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sábado, dezembro 14, 2024

Ibope mostra Doria e Skaf mais próximos do 2º turno










Candidatos aparecem tecnicamente empatados (Fotos: Paulo Lopes/Futura Press/AE e Alex Silva/AE)


Cidade


Os candidatos João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) continuam empatados na disputa pelo governo de São Paulo, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na tarde desta quarta-feira, 3. No entanto, Doria oscilou dois pontos para cima e agora aparece com 24%, enquanto Skaf caiu três pontos e está com 21%. Os números configuram empate técnico, já que a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Atrás deles aparece o governador Márcio França (PSB), que, assim como Doria, oscilou dois pontos para cima: tinha 12% e passou para 14%. Luiz Marinho (PT), outro que oscilou positivamente dois pontos, vem em seguida com 8%. Atrás deles, Major Costa e Silva (DC) pontua 3%. Marcelo Candido (PDT), Prof. Claudio Fernando (PMN), Rodrigo Tavares (PRTB), Rogerio Chequer (Novo) e Professora Lisete (PSOL) têm 1% cada. Os candidatos Toninho Ferreira (PSTU) e Lilian Miranda (PCO) não pontuaram.

O Ibope também pesquisou como seria um segundo turno entre Doria e Skaf. Nesse cenário, Skaf ficaria com 37%, empatado tecnicamente com Doria, que teria 36%. Os números mostram uma melhora de Doria – ele aparecia com 31% na última pesquisa. Já o candidato do MDB oscilou dois pontos para baixo em relação ao último levantamento. Brancos e nulos são 20% e outros 7% não souberam responder.

Márcio França perderia para Skaf por 40% a 30% e estaria em empate técnico com Doria (38% a 36% para o tucano). É a primeira vez em que cenários com o candidato do PSB foram pesquisados.

Se considerada a intenção de voto espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Doria subiu de 9% para 13% em relação à última pesquisa. Skaf segue empatado tecnicamente com o tucano, com 10%, mesmo valor da pesquisa anterior. O terceiro lugar é de Márcio França, com 7% das intenções, oscilação positiva de um ponto em comparação ao levantamento anterior. Luiz Marinho tem 3%. Brancos e nulos somaram 17%; entrevistados que não souberam ou não quiseram responder foram 45%.

Rejeição

A rejeição ao candidato tucano caiu quatro pontos, para 29%, mas continua sendo a maior. O segundo mais rejeitado é Luiz Marinho, que tem 20%, dois pontos a mais que no último levantamento. A taxa de Skaf oscilou um ponto para baixo e agora está em 18%. Major Costa e Silva e Toninho Ferreira têm a mesma rejeição: 12%. Márcio França aparece com um ponto a menos em comparação com a última pesquisa e agora tem 10%.

Em seguida, estão Professora Lisete (9%), Marcelo Candido (9%), Lilian Miranda (9%), Rodrigo Tavares (8%), Rogerio Chequer (8%) e Professor Claudio Fernando (7%). Outros 23% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder e 7% disseram que poderiam votar em qualquer candidato.

Senado

O líder das pesquisas para o Senado, Eduardo Suplicy (PT), continua a tendência de queda que havia apresentado nos últimos três levantamentos. O petista oscilou dois pontos para baixo e agora tem 26% das intenções de voto. No seu auge, registrado no dia 10 de setembro, o candidato pontuou 31%.

A disputa para a segunda vaga permanece embolada. Mara Gabrilli (PSDB) está numericamente à frente, com 17% – dois a mais que na pesquisa do dia 25 de setembro. Outros dois candidatos apresentaram índice de 14%: Major Olímpio (PSL), que tem um ponto a menos; e Mario Covas Neto (Podemos), que oscilou um ponto para cima. O destaque é Tripoli (PSDB), que subiu três pontos e agora tem 13%. Maurren Maggi (PSB), que tinha 9%, agora aparece com 10%.

Outros candidatos atingiram no máximo 5%. Brancos e nulos chegam a 23% para a segunda vaga e 17% para a primeira. Entre os entrevistados, 37% não sabem ou preferiram não responder.

A pesquisa foi realizada nos dias 30 de setembro a 2 de outubro de 2018. Foram entrevistados 2.002 eleitores em 97 municípios. A margem de erro máxima estimada é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O levantamento foi contratado pelo Estado e pela TV Globo e está registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o protocolo Nº SP-08219/2018 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-07211/2018. COLABORARAM CECILIA DO LAGO E BIANCA GOMES, ESPECIAL PARA AE




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Huck era considerado uma alternativa a Alckmin no PSDB (Foto: Paulo Belote/TV Globo)


Política

Huck opta por TV e aborta plano de disputar o Planalto

O apresentador Luciano Huck manteve a decisão de não se candidatar à Presidência da República na eleição deste ano. Huck optou pela carreira de sucesso na televisão à aventura de uma disputa presidencial. Ele vinha sendo cobrado pela TV Globo a se definir sobre o assunto, o que fez nesta quinta-feira (15).

“Não serei candidato, mas não quero falar mais sobre o assunto agora. Preciso digerir a decisão”, disse Huck à coluna Direto da Fonte, do jornal O Estado de S. Paulo.

O apresentador chegou a anunciar que não seria candidato em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, em novembro do ano passado, mas voltou a se movimentar em janeiro, se reunindo com líderes políticos, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e representantes do setor econômico. 

A informação sobre a desistência de Huck foi revelada pelo site O Antagonista.

Huck passou a circular novamente justamente após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmar a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que tende a impedir sua candidatura a mais um mandado no Planalto.

O apresentador, com o discurso da renovação na política, já começava a ser tratado como uma alternativa na disputa presidencial por líderes partidários e legendas que veem a pré-candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) com reticências – a principal desconfiança é em relação ao potencial eleitoral do governador paulista, que ainda não atingiu dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto.

A acolhida de FHC ao apresentador gerava constrangimento no entorno de Alckmin, mas o tucano costumava elogiar publicamente Huck. Segundo pessoas próximas ao governador, ele considera que o apresentador e seu movimento, o RenovaBR, deixaram um “legado” para a eleição de 2018. Alckmin vai tentar se aproximar do grupo

‘Decisão solitária’

“A decisão de entrar para a política é difícil e solitária. No Brasil, ela só é uma decisão fácil pra quem já tem família na política. Para alguém como ele, sem nenhuma clã política, é uma decisão muito difícil”, disse deputado Roberto Freire, presidente do PPS, partido que negociava a filiação de Huck.

Além da questão profissional, que envolvia não apenas o próprio contrato com a Globo – Huck é dono de um dos maiores salários da televisão brasileira e sua saída da emissora obrigaria provavelmente à suspensão também do programa de sua mulher, Angélica -, mas também a exposição que uma candidatura ao Planalto provocaria.

Familiares não endossaram o projeto político do apresentador global, mas era um desejo que ele alimentava. Com quem conversou nesta quinta-feira, 15, Huck se mostrou abatido com a decisão. Entre profissionais que discutiam a hipótese de candidatura do apresentador, a avaliação é que o projeto era viável eleitoralmente, mas exigia uma preparação prévia para enfrentar a arena política, o que não ocorreu.

A decisão de Huck foi recebida com desalento por participantes dos movimentos que pregam a renovação na política. Até quarta-feira, 14, os grupos ainda fechavam o texto final de uma carta-convite para Huck participar de um debate.

Integrantes do Agora! e do RenovaBR avaliam que, sem Huck, os grupos perdem o que consideravam um trunfo: “a mola propulsora” de candidatos ao Legislativo oriundos do movimento.

