim político apartidário produzido na Universidade de Virginia Center for Politics.
Mas. em um primeiro momento, essa avaliação parece otimista. Na verdade, o índice nacional de aprovação de Trump gira em torno de 40%. O único presidente desde 1945 que teve um índice de aprovação mais baixo nesta fase de seu primeiro mandato foi Jimmy Carter em 1977.
As classificações de aprovação nem sempre são os melhores indicadores do sucesso eleitoral. De acordo com a mesma análise feita por FiveThirtyEight, o Presidente George H.W. Bush estava sentado perto de 70 por cento neste momento em seu primeiro mandato, e mesmo assim viu-se derrotado pelo democrata Bill Clinton, em 1992.
Para vencer, Trump precisa manter ou expandir sua base nos principais estados que ele conquistou em 2016. É uma tarefa difícil, mas há vários fatores importantes que podem levar Trump a uma segunda vitória, apesar de sua relativa impopularidade.
A tarefa é poderosa, especialmente quando um presidente em exercício preside uma economia em um tempo de relativa paz. “Essas são as condições desafiadoras para um presidente em exercício que se propõe a vencer uma nova eleição”, disse Kondik.
Exército norte-americano recebe primeiro soldado transgênero
O Exército norte-americano recebeu um soldado (recruta) transgênero. É o primeiro caso desde que um tribunal federal decidiu que a instituição teria de aceitar pessoas declaradamente transgênero, no final do ano passado. A informação foi repassada nesta segunda, 26, pelo Pentágono.
A decisão judicial determinou que a partir do primeiro dia deste ano, o exército americano deveria receber pessoas abertamente transgênero. O comunicado do Pentágono diz que a partir do dia 23 de janeiro de 2018, um indíviduo transgênero passou a servir o Exército dos Estados Unidos.
Em julho do ano passado, Trump decidiu proibir o ingresso de transgênero no Exército do país, decisão apoiada pelos conservadores republicanos, sobretudo o vice-presidente Mike Pence. A administração de Barack Obama havia decidido acolher pessoas transgênero nas atividades militares do país.
A decisão foi contestada e diferentes tribunais consideraram que a medida adotada por Trump era ilegal por não seguir o preceito constitucional da proteção da igualdade perante a lei.
Trump defende que professores “treinados” portem armas nas escolas
O presidente americano Donald Trump se envolveu em mais uma polêmica na manhã desta quinta-feira, 22. Após o ataque em uma escola na Flórida, que deixou 17 mortos na semana passada, ele defendeu que professores com “treinamento militar” portem armas em salas de aula. Desta forma, o político acredita que os docentes possam proteger alunos em tiroteios.
Pelo Twitter, o presidente negou que tenha sugerido armar todos os professores americanos e atacou o que considera “Fake News”. “Nunca disse para dar armas aos professores como noticiaram em ‘fake news’ a CNN e a NBC”, escreveu na rede social.
De acordo com Trump, sua sugestão foi para professores com treinamento militar. “Apenas 20% dos docentes americanos possuem esta habilidade”, afirmou.
A polêmica ocorre em um momento de pressão para o político. Pais e alunos protestaram pelo aumento de segurança. Eles pedem uma medida para evitar que jovens levem armas às escolas. Segundo agências internacionais, o tiroteio na Flórida foi o 17º ataque a tiros em 2018 nos EUA – média de um a cada dois dias e meio.
Conselheiro de presidentes americanos, Billy Graham morre aos 99 anos
O pastor americano Billy Graham morreu na manhã desta quarta-feira, 21, aos 99 anos, em sua casa na cidade de Montreat, nos EUA. A causa não foi revelada.
Graham foi um dos mais importantes conselheiros espirituais do século XX. Inclusive, ele foi guru de ex-presidentes americanos, como Bill Clinton e George W. Bush.
De acordo com o site oficial do pastor, ele pregou o evangelho de Jesus Cristo para cerca de 215 milhões de pessoas, em 185 país, durante quase sete décadas de atuação.
“Eu tenho uma mensagem que Jesus Cristo veio, morreu em uma cruz, ressuscitou e nos pediu para nos arrepender de nossos pecados e recebê-lo pela fé como Senhor e Salvador. E, se o fizermos, nós temos perdão de todos dos nossos pecados “, disse durante evento em 2005, em Nova York.
O atual presidente dos EUA, Dnald Trump, utilizou as redes sociais para lamentar a morte do líder religioso. “O GRANDE Billy Graham está morto. Não havia ninguém como ele. Sua ausência será sentida por cristãos e todos os religiosos. Um homem muito especial”, escreveu Trump em seu Twitter.
