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terça-feira, abril 23, 2024

Animais presos no barro são sacrificados a tiros










“O que vamos fazer? Deixar o animal sofrendo?”, questionou o coronel Evandro Geraldo Borges (Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas)


Nacional


Os helicópteros que cortavam o céu de Brumadinho (MG) na tarde destas segunda-feira, 28, não estavam ocupados apenas em apoiar a retirada de corpos dos escombros e da lama, ou encontrar sobreviventes em meio à destruição. Ao menos uma das aeronaves tinha a missão de executar, com tiros, animais ilhados, presos na lama ou feridos.

Eram 14h37. Um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) fazia voos rasantes em uma área devastada do Córrego do Feijão, numa região isolada e mais próxima da barragem de rejeitos. Um agente armado com fuzil mirava, de dentro do helicóptero, locais onde enxergava animais na lama. E disparava.

Do meio da mata, o jornal O Estado de S. Paulo acompanhou a movimentação da aeronave. Foram mais de 20 disparos, até o que o helicóptero partiu. O sacrifício dos animais ocorreu numa área próxima do local onde mais de 20 brigadistas tentavam abrir um ônibus coberto pela lama, com vítimas dentro. Há muitos bois ilhados ao longo de todo o trecho da cidade que foi varrido pelo barro. Outros estão com parte do corpo presos na lama.

Sacrifício

A decisão de executar os animais foi confirmada à reportagem pelo chefe da Defesa Civil de Minas, coronel Evandro Geraldo Borges. “O que vamos fazer? Deixar o animal sofrendo? Estamos sim, com equipe em campo executando esse trabalho, mas essa decisão só é tomada nos casos em que não há outra opção.”

Outra parte da equipe, disse o coronel, está empenhada em socorrer animais “em condições de serem retirados” da lama. Mas em muitas situações, declarou, só resta o tiro de misericórdia. “Não tem jeito. Tem animal preso, outro com perna quebrada. Temos de fazer escolhas, de retirar as pessoas, ir atrás de sobreviventes. Tudo que está sendo feito foi pensado. É isso.”

Próximo da equipe de brigadistas que tenta abrir o ônibus tomado pelo barro, um boi cansado, sobrevivente da tragédia, foi batizado de Resistente pelos agentes. Um helicóptero se aproxima da área onde Resistente está. Não veio executá-lo, mas carregar o primeiro corpo de uma vítima que os agentes conseguiram retirar do ônibus.

Durante as oito horas em que o Estado acompanhou a operação, Resistente chegou na receber um pouco de feno e água. Nesta terça-feira, 29, disseram os brigadistas, o boi deverá ser sedado, para que seja retirado dali. Com vida.




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Doria articula com DEM para disputar o governo do Estado de São Paulo (Foto: Reprodução/Rede Social)


Política

Doria negocia com DEM, mas ala tucana tenta impedir candidatura

Após se aproximar do PSD, o prefeito João Doria investe agora no apoio do DEM para uma eventual candidatura pelo PSDB ao governo de São Paulo. A negociação partidária, que envolve o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM-BA), ocorre à revelia do governador Geraldo Alckmin e no momento em que uma ala tucana tenta adiar as prévias paulistas da legenda para maio.

Com o adiamento das prévias, o prefeito seria forçado a deixar o cargo para entrar na disputa interna. Pela legislação, os políticos que forem concorrer nas eleições deste ano devem renunciar até o dia 7 abril.

Doria e Maia conversaram sobre a sucessão em São Paulo no avião do prefeito, durante um voo entre Rio e Salvador na terça-feira de carnaval. Ao chegar à capital baiana, eles se juntaram ao prefeito ACM Neto. Questionado sobre o encontro, Maia disse que a palavra final sobre uma eventual aliança em São Paulo será do diretório regional do DEM.

O prefeito deve almoçar no sábado com o secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia, pré-candidato do DEM ao governo, e com dirigentes paulistas da sigla. A ideia é oferecer a Garcia a vaga ao Senado. Por essa configuração, o presidente licenciado do PSD, ministro Gilberto Kassab, seria o vice de Doria na chapa e o chanceler Aloysio Nunes (PSDB), o segundo candidato ao Senado. A movimentação de Doria incomodou aliados de Alckmin.