Procurada pela reportagem, a assessoria da TV Globo afirmou que não tinha informações sobre eventual reunião de Huck com a direção da emissora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


O Brasil não se resume apenas a um Estado, tanto da federação quanto de “espírito”. Porém, ultimamente, o mundo da política parece se pautar por temas relacionados unicamente às movimentações palacionas de Brasília (DF), que nada mais são do que disputas pelo poder. É importante acompanhar os bastidores daquele universo paralelo e desconexo da realidade. No entanto, muitas outras situações relevantes para o País ocorrem fora dos limites da capital federal, que vive sob uma simbólica redoma de vidro.

Dali se assiste a toda a articulação de Michel Temer e seus “aliados”, para garantirem a imunidade e a sobrevivência no poder. Para isso, não importa quanto suas ações custarão ao País ou quão danoso este jogo é para a população, que não tem controle sobre aqueles que deveriam representá-la. Um exemplo da pobreza de espírito do Brasil foi a decisão de Aécio Neves em mudar a presidência do PSDB. O tucano – que estava afastado da liderança do partido, depois de ser gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, da JBS – reassumiu o cargo na última quinta-feira e, em seguida, destituiu o presidente interino Tasso Jereissati (CE). Para o lugar, foi indicado o ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman.

Mas qual a relevância disso para a população? Pode-se afirmar que nenhuma, pois se Aécio tivesse indicado para o lugar de Jereissati uma melancia, não faria nenhuma diferença à Nação. No seu jogo, o que o senador mineiro fez foi garantir quatro ministérios para o seu partido – que podem ser perdidos, caso Jereissati vença as eleições internas do partido, em 9 de dezembro. Dois cenários se apresentam ao PSDB: perder ainda mais sua desgastada força política ou, caso o indicado de Aécio, o governador de Goiás Marconi Perillo, vença, ser coadjuvante do governo Temer. A questão pode definir o futuro do PSDB, mas os dois grupos de tucanos, bicudos que são, não se bicam. Perdem tempo dividindo mais uma vez suas forças e talvez a chance de se apresentarem como opção em 2018.

 







Apresentador causou polêmica com artigo na Revista GQ (Foto: Reprodução/Facebook)


Fora dos Trilhos


O apresentador global Tiago Leifert causou polêmica com um artigo escrito para a revista GQ. Intitulado “Evento esportivo não é lugar de manifestação política”, o texto teve grande repercussão nas redes sociais nesta segunda-feira, 26.

Leifert começou o texto com o seguinte parágrafo: “Eu não gosto da obrigação de tocar o Hino Nacional antes de eventos esportivos. Na Copa São Paulo de Futebol Júnior, no mês passado, os caras tocavam o hino inteiro antes do jogo. Tipo cinco minutos de música. Não vejo necessidade, não acho que patriotismo funciona enfiando um hino goela abaixo de torcedores […]”.

Depois, o apresentador ainda afirmou: “Quando política e esporte se misturam dá ruim. Vou poupá-los dos detalhes, mas basta olhar nossos últimos grandes eventos para entender que essas duas substâncias não devem ser consumidas ao mesmo tempo”.

Em determinado momento, o global relembrou o caso do ex-quarterback (principal posição em um time de futebol americano) do San Francisco 49ers, Colin Kaepernick. O atleta começou a se ajoelhar durante a execução do hino dos EUA antes das partidas da NFL (National Football League). O ato era um protesto contra as mortes de negros em ações policiais no país.

Alguns atletas, inclusive de outros esportes, começaram a imitar o gesto de Kaepernick. Atualmente, no entanto, o jogador está sem time – mesmo tendo chegado ao Super Bowl em 2013. Na decisão, sua equipe foi derrotada pelo Baltimore Ravens.


“Nos Estados Unidos, Colin Kaepernick, jogador da NFL, a liga de futebol americano, resolveu se ajoelhar durante o hino americano para protestar contra a forma como a polícia trata os negros. Trump ficou pistola, os torcedores conservadores também, considerando um desrespeito ao hino. Independentemente do que você, leitor, ache, Kaepernick está desempregado. Nenhum time quis esse “troublemaker” no elenco. Como eu estava dizendo, quando esporte e política se misturam…”, escreveu Leifert sobre o caso.


O apresentador continuou sua explanação afirmando que esportistas representam clubes e não partidos. “Ele está para entreter e representar até mesmo os torcedores que votam e pensam diferente”, destacou o global, que acrescentou: “É para isso que existe a rede social: ali, o jogador faz o que quiser”.

Críticas

Não demorou muito para internautas criticarem o texto. Alguns apoiaram o apresentador, mas houve mais pessoas que reprovaram o artigo.

Vale lembrar que ele começou a se destacar na TV Globo apresentando o “Globo Esporte” de São Paulo, hoje comandado por Ivan Moré. Depois, Leifert ganhou projeção nacional com o “Central da Copa”, durante o Mundial do Brasil, em 2014. Inclusive, o programa voltará a ser exibido neste ano, por causa da Copa da Rússia, com o próprio apresentador.  

 Além de comandar atrações esportivas, Leifert participou do “É de Casa”. Atualmente, ele está no “Big Brother Brasil”, “The Voice Braasil” e “Zero1”.  Abaixo, veja alguns tweets de usuários que não gostaram da posição do global. Leifert não se posicionou em relação às críticas.

Leifert 1

Leifert 2

Leifert 3

Leifert 4

Leifert 5

Leifert 6

 

 







Doria é cotado para disputar sucessão de Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes Crédito: Lucas Dantas


Cidade

Doria diz que “não há mal nenhum” na filiação de França ao PSDB

Durante passagem pelo carnaval de Salvador na terça-feira, 13, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), reafirmou que o seu partido terá candidato próprio nas eleições deste ano. O tucano disse ainda que “não há nenhum mal” o vice-governador de São Paulo Márcio França se filiar à legenda e participar do processo de disputa interna pela vaga para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. “Se o vice quiser se filiar ao PSDB, não há nenhum mal”, afirmou Doria.

Entretanto, o prefeito da capital paulista defendeu a realização de prévias dentro do partido tanto para eleições estaduais quanto federal. “Sou filho das prévias. É bom, é saudável”, pregou, acrescentando que o ideal é que as prévias se realizem simultaneamente em São Paulo e nos demais Estados”.

Coletiva DORIA Carnaval de rua 2018

Crédito: Lucas Dantas

O tucano também disse que não fará oposição ao atual vice-governador, caso este lance candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. França tem sido cotado para ser o candidato de atual governador Geraldo Alckmin, também do PSDB.

Acompanhando o prefeito paulista na folia baiana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que só vai decidir sobre uma eventual candidatura à Presidência da República “entre março e junho”. E lembrou que o DEM conta com outros nomes importantes e em condições de disputa para a vaga. “Acho que essa eleição está aberta. Aquele que conseguir organizar politicamente um campo vai ter chance de ganhar”, afirmou.


