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Latinos têm investimento baixo em educação infantil



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Latinos têm investimento baixo em educação infantil


14/03/2016
9:39 AM
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Agência Brasil
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Atualizado em 22/03/2016 1:32 pm

Países da América Latina investem pouco nos primeiros anos de vida das crianças, segundo o estudo “Os Primeiros Anos: O Bem-Estar Infantil e o Papel das Políticas Públicas”, lançado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Nesses países, as crianças até os 5 anos de idade recebem três vezes menos do que as crianças de 6 a 11 anos.

De acordo com a publicação, o investimento feito até os 5 anos deveria ser maior, porque o retorno financeiro é também maior e, a longo prazo, traz mais desenvolvimento para o País. “Os programas para o desenvolvimento da primeira infância são a base sobre a qual se podem fazer outros investimentos sociais bem-sucedidos ao longo da vida do indivíduo, especialmente dos mais pobres. O investimento do governo nessa área é uma das maneiras mais eficazes para aumentar a mobilidade social”, disse o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, em texto da publicação.

O Brasil não foge às estatísticas. O País aparece em segundo lugar em termos de investimento, atrás do Chile. Apesar disso, de acordo com os dados usados no estudo, que são de 2012, o País investe US$ 641 em crianças até os 5 anos, o que equivale a um total de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e US$ 2.179 nas crianças de 6 a 12 anos, ou seja, 2,3% do PIB.

A mesma diferença ocorre no Chile, que  investia, na época, US$ 882 por criança até os 5 anos, ou 0,5% do PIB, e US$ 2.608 para aquelas de 6 a 12 anos, o equivalente a 1,7% do PIB do País.

O investimento nos anos iniciais de vida considerados incluem os investimentos em educação e programas sociais, programas de orientação para os pais, transferências condicionadas de renda e benefícios em espécie.

Descaso – Governantes deixam de lado educação infantil no Brasil (Cesar Brustolin/ SMCS/ Fotos Públicas)

Estudo reconhece avanços

A publicação reconhece que houve melhorias nos últimos anos. “A América Latina e o Caribe avançaram muito na melhoria das condições de vida da infância. As crianças na região têm hoje menos probabilidade de morrer no parto ou em seus primeiros anos de vida”, afirma Moreno.



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