O governador tenta evitar um racha em sua base na campanha pelo Palácio dos Bandeirantes. Pré-candidato à Presidência, Alckmin não descarta convidar o vice-governador Márcio França (PSB), que deve assumir em abril o governo e disputar a reeleição, para se filiar ao PSDB e ser o candidato único da coalizão governista. Tucanos paulistas ventilam ainda a possibilidade de acrescentar uma cláusula ao estatuto da legenda que tornaria todos os detentores de cargo executivo candidatos “natos” à reeleição – ou seja, sem a necessidade de disputar prévias.

 







Ex-presidente rebateu críticas sobre uma suposta falta de apoio a Alckmin (Foto: Reprodução/Facebook)


Nacional

Alckmin ‘sabe falar com o povo’ e tem chances de vencer eleição, diz FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) refutou, em entrevista à rádio CBN, as críticas de que não vem apoiando devidamente o pré-candidato de seu partido ao Palácio do Planalto, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O ex-presidente disse que ajudou a fazer Alckmin presidente nacional do PSDB e acredita que ele tem chances de vitória nessas eleições presidenciais.

Segundo Fernando Henrique, São Paulo é um Estado em ordem e as finanças estão em dia. “Ele é um homem simples, fala de forma direta com o povo, esses são valores que podem ser transformados em voto. Por isso ele tem muita chance. E como esta é uma eleição casada, um partido como o PSDB terá peso nessa eleição “

Fernando Henrique reiterou que um candidato do mercado não vence o pleito, mas isso não quer dizer que ele não respeita o mercado “Não tem de ser o candidato do mercado, tem de ser o candidato do País para ganhar as eleições.”

Para ele, as eleições no Brasil não devem trazer nenhum nome novo. “Mas quem simbolizar a retomada de crescimento, decência e muita tranquilidade ao País, tem todas as chances de ganhar.” 

Intervenção.

Na entrevista, gravada pela CBN na tarde desta quinta-feira, dia 1º, FHC disse que a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro é um processo que demanda tempo. “Os militares têm conduta correta, só vão quando são chamados”, comentou.

“Há no Rio medida para garantir a lei e a ordem (GLO).O que há agora é intervenção, com as forças subordinadas ao interventor para uma transformação”, disse, emendando que é necessário esperar para ver os resultados da ação. “Isso leva tempo, não se resolve da noite pro dia. A ação tem de ser continuada, a longo prazo e feita com inteligência, se não fica só o espetáculo dos tanques nas ruas.”

“Eu disse – e fui mal interpretado – que os militares são chamados quando os governos se enfraquecem. Não posso dizer isso no caso do Rio, mas é preciso evitar o uso abusivo das Forças Armadas”. FHC ressalvou que hoje não há a preocupação que se tinha antes do governo militar, de tomada de poder.

Para o ex-presidente, o tema segurança vai permear o debate eleitoral deste ano, até mesmo porque o cidadão pobre está desprotegido. “Mas o debate não pode ser feito com demagogia. E precisamos ficar atentos para que isso não ocorra”, destacou.

 





Em 2006, Alckmin superou Lula com folga em São Paulo (Foto: Rovena Rosa/ABR)


Opinião

Editorial: Alckmin tem uma difícil tarefa de fazer um jogo de recuperação

É quase consenso que Geraldo Alckmin é o melhor nome do PSDB para concorrer este ano à Presidência da República. Evidentemente, tem aqueles que discordam, como o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que chamou a prévia do partido de fraude e abandonou a disputa interna pelo posto de presidenciável. Mas, depois de Aécio Neves ter se afundado em um lamaçal, de o prefeito João Doria, aparentemente, ter se contentado com a possibilidade de sair governador e de Fernando Henrique Cardoso ter visto abortada a ideia de lançar Luciano Huck como candidato, não há às claras outra indicação tão forte nas fileiras tucanas quanto a do governador paulista.