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Candidata disse que há quase 30 não confia no PT (Foto: Ivo Lindbergh)

Nacional

Vera Lucia pede rebelião, apropriação de empresas e diz que nunca se iludiu com PT

Candidata à presidência da República pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), a socióloga pernambucana Vera Lúcia, de 49 anos, pede a rebelião da classe trabalhadora, prega a expropriação, ou seja, a estatização das 100 maiores empresas privadas que estão no País e diz que nunca se iludiu com o PT, partido que “traiu o povo”, segundo ela.
Lúcia afirmou que o PSTU é um partido revolucionário e socialista, que não está no mesmo espectro da esquerda brasileira.  “Tudo que é apresentado, mesmo no campo da esquerda, é nos marcos do sistema capitalista, que já é a realidade que vivemos hoje”.
Para aprovar propostas polêmicas, a candidata também disse que, em um eventual governo, subordinaria o Congresso aos conselhos populares, formados pelos trabalhadores. “Os picaretas que estão no Congresso governam por seus interesses. Não para os interesses da classe trabalhadora. Não podemos permitir isso”, afirmou.
A socióloga disse que nunca acreditou no PT e que mesmo Jair Bolsonaro, candidato do PSL à presidência “que representa os piores sentimentos da burguesia”, é fruto do voto do castigo, da desesperança e da gestão voltada ao mercado feita pela legenda do ex-presidente Lula. “Eles [os petistas] se chafurdaram na lama da corrupção e ficaram milionários. Tanto que uma parte do partido está na cadeia e outra parte processada.
Apesar das críticas a Bolsonaro, a candidata do PSTU também é a favor do armamento, em prol da autodefesa. “Hoje quem tem o monopólio da morte é o Estado e a bandidagem”, afirmou. 
Para Vera Lúcia, ascensão de Bolsonaro foi causada pela desilusão do povo com o PT (Foto: Ivo Linbergh)
O que a senhora quer dizer com o chamado à rebelião?
O chamado à rebelião se dá mediante às crises econômica e política em que estamos mergulhados e do caos social que somos vítimas. Frente a todos os ataques que os grandes empresários e todos os governos têm desferido sobre a nossa classe, nós precisamos nos organizar e chamar uma rebelião e dizer chega. Nos organizar no lugar de trabalho, de estudo e de moradia e nos forjar nesta luta direta tanto para as medidas que são necessárias para satisfação das nossas necessidades, de forma organizada, como para os debaixo derrubarem os de cima.
Quais são os principais problemas do País?
Os mais de 27 milhões de desempregados ou subempregados que temos no País e 16 milhões de pessoas passando fome. A lei da terceirização junto à Reforma Trabalhista que nos condena a uma relação de trabalho semiescrava, mediante a uma nova Reforma da Previdência que só o PSTU diz abertamente que não vai fazer porque não há necessidade. É uma crise capitalista. Nós só temos uma saída, nos organizar e lutar. O chamado à rebelião é o que achamos que vai levar, de forma organizada, a enfrentar isso.
Por que a senhora acredita que a dívida pública não deve ser paga?
A dívida pública existente hoje é um crime que se pratica contra a nossa classe. Primeiro porque precisa explicar para onde vai este dinheiro, o porquê, qual a origem desta dívida e o que foi feito com este dinheiro que nós pagamos. Esta dívida leva mais de 40% do orçamento da União em todos os anos. Que em nome dela se mata e se morre por falta de assistência pública, por conta de doenças decorrentes da falta de saneamento, por falta de moradia, por falta de investimento na educação. Por isso o transporte é um caos e é caro. Tudo isso em nome de uma dívida a ser paga para meia dúzia de bancos.
E o que seria feita com este dinheiro?
Nós precisamos deste dinheiro para atender às nossas necessidades. Precisamos de um plano de obras públicas que, ao mesmo tempo, atenda  às demandas da população e gere os empregos que os trabalhadores precisam. Para isso, precisamos ter dinheiro. E é daí que vamos tirar dinheiro. 
Por que não é necessário fazer uma reforma da Previdência?
Porque a Previdência Social leva em torno de 23% do orçamento da União e com isso você garante a aposentadoria de milhões de trabalhadores. Em nome de pagar a dívida pública, querem tirar de nós o direito à aposentadoria e nos condenar ao trabalho terceirizado.
Não seria necessário igualar a aposentadoria do poder público com a aposentadoria da iniciativa privada?
A justificativa que se faz hoje não é para tirar privilégio de políticos. Querem pegar os trabalhadores celetistas, que quase não têm direito à aposentadoria e recebem pouco, e nivelar para baixo os servidores públicos.
Quais as primeiras medidas que a senhoria tomaria na Presidência?
Nós precisamos de 27 milhões de empregos e, para isto, é preciso reduzir a jornada de trabalho e aumentar salários. Anular a reforma trabalhista, anular a lei da terceirização e fazer reforma agrária sem indenização do latifúndio. Também é preciso reestatizar todas as empresas que foram privatizadas e transformá-las em empresas nacionais sob o controle dos trabalhadores. É preciso não enviar remessas de lucro de multinacionais para seus países de origem.
Candidata afirma que a classe trabalhadora só conseguiria exercer o poder por meio de conselho populares (Foto: Ivo Lindbergh)
E como vocês fariam para ter a aprovação destas medidas no Congresso?
Por meio de conselhos populares. O chamado da classe trabalhadora em conselhos populares tem o objetivo de subordinar o Congresso ao povo. Nós vamos fazer exatamente a democracia. O Congresso Nacional, financiado pelo poder econômico, não pode governar por nós. Esta democracia está provada que está falida. Os trabalhadores não confiam nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Estamos chamando a classe trabalhadora a promover um exercício de democracia, na qual possa decidir sobre os rumos da riqueza que nós produzimos.
E como funcionaria estes conselhos populares?
Os conselhos populares forjariam novas leis e novas formas de relação, nas quais, a população montaria esta nova forma de democracia, um novo formato de Estado. Se nós produzimos a riqueza é justo que nós governemos.
A senhora é a favor do armamento?
Nós somos defensores da autodefesa. Hoje quem tem o monopólio da morte, do encarceramento e da tortura é o Estado. Fora isso, quem mata hoje é o tráfico e nós ficamos no meio deste fogo cruzado, à mercê disso. Quando chamamos a classe trabalhadora a se organizar, nós também fazemos um chamado para que ela se autodefenda.  Haverá conselhos populares responsáveis por isso, para que se elabore um plano para se defender da violência do Estado e da bandidagem.
Socióloga diz que população tem o direito de se armar para se proteger da polícia e do tráfico (Foto: Ivo Lindbergh)
O PSTU prega a desmilitarização da polícia. Como combater o tráfico?
Se quer acabar com o tráfico, legalize. Esta é a única forma de acabar com o tráfico, inclusive de armas. Isto não é uma questão moral. É uma questão política. Defendo a legalização de todas as drogas, não de algumas. Que as pessoas saibam onde é vendida, que paguem impostos, que possa fazer campanhas que usar qualquer tipo de droga lhe faz mal. Para que o usuário, ao invés de ser tratado como bandido, seja tratado com doente, um problema de saúde pública. O tráfico hoje é um grande negócio.
E na área da saúde, o que a senhora propõe?
Nós somos contra todo o tipo de privatização. Essas organizações de saúde são uma relação promiscua entre público e privado. Vamos acabar com isso. Mas também não vamos pagar a dívida pública para ter recursos para investir na saúde. Hoje, do orçamento público, 50% vai para o ralo da iniciativa privada. Também vamos reestatizar e expropriar os grandes hospitais, laboratórios e clínicas deste país, que são caríssimos e vivem com recursos públicos. É parte do nosso plano a expropriação porque saúde não pode ser uma mercadoria.
Expropriação? O que mais entra neste plano?
As 100 maiores empresas do Brasil que ficam com 50% de toda a riqueza que é produzida aqui. Boa parte delas nem pertence ao País. E quando elas são brasileiras, procuram um comum acordo ou uma aliança com a burguesia nacional, como bancos, hospitais e grandes empresas. Vamos reestatizar tudo que foi privatizado.
Quem lideraria as empresas?
Os trabalhadores elegeriam entre eles. Eles sabem que é melhor para gerir, fazer planos e executar.
Vocês tiveram uma decepção com o governo do PT?
De jeito nenhum. Até porque nós não tínhamos ilusão no PT. Nós já denunciávamos o PT em 1992. Quando todo mundo cantava ‘Lula lá brilha uma estrela’, nós já dizíamos que este partido traia a nossa classe. Quem teve uma desilusão e fez uma experiência com o PT foi a classe trabalhadora deste País. Muita gente vai votar no PT com o argumento de ser um mal menor, mas não tem ilusão de que ele vai resolver os seus problemas, que são resultados diretos da política que o PT implantou no Brasil. .
E por que Bolsonaro cresce nas pesquisas eleitoras?
O responsável pela ressureição de gente deste tipo de política expressa por Bolsonaro, o pior sentimento da burguesia, o chamado voto castigo, o voto da desilusão, o voto da desesperança, o voto daqueles que sente sentem traídos, foi o PT, quando traiu a sua classe. Traiu porque governou para latifundiários, banqueiros, para o capital nacional e internacional e jogou a nossa classe para o meio deste sofrimento, desta crueldade que é o desemprego, que é você ser servil ao capital enquanto a nossa classe padece de desemprego e da miséria. Eles se chafurdaram na lama da corrupção e ficaram milionários. Tanto que uma parte do partido está na cadeia e outra parte processada.
Por que a população insiste nestes candidatos?
O que esperar de uma classe que fica o dia inteiro tendo de ouvir Bolsonaro, PT, ou Ciro Gomes?  O que é apresentado para ela é isto. Não somos nós. Nós temos cinco segundos de televisão. Não tem democracia aqui. Nós não conseguimos conversar com a nossa classe da mesma forma e com as mesmas condições que os demais candidatos. Se nós tivéssemos a mesma condição, a polarização não seria esta, que é o ruim e o menos pior. Tudo aí é ruim para nós. Qualquer um que ganhe, com exceção do PSTU, vai governar contra a nossa classe.
 

