Cheirar hambúrguer por 2 minutos pode ajudar a resistir a junk food, diz estudo
Você é o tipo de pessoa que “come com os olhos”? E o que dizer do “cheiro delicioso” de batata frita ou um bolo de chocolate? Se você é influenciado pela aparência e o aroma na hora de comer, um estudo publicado no “Journal of Marketing Research” revela uma técnica para driblar o impulso.
De acordo com a pesquisa, dois minutos de aromatizante podem ajudar a combater a compulsão por alimentos gordurosos. Isso porque o cérebro não diferencia necessariamente a fonte do prazer sensorial.
O principal autor do estudo, o professor Dipayan Biswas, explica: “O perfume ambiente pode ser uma ferramenta poderosa para resistir aos desejos por alimentos indulgentes. De fato, estímulos sensoriais sutis como aromas podem ser mais eficazes em influenciar as escolhas alimentares de crianças e adultos do que políticas restritivas”.
Os cientistas expuseram os participantes do estudo ao aroma de morangos ou maçãs e de biscoitos ou pizza. Aqueles que cheiraram por menos de 30 segundos ficaram mais propensos a comer os alimentos gordurosos. No entanto, se o comportamento de cheirar durasse mais de dois minutos, os participantes escolhiam as frutas para consumo.
Em literaturas anteriores, pesquisadores alegavam que apenas um cheiro de comida frita, hambúrguer ou pizza era suficiente para fazer as pessoas comprarem junk food.
Segundo Dipayan Biswas, alguns fabricantes de aromas artificiais estão investindo em aromatizadores baseados em alimentos gordurosos. “Várias empresas estão vendendo diferentes tipos de sprays com aroma de biscoito, por exemplo”, afirma o pesquisador. Ele acredita que purificadores de ar com aroma de hambúrguer ou doces estimulariam escolhas alimentares mais saudáveis dentro de casa.
Doria negocia com DEM, mas ala tucana tenta impedir candidatura
Após se aproximar do PSD, o prefeito João Doria investe agora no apoio do DEM para uma eventual candidatura pelo PSDB ao governo de São Paulo. A negociação partidária, que envolve o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM-BA), ocorre à revelia do governador Geraldo Alckmin e no momento em que uma ala tucana tenta adiar as prévias paulistas da legenda para maio.
Com o adiamento das prévias, o prefeito seria forçado a deixar o cargo para entrar na disputa interna. Pela legislação, os políticos que forem concorrer nas eleições deste ano devem renunciar até o dia 7 abril.
Doria e Maia conversaram sobre a sucessão em São Paulo no avião do prefeito, durante um voo entre Rio e Salvador na terça-feira de carnaval. Ao chegar à capital baiana, eles se juntaram ao prefeito ACM Neto. Questionado sobre o encontro, Maia disse que a palavra final sobre uma eventual aliança em São Paulo será do diretório regional do DEM.
O prefeito deve almoçar no sábado com o secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia, pré-candidato do DEM ao governo, e com dirigentes paulistas da sigla. A ideia é oferecer a Garcia a vaga ao Senado. Por essa configuração, o presidente licenciado do PSD, ministro Gilberto Kassab, seria o vice de Doria na chapa e o chanceler Aloysio Nunes (PSDB), o segundo candidato ao Senado. A movimentação de Doria incomodou aliados de Alckmin.
O governador tenta evitar um racha em sua base na campanha pelo Palácio dos Bandeirantes. Pré-candidato à Presidência, Alckmin não descarta convidar o vice-governador Márcio França (PSB), que deve assumir em abril o governo e disputar a reeleição, para se filiar ao PSDB e ser o candidato único da coalizão governista. Tucanos paulistas ventilam ainda a possibilidade de acrescentar uma cláusula ao estatuto da legenda que tornaria todos os detentores de cargo executivo candidatos “natos” à reeleição – ou seja, sem a necessidade de disputar prévias.
McDonald’s anuncia redução de calorias no McLanche Feliz em 120 países
O McDonald’s anunciou nesta terça-feira (20) um compromisso de reduzir as calorias do menu infantil McLanche Feliz em 120 países, incluindo o Brasil, até 2022. A ideia da empresa é oferecer refeições mais balanceadas para as crianças, com ingredientes mais saudáveis, obedecendo os novos critérios globais de nutrição: 600 calorias ou menos – sendo 10 % das calorias a partir de gordura saturada, 650mg de sódio e 10% de calorias a partir de açúcar adicionado.