Assim, o nome de Alckmin deve ser aclamado nas prévias presidenciais do partido, agendada para 18 de março. No entanto, se dentro da legenda a fatura é líquida e certa, fora dela o cenário ainda é muito nebuloso. E os números divulgados ontem pelo Instituto Paraná Pesquisas (IPP), que mostrou o paulista em empate técnico com Jair Bolsonaro, com intenções que variam de 20% a 23%, dependendo do cenário, é mais motivo para preocupação do que para celebração. Afinal, se quer almejar voos mais altos, o governador tem de se mostrar soberano entre aqueles que diretamente lidera.


Em 2006, quando enfrentou Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin superou o petista nos dois turnos, tendo um incrível desempenho de 54,2% dos votos no primeiro turno. Isso com Lula no auge de sua trajetória política. Em 2010, José Serra repetiu a dose, baixando a margem para 40,67% no primeiro turno e subindo para 54% no segundo. Em 2014, Aécio Neves perdeu nos dois turnos em Minas Gerais, seu Estado, e viu Dilma Rousseff ser reeleita.

Assim, para Alckmin não resta outra alternativa a não ser recuperar os votos que o PSDB tradicionalmente obtém em São Paulo. Ainda há muita água para rolar sob esta ponte. Mas, fazer um jogo de recuperação é muito mais difícil e desgastante do que administrar uma vantagem. No entanto, as prévias do PSDB podem finalmente lançar luz sobre o papel do governador paulista nesta que deve ser uma acirrada e imprevisível disputa presidencial.

 







Mudanças impostas pelo Estado de São Paulo prejudicaram crianças autistas (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)


Opinião

Ponto de vista: Desrespeito com o autista

A insensibilidade do governo estadual ao impor exigências sem diálogo prejudicou mais de 2,5 mil alunos autistas de escolas conveniadas. Ao alterar edital às vésperas do início do ano letivo, o governador Geraldo Alckmin condicionou o repasse de recursos sem garantir o devido tempo para estabelecimentos se readequarem.


As mudanças desrespeitaram e afetaram alunos, pais e unidades credenciadas. Publicado no final de janeiro, algumas escolas não puderam retomar as atividades. Entre as justificativas para melhorar a estrutura e cumprir orientação do Tribunal de Contas do Estado, ficou a dúvida sobre o propósito em cortar o atendimento às crianças especiais.


Pais, educadores e apoiadores se manifestaram contra as medidas e a interrupção de aulas e atividades multidisciplinares e pediram a revogação do decreto. Decisão da Justiça determina que o Governo garanta o transporte e pagamento às conveniadas, entre R$ 1,2 mil e R$ 1,7 mil por aluno, conforme o tempo de permanência.


São apenas 25 escolas conveniadas e o Governo não pode prejudicar o atendimento. Ninguém é contra o avanço da qualidade. Mas aulas adequadas, atividades individuais, rotina escolar e a contínua preparação de autistas para sua autonomia são fundamentais. Não podem ser interrompidas abruptamente sob qualquer pretexto.


A necessidade de educadores especializados, uniforme, alimentação, material escolar e de higiene precisa de um repasse justo. Exigir, sem contrapartida do Estado, só deixa o aluno autista desassistido. Todo tratamento tem métodos e procedimentos específicos elaborados por uma equipe multidisciplinar para o desenvolvimento progressivo.


O Governo mostra a visão rasa sobre os aspectos socioeducativos. Como sempre, apega-se às questões burocráticas para se justificar e interdita e viola direitos, sem propor um sistema educacional público e inclusivo, com o qual educação, terapias e convivência universal com as diferenças sejam garantidas a todos alunos.

*Edmilson Souza é professor de História, educador e vereador em Guarulhos

 





Transporte ferroviário pode agilizar locomoção na cidade de Guarulhos (Foto: Lucas Dantas)


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O Tribunal de Justiça de São Paulo tem a maior demanda do País e, ainda assim, é o mais ágil (Foto:


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É preciso que o Congresso analise as propostas de forma séria e comprometida (Foto: Lula Marques/Fotos Públicas)


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