 





Candidato disse acreditar em reviravolta nesta semana (Foto: Daniel Teixeira/AE)

Cidade

Marinho planeja governar São Paulo como Lula comandou o Brasil

Depois de praticamente 24 anos seguidos de PSDB, o candidato do PT, Luiz Marinho, tenta se colocar como a principal mudança para o Governo do Estado, mas patina nas pesquisas e está em quarto lugar. No entanto, ele não se deixa abalar. Segundo Marinho, a eleição deve ser definida nesta semana, devido aos acontecimentos turbulentos que ocorreram na política, como o indeferimento da candidatura do ex-presidente Lula (PT), condenado por corrupção, e do atentado ao candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL).
Sindicalista, ex-prefeito de São Bernardo e ex-ministro do Trabalho e da Previdência Social, Marinho tem como seu mote de campanha a criação de 2 milhões de vagas de emprego para sua gestão, ação que envolve investimentos em pequenas empresas e na cultura e no esporte.
Para gerar estes empregos, Marinho também aposta em uma parceria com quem acredita ser o futuro presidente, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que promete isentar do imposto de renda quem ganha até cinco salários mínimos. “Nós vamos saber fazer porque já fizemos. Vamos governar São Paulo como Lula governou o Brasil”, afirmou.
Mesmo com a alta rejeição ao seu partido, Marinho disse que já ouviu de muitas pessoas que foi o melhor prefeito de São Bernardo, mas algumas dizem que não votariam nele por ser do PT. “Por isso que eu peço para o pessoal considerar, mais que isso, vamos eleger Haddad presidente e uma dobradinha seria excelente para o Estado. Nós vamos gerar mais do que os dois milhões de vagas que colocamos como meta”, concluiu.
Marinho acredita que possível “dobradinha” com Haddad vai facilitar implementação de seu plano de governo (Foto: Reprodução/Facebook)
O senhor tem anunciado em sua campanha a geração de 2 milhões de empregos. Como pretende fazer este feito?
O banco mundial tem alguns estudos que mostram a seguinte conclusão: “Para cada um real investido em pequenas empresas, o potencial de gerar emprego é maior do que em grandes empresas”. Nós vamos criar mecanismos para oferecer crédito mais barato ao microeempreendor, independente do setor, seja de base tecnológica, agricultura ou outro. A depender do produto que for criado, o Estado pode até se propor a contratar o próprio serviço
Mas o investimento será somente no microempreendedor? 
Nós vamos mexer orçamento da Cultura e Esporte. Estamos falando de gerar 900 mil novos empregos. Uma boa parceria, com um governo Haddad, é isentar o imposto de renda até cinco salários mínimos, fomentando o aumento do consumo e gerando emprego no País inteiro.São Paulo tem força por conta de sua capacidade econômica e de trabalho.
Como o senhor pretender tratar a expansão do Metrô?
É retomar as obras paradas para valer, com vigor, planejamento, metas, modernizar, deixar este caos todo dia de ter problema. Tanto no Metrô quanto na CPTM, temos que fazer um processo de modernização e ouvir os sindicatos. Eles dizem que está havendo negligência na manutenção. Precisamos fazer um processo de prevenção que tire os paulistas deste sofrimento diário, dar sequência ao processo de obras e projetar novas linhas. Nosso plano tem dois trechos: São Paulo – Campinas e Americana. Tem candidato que diz para fazer quatro eixos, mas em quatro anos não dá. Nós também vamos criar o Bilhete Metropolitano, com integração de modalidades e tarifas, para dar condições de um preço acessível aos usuários e tirar carros da rua. 
E como você pretende resolver o déficit habitacional?
Primeiro é preciso fazer um diagnóstico preciso das áreas de risco habitacionais no Estado. A deputada Ana do Carmo aprovou este projeto na Assembleia, mas o Alckmin vetou. Se tivesse mapeado, possivelmente este prédio [do Largo do Paissandu]  estivesse caracterizado como área de risco e a queda pudesse ser evitada. Os movimentos habitacionais também denunciam que o governo descumpre a lei de aplicar 1% do ICMS à produção habitacional. Afirmam que o governo está burlando a lei, usando para gastos administrativos ao invés de construir. A solução está em produzir novas habitações e fazer um novo debate, utilizar prédios desocupados que podem ser destinados à moradia. Fazer um processo de recuperação, desapropriação e assumir prédios do governo federal. Tem conjunto de iniciativas que é plenamente possível. É preciso construir mais de 100 mil novas moradias além das projetadas pelo movimento Minha Casa Paulista.
Candidato do PT cobra Doria por saída da Prefeitura de São Paulo (Foto: Reprodução/Facebook)
E no caso da Sabesp, como seria a administração da empresa em uma gestão petista?
É preciso mudar o foco. Infelizmente ela não está focada em sua verdadeira missão: cuidar da água e do esgoto. Hoje ela cobra esgoto tratado e não trata. 45% do esgoto coletado não é tratado. Para despoluir, é preciso fazer coleta e tratamento universal, não cabe a empresa pagar lucros e dividendos para empresários. No meu governo, enquanto tiver esgoto a ser tratado não pagaremos estes lucros e dividendos. Uma empresa deste perfil não pode pagar a curto prazo. Foram gastos quase R$ 2 bi no ano passado. Este dinheiro poderia ser usado para investimentos.
Como você pretende melhorar o atendimento da saúde pública, principalmente na questão da falta de leitos?
Vamos fazer como em São Bernardo. Além da restauração do SUS e de criar novos hospitais, criamos um novo programa para resolver a falta de leito hospitalar, com internação domiciliar, de acordo com o perfil do paciente. O atendimento variava de 400 a 500 pessoas internadas em casa. Era como ter um hospital de 500 leitos. Vamos chamar prefeitos e prefeitas para uma gestão compartilhada, com uma central para administrar as vagas junto aos hospitais municipais. Além disto, incorporar os equipamentos filantrópicos e criar o centro de especialidades para o cidadão não bater em várias portas. O cidadão passa no médico, faz o exame, conversa com especialista e faz tudo num lugar só.  Temos que botar para funcionar o que está construído. O hospital de Piracicaba tem 90% de ociosidade. O hospital de Osasco, 40%, Ferraz de Vasconcelos, 70% e o Hospital da Paz, 50%.
E como você pretende acabar com a sensação de insegurança em São Paulo?
O PSDB desmontou a Polícia Civil e deixou a Polícia militar com 85% de seu efetivo pendurado, sem respaldo de moradia e sem respaldo psicológico. A principal causa das mortes dos policiais hoje é o suicídio. O Estado não cuida da polícia e a polícia tem as suas fragilidades para cuidar de seu povo. Nós vamos criar uma força-tarefa. O gabinete vai comandar com as duas polícias, civil e militar, e teremos uma boa polícia treinada e equipada. Mas é preciso interromper o fornecimento de mão de obra ao crime organizado, com educação, cultura, tecnologia e esporte. É assim que vamos fazer. Não é a força bruta da Rota na rua, de que bandido bom é bandido morto. 
Por que o eleitor deve votar em você e não nos outros candidatos?
É só olhar a história. O Doria, por exemplo, já demonstrou que não tem aptidão para ser gestor público, prometeu e não cumpriu. Fez compromisso com eleitor tem que cumprir. Não se pode divorciar. A única coisa inédita que ele conseguiu foi em um ano e três meses ser condenado por improbidade administrativa. Já o Paulo Skaf é presidente do sindicato dos patrões, sempre preocupado com o lucro. Quem precisa do Estado é quem trabalha nele. Fiz a manutenção da Ford e da Volks em São Bernardo, no final da década de 90, quando as empresas queriam deixar a cidade. Graças a Deus conseguimos reverter, conseguimos segurar serviço prestado
Por que a ascensão de Haddad com o apoio de Lula não se repete no caso da sua candidatura ao Estado?
A eleição de São Paulo vai começar a ser definida agora. Os episódios que nós fomos obrigados a construir, a indefinição do Lula, a candidatura do Haddad e o atentado horrível ao Bolsonaro impediram o debate. A decisão vai ser decidida nos três dias finais. Se dependesse das pesquisas, eu não era nem prefeito de São Bernardo quando venci no segundo turno. Mas quase fui eleito no primeiro. É assim que vai acontecer no Estado. No segundo turno, a gente disputa para valer.
 