Maduro convida Trump para diálogo e diz que americano deve mudar “agenda de agressão”
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou na segunda-feira (19) que o então candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump criticava a intromissão de Washington em assuntos internos de outros países. Maduro convidou o atual presidente americano para uma reunião, na qual seria debatida uma mudança na agenda dos EUA para o governo venezuelano.
Em sua conta no Twitter, Maduro disse que Trump fez uma campanha promovendo a não intromissão dos EUA em assuntos de outras nações. Segundo ele, o presidente deveria mudar sua “agenda de agressão” contra a Venezuela e buscar dialogar. Maduro disse que poderia se encontrar com Trump em Caracas ou Washington, o que ele preferir.
O governo Trump impôs sanções contra dezenas de altos funcionários, com o objetivo de pressionar e debilitar o poder de Maduro, após argumentar que o governo venezuelano violou os direitos humanos durante os protestos contra o regime do ano passado, quando mais de 120 pessoas foram mortas. Além disso, Washington proibiu transações com bônus emitidos pelo governo venezuelano e pela petroleira estatal PDVSA.
Durante viagem por vários países da região, o secretário do Estado americano, Rex Tillerson, afirmou que Washington segue analisando a possibilidade de restringir a venda de petróleo venezuelano para pressionar mais Maduro a fim de acabar com a crise venezuelana.
Mais uma vez, o presidente norte-americano encontra-se envolvido em polêmica. O advogado pessoal de Donald Trump, Michael Cohen, afirmou ao jornal The New York Times na terça-feira, 13, que pagou US$ 130 mil à atriz de filmes pornográficos Stephanie Clifford, conhecida como Stormy Daniels, após ela ter dito que manteve um caso com Donald Trump em 2006, quando este já era casado com a atual mulher, Melania. Cohen disse que usou dinheiro próprio para fazer isso e que não obteve reembolso da campanha de Trump à presidência nem da Trump Organization.
“O pagamento para a sra. Clifford foi legal e não foi uma contribuição de campanha nem um gasto de campanha para qualquer um”, afirmou o advogado em comunicado ao jornal americano. O Wall Street Journal revelou primeiro sobre a transação financeira secreta em janeiro. Cohen se posicionou com a nota após a entidade que monitora o governo chamada Common Cause entrar na Justiça com a alegação de que o pagamento poderia ser enquadrado como uma contribuição ilegal à campanha de Trump.
Editorial: Trump não defende as vítimas, apenas a indústria de armas
É surreal uma cena em que um professor armado leciona para uma turma de crianças e jovens, pronto para reagir ao menor sinal de ameaça. Mas essa é a ideia apresentada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, como resposta à sensação de insegurança que tomou conta de estudantes e pais, depois da morte de 17 pessoas na escola Marjory Soneman Douglas, na Flórida, no último dia 14. Assim, ao invés de dar ouvidos aos grupos que clamam por maior restrição à venda de armas pesadas, optou-se por levantar uma bandeira da National Rifle Association (NRA), que pressiona o governo justamente para expandir o direito do cidadão de transportar tais artefatos em todo o país.
Sim. Este conceito de professor-atirador não é novo. Foi ventilado em 2012, pela própria NRA, depois de um massacre em uma escola primária de Newton (no pequeno Estado de Connecticut, na Costa Leste), que deixou 20 crianças mortas. Ninguém sério levou adiante a ideia, que hoje é abertamente defendida por Trump. Para manter tudo como está, ele se apega à Segunda Emenda da Constituição Norte-Americana e posa de garantidor das liberdades. “Eu quero que algumas pessoas altamente aptas, que entendam de armas e com treinamento militar ou especial”, tenham uma licença para transportá-las escondidas nas escolas, explicou. O presidente estima em 20% o número de profissionais que entrariam para essa classe diferenciada de “mestres”.
Mais uma vez, ao invés de buscar erradicar o problema na fonte – que é o acesso fácil do americano a uma arma de fogo –, Trump apresenta uma intervenção paliativa, que pode transformar o ambiente escolar em um cenário de Velho Oeste. Ao permitir legalmente a presença de armas onde deveria estar imune a elas, o líder da maior potência do planeta vai exatamente na direção oposta ao que pede as vozes mais sensatas. E o problema é gigantesco. São cerca de 3,2 milhões de professores em tempo integral nas escolas públicas dos EUA. Logo, se 20% deles forem armados pelo Estado, serão ao menos mais 640 mil novas armas no mercado. O setor, do qual faz parte a NRA, agradece.