A máscara construída para combater a contaminação da Covid-19 pode ser usada para combater o vírus da gripe, intitulado de influenza. Ele é responsável por causar a infecção do sistema respiratório com alta mortalidade entre grupos vulneráveis. A descoberta foi feita por cientistas da na Universidade de São Paulo (USP).
Segundo informações da Agência de Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o produto recebe o nome de Phitta Mask no mercado brasileiro e internacional. O desenvolvimento dele ocorreu no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) em parceria com a empresa Golden Technology.
O Phtalox, tecido da máscara, é solidificado por um composto químico, capaz de extinguir as partículas virais no momento em que elas se associam à máscara. A camada mais externa do vírus é eliminada em segundos, o que impede sua replicação. O resultado foi conhecido por meio de testes, realizado de 2020 a 2021, sob comando do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP).
A eficácia do procedimento teve quase 100% de garantia contra o SARS-CoV-2 e suas variantes ômicron, delta, gama (P1) e zeta (P2). No mais, testes evidenciaram que a máscara contém eficiênica contra os tipos A e B do influenza, segundo o virologista Edison Luiz Durigon, pesquisador do ICB-USP apoiado pela Fapesp e coordenador das análises.
“Os resultados dos testes em laboratório nos deixam muito confortáveis. A máscara eliminou 100% dos vírus, tanto de influenza A como de influenza B. Isso é muito importante porque trata-se de uma doença com alta mortalidade, principalmente entre gestantes, idosos e crianças”, explicou.
Os testes aconteceram em microplacas com as culturas de células, nas quais foram preservados os vírus. Pedaços do tecido da máscara ainda foram colocados em contato com os vírus. Nesse momento, ficou evidente a inativação total deles através de microscópio, em contrapartida aos testes de controle.