 





Candidata afirmou que PT fez uma campanha “muito competente” contra ela em 2014 (Foto: Reprodução/Facebook)

Nacional

PT desconstruiu minha imagem com R$ 70 milhões roubados da Petrobras, diz Marina

  Candidata pela terceira vez à Presidência da República, a acreana Marina Silva diz que foi vítima de uma campanha “muito competente do PT” em 2014, quando, a exemplo de 2010, não foi para o segundo turno.
De acordo com a ex-ministra do Meio Ambiente (2003-2008) no governo Lula, Dilma Rousseff e seu marqueteiro João Santana “criaram uma mitologia” de que ela está sempre em cima do muro.
“Tenho posições claríssimas sobre o aborto, a legalização da maconha, a criminalização da LGBTfobia e outros assuntos. Basta ver qualquer discurso meu ou entrevista minha”, afirma. Ainda segundo a candidata, o PT, partido do qual já foi filiada, desconstruiu sua imagem ao custo de R$ 70 milhões roubados da Petrobras.
Além de ministra do Meio Ambiente, Marina já foi vereadora em Rio Branco, capital do Acre, deputada estadual e senadora. Mesmo longe dos favoritos ao segundo turno, a candidata não quis dizer se apoiaria Fernando Haddad (PT) ou Jair Bolsonaro (PSL), atuais líderes nas pesquisas de intenção de voto. “Acredito que o povo brasileiro queira união e prosperidade. Não ficará entre esses dois extremos e saberá fazer a melhor escolha no dia 7”, analisa.
A candidata ainda diz que acredita no diálogo e que pretende realizar plebiscitos sobre “temas complexos”. “A opinião de 513 deputados e 81 senadores não pode substituir a de 200 milhões de brasileiros. A ruína nacional foi produzida por falta de discussão, não por excesso”. 
Candidata afirmou que não foge de temas polêmicos (Foto: Reprodução/Facebook)
 Qual seria a sua primeira atitude como presidente? E qual de suas propostas considera como o principal mote da campanha?
Recuperar a credibilidade do governo e a confiança dos brasileiros ao montar um gabinete de pessoas com excelência técnica, rigor ético e capacidade de articulação política. Nossa prioridade máxima no governo é a atenção à educação, em especial à primeira infância. No Plano Vida Digna, vamos ampliar o número de vagas em creches em 2,5 milhões.
Vivemos uma das mais graves crises econômicas de nossa história. Qual é o seu plano para tirar o Brasil desta situação?
 A crise foi causada por um conjunto de fatores. Os decisivos foram erros do primeiro governo Dilma-Temer. Sem credibilidade, sem um governo honesto e eleito com legitimidade para fazer reformas imprescindíveis como a da Previdência, não há solução possível para a crise.
Quais são seus planos para educação, esporte, saúde e cultura?
Implementar o Plano Nacional de Educação, apoiando os municípios. Reformar o Sistema Único de Saúde, dividindo o país em 400 regiões sob a regência de uma autoridade nacional para acabar com a ineficiência – em alguns lugares faltam leitos, em outros sobram. Na cultura, fomentar a produção cultural por meio de editais, bolsas e premiações, oferecendo condições de funcionamento a museus, arquivos e bibliotecas. No esporte, aumentar em muito os recursos para esta área e estimular o esporte de alto rendimento.
Qual é a sua opinião sobre o acolhimento aos venezuelanos? Acredita que os governos Dilma e Temer foram condescendentes com o regime de Maduro? O que a senhora faria de diferente?
A dramática crise humanitária na Venezuela é a maior preocupação da América Latina hoje. O tema é prioritário para nós, tanto que mandei meu vice, Eduardo Jorge, a Roraima para ver a situação de perto. O Brasil se omitiu duas vezes  em ajudar a construir uma saída para a crise no país vizinho. Primeiro, ao trocar princípios e valores por ideologia na relação com o chavismo, regime que descambou na ditadura de Maduro. Depois, ao não liderar uma coalizão internacional de países sul-americanos para dar ajuda humanitária aos refugiados e buscar uma solução diplomática. É urgente que façamos isso. Não se pode deixar a tarefa de acolher os refugiados nas costas do Estado de Roraima, que é pobre e tem, ele próprio, uma população vulnerável.
 Como a senhora vê a democracia brasileira nos dias atuais? Teme que, dependendo dos resultados das eleições, ela seja ameaçada?
 Vivemos um momento perigoso para a democracia. Estamos entre a cruz da corrupção e a espada do autoritarismo, entre a esquerda populista e a direita saudosista da ditadura. Mas eu acredito que o povo brasileiro queira união e prosperidade. Não ficará entre esses dois extremos e saberá fazer a melhor escolha no dia 7.
Marina afirmou que Eduardo Jorge foi Roraima para acompanhar de perto a situação dos venezuelanos (Foto: Reprodução/Facebook)
 A senhora fala muito em fazer plebiscitos sobre alguns assuntos. Levando em conta a história recente do País, na qual não é comum haver plebiscitos, como pretende convencer o Congresso a propor tais convocações? 
 O plebiscito é um mecanismo previsto na Constituição para que a sociedade opine sobre temas muito complexos, nos quais 513 deputados e 81 senadores não podem substituir 200 milhões de brasileiros.
Falando em Congresso, a Rede Sustentabilidade fechou apenas com o PV para estas eleições. Caso eleita, como pretende ter apoio de congressistas de outros partidos e “governabilidade”?
Quando a sociedade faz a mudança, a política acompanha. Quando se governa com propósito, com projeto de País e não de poder, os consensos surgem. Eu consegui aprovar projetos altamente complexos no Congresso quando era ministra do Meio Ambiente, porque o Parlamento entendeu que eles eram bons para o Brasil. Tenho dito, e insisto, que há pessoas boas em todos os partidos. É com essas que eu e Eduardo Jorge vamos governar.
 Outros candidatos dizem que para resolver o problema do desemprego, é necessário investir na construção civil. Como a senhora vê esta questão? Há como investir pesado e ser sustentável? Como, de forma geral, transformar o Brasil em uma nação mais sustentável?
 Não há nenhuma oposição entre economia e ecologia. Ao contrário. O crescimento econômico que se dá sem respeito ao ambiente não pode ser durável. É o ambiente que dá as bases para o crescimento. O Brasil tem um arcabouço legal e institucional que nos permite crescer de forma sustentável e altamente rentável em vários setores, inclusive na construção civil. Além disso, as energias renováveis quebraram de vez essa aparente contradição, porque elas geram renda justamente para proteger o meio ambiente.
Acreana não quis dizer se apoiaria Haddad ou Bolsonaro em um eventual segundo turno (Foto: Reprodução/Facebook)
Em um eventual segundo turno Bolsonaro x Haddad, apoiaria quem? 
Eu estarei no segundo turno.
A senhora é uma candidata experiente (terceira vez que concorre à Presidência) e bastante conhecida no cenário nacional. No entanto, fala-se muito que não possui posições claras em relação a determinados assuntos polêmicos (aborto, legalização da maconha e criminalização da LGBTfobia, por exemplo). Como convencer os eleitores, nesta fase final de campanha, de suas convicções?
 Isso é parte de uma mitologia que o PT criou de forma muito competente na campanha de 2014, quando a Dilma e o marqueteiro João Santana, pago com 70 milhões roubados da Petrobras, desconstruíram a minha imagem. Minhas posições sobre esses assuntos e todos os outros são claríssimas, basta ver qualquer discurso meu ou entrevista minha. Existem temas complexos na vida nacional que demandam debate com a população, e seria autoritário não os debater. A ruína nacional foi produzida por falta de discussão, não por excesso. Continuarei fazendo campanha como sempre fiz: expondo minhas propostas e falando a verdade.

