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sexta-feira, maio 3, 2024

Isa Penna confirma ação contra Olim após deputado aponta “sorte” em assédio

A deputada estadual Isa Penna (PCdoB-SP) comunicou que vai acionar o Ministério Público, onde entrará com uma ação contra o também deputado estadual delegado Olim (PP-SP). O objetivo da parlamentar é solicitar o afastamento do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

 

Em síntese, a medida ocorre depois da declaração do delegado, no podcast “Inteligência Limitada”, na última quarta-feira (20).

Olim declarou que ela teria conquistado “sorte” em ser apalpada nos seios. Além disso, ele frisou que Penna seria eleita nas eleições deste ano em função deste acontecimento.

Isa Penna foi assediada pelo deputado estadual Fernando Cury (sem partido). Ele está suspenso por seis meses. O fato aconteceu em dezembro de 2020 durante uma sessão na Alesp.

Por meio das redes sociais, Arthur do Val, rebateu a declaração de Olim, manifestando que “tá mais do que claro que não fui cassado pelo que falei, mas por quem eu sou”.

“É inaceitável qualquer sugestão de ganho político a partir de um ato explícito de violência contra a mulher, assim como tentativas espúrias de buscar nisso um ganho pessoal político. O comentário reproduz o ciclo de violência que todos os dias tenta revitimizar mulheres que ousam denunciar os ataques que sofrem”, explica Penna, em nota enviada à CNN.

“A violência contra a mulher mata todos os dias, e é por isso que jamais iremos nos furtar de denunciar o sim, todos os dias, a misoginia que tentam naturalizar neste país. Até que essa realidade mude”. “Por conta de tudo isso, entrarei com uma representação no Ministério Público pedindo o afastamento do parlamentar do Conselho de Ética da Alesp.Seu comportamento é desrespeitoso não só comigo, mas com todas as mulheres que todos os dias lutam contra o machismo, muitas delas suas eleitoras”, completou.

Olim ainda fez uma comparação ao caso de Arthur do Val (União-SP), onde é relator no julgamento por rompimento de decoro parlamentar por causa do envio de mensagens de voz, nas quais emitiu comentários sexistas acerca das mulheres ucranianas que tentavam sair do país para fugir da invasão russa.

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