 





Toninho quer desmilitarização da PM e armas à população (Foto: Ivo Lindbergh)

Cidade

Toninho Ferreira defende a deposição de Bolsonaro, caso ex-capitão seja eleito

Candidato ao governo do Estado pelo PSTU, o advogado e sindicalista Antônio Donizete Ferreira, conhecido como Toninho Ferreira, de 60 anos, defende que a população “derrube” Jair Bolsonaro do poder, caso o ex-capitão seja eleito presidente da República nas próximas eleições. “Ele não respeita os direitos individuais das minorias. Arrepia ver um discurso dele. Sua candidatura cresceu por causa da desilusão dos brasileiros com o PT”, avalia.
Mineiro da cidade de Guaranésia, Ferreira está em terras paulistas desde 1977 e mora em São José dos Campos, município no qual entrou em contato com o sindicalismo e com a política. Filiado ao PSTU desde sua fundação, o candidato afirma que a Lei de Responsabilidade Fiscal, sancionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, serve “apenas para banqueiros”. Por isto, ele acredita que ela deve ser desrespeitada. “O estado tem que ter responsabilidade com o social”, afirmou.
Em relação à segurança, o advogado diz que a polícia deve ser desmilitarizada. Inclusive, ele ressalta que as pessoas que vivem nas regiões periféricas dos grandes centros necessitam se proteger também da PM. “Defendo pelo menos a posse de arma, mas não compactuo com a ideia do Bolsonaro. Ele acha que tudo se resolve na bala. Não penso assim”.  
Ferreira é contra a Lei de Responsabilidade Fiscal (Foto: Ivo Linbergh)
Candidato, qual seria a sua primeira medida como governador de São Paulo?
Seria retomar as empresas que foram privatizadas, como a Sabesp e a Eletropaulo. Acabaríamos com as Organizações Sociais de Saúde A saúde está privatizada hoje no Estado. Sabemos que estas organizações existem para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas somos contra ela. Esta lei só serve para pagar banqueiros e dívidas públicas.  Vamos desrespeitá-la.
Como assim?
Achamos que deve haver a Lei de Responsabilidade Social. O Estado tem que ter responsabilidade com o social. São Paulo precisa batalhar por isto. A gente propõe que a população se organize por comitês e lute por seus direitos. Não é só a Lei de Responsabilidade Fiscal. Todas as leis beneficiam os poderosos. É preciso fazer uma rebelião para lutar contra uma sociedade na qual seis pessoas têm a mesma riqueza de 100 milhões.
Como governador não teria que dialogar com esta elite para não agravar mais a divisão do País?
O País está dividido, mas os outros candidatos estão todos do mesmo lado. Eles são todos capitalistas.  Nas eleições parece que há um Corinthians x Palmeiras, mas não é assim. Eu penso que 99% da sociedade têm que se organizar contra este 1% da elite. As mãos que produzem a riqueza não são as mesmas que a distribuem. Não penso que há alguma forma de se entender com banqueiros. Nós temos interesses completamente diferentes. Eles querem que o mercado regularize tudo. Nós pensamos que este papel é do Estado.
Para candidato, a população tem que se proteger. Inclusive da PM (Foto: Ivo Lindbergh)
Qual é a sua opinião sobre a reforma trabalhista?
Dizem que é moderna, mas penso que remonta ao século 19. Carga horária desregulamentada, horário de almoço desregulamentado e as férias também não são mais regulamentadas. Retiraram toda a conquista de uma sociedade. E para quê? Para sobrar mais dinheiro para um setor. Para facilitar a vida dos banqueiros.
O discurso do PSTU é contra a classe empresarial, mas hoje há muitos microempresários no Brasil…
Este microempresário tem uma situação um pouco melhor em relação aos trabalhadores. Eles não detêm os meios de produção. Quando falamos da classe empresarial, estamos falando das grandes marcas. Quando falamos em estatizar as 100 maiores empresas brasileiras, estamos falando de 80% do PIB. E elas empregam pouca gente. Este pequeno empreendedor nem consegue empréstimo no BNDES.
E quais são seus planos para amenizar o desemprego?
Muitos dos 5 milhões de desempregados do Estado estão desalentados. Desalento é uma palavra triste. Há algumas propostas federais, mas falamos delas porque o Brasil não está isolado em uma ilha. A primeira seria reduzir a jornada de trabalho para 36 horas semanais sem a redução salarial. Alguns países europeus têm feito isto. Depois, acabaríamos com as reformas trabalhista e da previdência.  Já em São Paulo seria necessário abrir frentes de trabalho.
É possível fazer isto sem conversar com o poder privado?
Eu acho que é possível. O Estado pode fazer. No fundo, no fundo é o Estado que faz. As Parcerias Público-Privadas (PPPs) são fontes de corrupção. Vamos pegar o exemplo do saneamento básico. Ninguém quer investir porque não dá lucro, mas investindo nesta área, você economiza na saúde e até na educação. Um jovem que vive à beira de um esgoto a céu aberto tem muitas dificuldades. Devemos construir mais escolas e hospitais, que fiquem com o Estado, valorizando o funcionalismo. Não construir mais presídios.
Como o senhor vê o cenário do transporte sobre trilhos em São Paulo?
A nossa linha metroviária é uma das menores do mundo. E, além disto, o governo constrói grandes estações para depois entregar à iniciativa privada. Somos contra isto. O Metrô tem que ser do Estado. Até porque muitas empresas privadas que atuam no transporte sobre os trilhos estão envolvidas em escândalos de corrupção. Muitas linhas são sucateadas para a população apoiar a privatização. Aí, depois que privatizam, falam que melhorou o serviço. Não é que melhorou. Isto é uma estratégia.
Quais são os planos para a segurança?
A Polícia Militar é uma aberração. Vem da época da ditadura militar. É violenta. A polícia deveria ser mais democrática e unificada. Hoje, ela chega à periferia e mata as pessoas, em sua maioria, negras. Na verdade, é pobre matando pobre. Porque o soldado também é pobre. Esta guerra precisa acabar. O combate ao tráfico de drogas deve ser diferente. Um jovem usuário sai pior da prisão do que entrou. É necessário fazer um trabalho social forte nas comunidades, por meio de comitês, para que a população se defenda da polícia também. É um absurdo, mas esta é a realidade. Defendo pelo menos a posse da arma, mas não como o Bolsonaro. Não acredito que tudo se resolva na bala. Quem ele quer armar, nós queremos desarmar. Ou vocês acham que os grandes latifundiários já não são armados?
Falando em Bolsonaro, como seria um diálogo com ele, caso os dois sejam eleitos?
Primeiro queria dizer que ele é fruto de uma desilusão da política. O PT foi uma desilusão para a população. As coisas estão rolando. Acho que é possível reverter o favoritismo dele no primeiro turno. Mas qualquer um que ganhar, não vai governar o País. Eu acredito que terá um impeachment no próximo governo. A situação não vai melhorar. Vai piorar. Se eu e ele formos eleitos, vamos ter que organizar o povo em comitês, porque o Bolsonaro não respeita os direitos individuais. Arrepia ver um discurso dele. Agora ele nega, mas as coisas estão gravadas. E o Mourão pensa da mesma maneira. Temos que organizar o povo para derrubar um cara destes da Presidência, caso ele ganhe as eleições.
 

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Voto facultativo significa liberdade de escolha, direito de ir e vir e de amadurecimento eleitoral (Foto: Elza Fiúza/ABR/Fotos Públicas)



Opinião

Ponto de vista: O voto obrigatório serve à democracia?

Às vésperas de uma das eleições mais importantes da história do País, boa parte dos eleitores declara voto nulo, em branco ou vai se abster como forma de protesto. Talvez não saiba que esse seu comportamento não ajudará em nada à democracia e nem servirá de protesto, pois o que conta é o voto válido cravado na urna eletrônica. Em geral, candidatos mais conhecidos se beneficiam disso.
Porém, cabe uma reflexão: o voto é um dever cívico ou um direito subjetivo? A questão diz muito a respeito da qualidade de um sistema democrático. No nosso caso, o voto é obrigatório, menos para jovens entre 16 e 18 anos, aqueles com mais de 70 anos e analfabetos. Que implicações haveria para a democracia brasileira em caso de voto facultativo? O primeiro efeito seria a quebra de 35% na participação da população nas eleições, conforme estudiosos do sistema eleitoral.
Tomando como referência o conjunto deste ano – 147.302.354 de eleitores –, iriam para as urnas entre 90 a 96 milhões. Esse volume menor não significaria, porém, enfraquecimento da democracia representativa. Alguns alegam que o País ainda não alcançou grau elevado de institucionalização política, o que não resiste a uma análise.
O voto facultativo significa liberdade de escolha, direito de ir e vir, de participar ou não do processo eleitoral, decisão da consciência, calibrada pelo amadurecimento. Se milhões de eleitores poderiam se abster, por livre e espontânea vontade, outros milhões compareceriam às urnas com discernimento. Haveria menor índice de votos nulos e brancos.
A tese de que a obrigatoriedade do voto fortalece a política não se sustenta. Se assim fosse, países mais avançados do planeta, que cultivam as sementes da democracia, adotariam o voto obrigatório. O fato de se ter, às vezes, menos de 50% de participação do eleitorado não significa democracia mais frágil nos EUA.
Valorizar o voto dos mais interessados não é posição elitista. Mas o que é melhor para a democracia, uma minoria ativa ou a maioria passiva? A liberdade para votar levaria lideranças e partidos a conduzir um processo de motivação das bases. Este é um tema importante para o Congresso debater.
Marcos da Costa é 

 





Jair Bolsonaro tem avançado, mas precisa ir além se quiser encerrar a disputa no domingo (Fotos: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABR/Fotos Públicas e Cláudio Kbene/Fotos Públicas)



Opinião

Editorial: No primeiro ou no segundo turno? A lógica de uma eleição passional

O que parecia irreal até alguns meses atrás, já não se apresenta tão impossível: a definição da eleição presidencial ainda em primeiro turno. A possibilidade disso, de fato, acontecer com Jair Bolsonaro ainda é pequena, conforme as últimas pesquisas apontam, mas existe. E, em existindo, não pode ser descartada, ainda mais em um cenário tão polarizado e tão propício a surpresas. De qualquer forma, não é algo rotineiro na jovem democracia brasileira. O único que carrega tal façanha no currículo é Fernando Henrique Cardoso, que, em 1994 e 1998, não deu chances para os adversários e, em uma só rodada, pôs fim ao embate.
Depois da pesquisa Ibope de segunda-feira, 1, em que Bolsonaro teve uma alta expressiva – de 27% para 31% e vantagem de 10% frente a Fernando Haddad –, muitos dos seus correligionários apostavam na ampliação da dianteira do deputado federal, o que não se confirmou na sondagem apresentada ontem por este mesmo instituto (32% x 23%). No entanto, a resiliência aos ataques exibida até aqui pelo ex-capitão tem intrigado e deixado sem reação seus principais adversários. Diante de um genuíno “candidato teflon”, em que nada cola, gruda ou adere, os demais concorrentes têm ficado sem arsenal para tentar miná-lo na corrida ao Palácio do Planalto.
Do outro lado, Haddad não tem demonstrado o mesmo poder de absorver os golpes, impetrados mais pesadamente especialmente por Geraldo Alckmin. E, organicamente, quando o ex-prefeito de São Paulo recua, Bolsonaro avança. Ainda assim, precisaria avançar muito mais para resolver a questão no primeiro turno. A última pesquisa Ibope para as eleições presidenciais de 2014, por exemplo, dava a Dilma Rousseff 40% das intenções de voto, e 27% para Aécio Neves. Ainda assim, houve segundo turno, cujo resultado foi o mais apertado da história. Uma margem segura seria em torno de 45%, que, em se confirmando nas urnas, daria mais da metade dos votos válidos necessários ao candidato e encerraria a disputa já neste domingo. Possível, é. Provável, não. Ao menos a lógica diz isso, mas, em um cenário de paixões tão exacerbadas, a razão foi a primeira a sair de cena nestas eleições.

 





Candidato sofreu leves ferimentos com capotamento do carro (Foto: Reprodução/TV Globo)

Cidade

Major Costa e Silva, candidato ao governo de SP, sofre ataque a tiros

O candidato da Democracia Cristã (DC) ao governo de São Paulo, major do Exército Adriano da Costa e Silva – o Major Costa e Silva -, trocou tiros com quatro homens armados que abordaram o veículo em que ele estava na noite desta quarta-feira, 3. O crime ocorreu na Estrada da Cooperativa, no Jardim Santo Antônio, em Ribeirão Pires, município da Grande São Paulo. Eram 21h quando os quatro homens em duas motocicletas cercaram o carro do candidato – uma Pajero prata – e atiram. O major estava acompanhado por seu motorista, o capitão do Exército Hamilton da Silva Munhoz. As balas acertaram o veículo do militar e um dos disparos atingiu o colete a prova de balas do capitão. Major Costa e Silva reagiu e atirou na direção dos criminosos, que fugiram. Durante o tiroteio, o capitão perdeu o controle do carro, que bateu e capotou, indo parar em um córrego. Os dois oficiais do Exército foram socorridos por uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros – eles tiveram escoriações leves – e levados até o pronto-socorro Santa Helena. Policiais do 30º Batalhão da Polícia Militar tentaram localizar os bandidos, mas até as 23h nenhum deles havia sido capturado ou identificado. Por enquanto, os investigadores não têm nenhuma pista sobre a autoria e também não descartam nenhuma hipótese – tentativa de roubo ou atentado político – para o crime. Na última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada também nesta quarta-feira, Major Costa e Silva aparece em quinto lugar na disputa pelo governo paulista, com 3% das intenções de voto. Publicações Por volta das 23h, o candidato publicou em sua página no Facebook a informação de que voltava de Mauá e ia para São Paulo quando sofreu o ataque. Os bandidos, segundo ele, “descarregaram suas armas no veículo”. “Convoco a todos a uma corrente de oração em proteção de todos que lutam nesse momento contra essa organização criminosa e poderosa que se fez dona de nossa Pátria através do aparelhamento do sistema político.” Ele completou sua publicação afirmando que “sangue justo começou a ser derramado, mas todos que empunharam suas espadas estão dispostos ao sacrifício pela limpeza desta nação”. Pouco depois, a página do candidato informou que tanto ele quanto o capitão “se encontram fora de perigo, sob proteção da polícia em um hospital, com leves escoriações”. “O major precisou efetuar disparos para a garantia de suas vidas, mas não atingiu os criminosos.” 

 







Candidatos aparecem tecnicamente empatados (Fotos: Paulo Lopes/Futura Press/AE e Alex Silva/AE)

Cidade


Os candidatos João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) continuam empatados na disputa pelo governo de São Paulo, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na tarde desta quarta-feira, 3. No entanto, Doria oscilou dois pontos para cima e agora aparece com 24%, enquanto Skaf caiu três pontos e está com 21%. Os números configuram empate técnico, já que a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Atrás deles aparece o governador Márcio França (PSB), que, assim como Doria, oscilou dois pontos para cima: tinha 12% e passou para 14%. Luiz Marinho (PT), outro que oscilou positivamente dois pontos, vem em seguida com 8%. Atrás deles, Major Costa e Silva (DC) pontua 3%. Marcelo Candido (PDT), Prof. Claudio Fernando (PMN), Rodrigo Tavares (PRTB), Rogerio Chequer (Novo) e Professora Lisete (PSOL) têm 1% cada. Os candidatos Toninho Ferreira (PSTU) e Lilian Miranda (PCO) não pontuaram. O Ibope também pesquisou como seria um segundo turno entre Doria e Skaf. Nesse cenário, Skaf ficaria com 37%, empatado tecnicamente com Doria, que teria 36%. Os números mostram uma melhora de Doria – ele aparecia com 31% na última pesquisa. Já o candidato do MDB oscilou dois pontos para baixo em relação ao último levantamento. Brancos e nulos são 20% e outros 7% não souberam responder. Márcio França perderia para Skaf por 40% a 30% e estaria em empate técnico com Doria (38% a 36% para o tucano). É a primeira vez em que cenários com o candidato do PSB foram pesquisados. Se considerada a intenção de voto espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Doria subiu de 9% para 13% em relação à última pesquisa. Skaf segue empatado tecnicamente com o tucano, com 10%, mesmo valor da pesquisa anterior. O terceiro lugar é de Márcio França, com 7% das intenções, oscilação positiva de um ponto em comparação ao levantamento anterior. Luiz Marinho tem 3%. Brancos e nulos somaram 17%; entrevistados que não souberam ou não quiseram responder foram 45%. Rejeição A rejeição ao candidato tucano caiu quatro pontos, para 29%, mas continua sendo a maior. O segundo mais rejeitado é Luiz Marinho, que tem 20%, dois pontos a mais que no último levantamento. A taxa de Skaf oscilou um ponto para baixo e agora está em 18%. Major Costa e Silva e Toninho Ferreira têm a mesma rejeição: 12%. Márcio França aparece com um ponto a menos em comparação com a última pesquisa e agora tem 10%. Em seguida, estão Professora Lisete (9%), Marcelo Candido (9%), Lilian Miranda (9%), Rodrigo Tavares (8%), Rogerio Chequer (8%) e Professor Claudio Fernando (7%). Outros 23% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder e 7% disseram que poderiam votar em qualquer candidato. Senado O líder das pesquisas para o Senado, Eduardo Suplicy (PT), continua a tendência de queda que havia apresentado nos últimos três levantamentos. O petista oscilou dois pontos para baixo e agora tem 26% das intenções de voto. No seu auge, registrado no dia 10 de setembro, o candidato pontuou 31%. A disputa para a segunda vaga permanece embolada. Mara Gabrilli (PSDB) está numericamente à frente, com 17% – dois a mais que na pesquisa do dia 25 de setembro. Outros dois candidatos apresentaram índice de 14%: Major Olímpio (PSL), que tem um ponto a menos; e Mario Covas Neto (Podemos), que oscilou um ponto para cima. O destaque é Tripoli (PSDB), que subiu três pontos e agora tem 13%. Maurren Maggi (PSB), que tinha 9%, agora aparece com 10%. Outros candidatos atingiram no máximo 5%. Brancos e nulos chegam a 23% para a segunda vaga e 17% para a primeira. Entre os entrevistados, 37% não sabem ou preferiram não responder. A pesquisa foi realizada nos dias 30 de setembro a 2 de outubro de 2018. Foram entrevistados 2.002 eleitores em 97 municípios. A margem de erro máxima estimada é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O levantamento foi contratado pelo Estado e pela TV Globo e está registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o protocolo Nº SP-08219/2018 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-07211/2018. COLABORARAM CECILIA DO LAGO E BIANCA GOMES, ESPECIAL PARA AE



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