“Nós reconhecemos a oportunidade que temos de ajudar famílias por sermos um dos restaurantes mais frequentados do mundo e continuamos comprometidos em avaliar nossa comida”, afirmou Steve Easterbrook, presidente e CEO do McDonald’s.
Atualmente, 28% das combinações do McLanche Feliz, em 20 países, atendem aos novos critérios. Para atingir a meta de 50% em 120 nações, até 2022, o McDonald’s já iniciou uma reformulação do cardápio em alguns países, como Itália, Austrália e França. Nestes locais, a empresa passou a oferecer opções com frango grelhado (proteína magra) e verduras.
Além disto, o McDonald’s pretende simplificar ingredientes, removendo aromas, corantes e conservantes artificiais. Nos EUA, na França e no Canadá, os nuggets já estão sendo preparados de uma maneira mais saudável.
A empresa ainda se comprometeu a ser mais transparente em relação às informações nutricionais de seu cardápio, bem como, realizar uma publicidade mais responsável para as crianças.
Em 2013, a empresa, num acordo com a ONG Alliance for a Healthier Generation, colocou alternativas ao refrigerante no McLanche Feliz nos EUA, o que resultou no aumento de 14% na quantidade de pedidos com água, leite ou suco como opção de bebida.
“Desde o começo, a Healthier Generation sabia que nosso trabalho com o McDonald’s poderia influenciar melhorias de larga escala para crianças de todo o mundo”, disse Howell Wechsler, diretor executivo da Alliance for a Healthier Generation.
Editorial: Alckmin tem uma difícil tarefa de fazer um jogo de recuperação
É quase consenso que Geraldo Alckmin é o melhor nome do PSDB para concorrer este ano à Presidência da República. Evidentemente, tem aqueles que discordam, como o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que chamou a prévia do partido de fraude e abandonou a disputa interna pelo posto de presidenciável. Mas, depois de Aécio Neves ter se afundado em um lamaçal, de o prefeito João Doria, aparentemente, ter se contentado com a possibilidade de sair governador e de Fernando Henrique Cardoso ter visto abortada a ideia de lançar Luciano Huck como candidato, não há às claras outra indicação tão forte nas fileiras tucanas quanto a do governador paulista.
Assim, o nome de Alckmin deve ser aclamado nas prévias presidenciais do partido, agendada para 18 de março. No entanto, se dentro da legenda a fatura é líquida e certa, fora dela o cenário ainda é muito nebuloso. E os números divulgados ontem pelo Instituto Paraná Pesquisas (IPP), que mostrou o paulista em empate técnico com Jair Bolsonaro, com intenções que variam de 20% a 23%, dependendo do cenário, é mais motivo para preocupação do que para celebração. Afinal, se quer almejar voos mais altos, o governador tem de se mostrar soberano entre aqueles que diretamente lidera.
Em 2006, quando enfrentou Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin superou o petista nos dois turnos, tendo um incrível desempenho de 54,2% dos votos no primeiro turno. Isso com Lula no auge de sua trajetória política. Em 2010, José Serra repetiu a dose, baixando a margem para 40,67% no primeiro turno e subindo para 54% no segundo. Em 2014, Aécio Neves perdeu nos dois turnos em Minas Gerais, seu Estado, e viu Dilma Rousseff ser reeleita.
Assim, para Alckmin não resta outra alternativa a não ser recuperar os votos que o PSDB tradicionalmente obtém em São Paulo. Ainda há muita água para rolar sob esta ponte. Mas, fazer um jogo de recuperação é muito mais difícil e desgastante do que administrar uma vantagem. No entanto, as prévias do PSDB podem finalmente lançar luz sobre o papel do governador paulista nesta que deve ser uma acirrada e imprevisível disputa presidencial.
Ponto de vista: Desrespeito com o autista
A insensibilidade do governo estadual ao impor exigências sem diálogo prejudicou mais de 2,5 mil alunos autistas de escolas conveniadas. Ao alterar edital às vésperas do início do ano letivo, o governador Geraldo Alckmin condicionou o repasse de recursos sem garantir o devido tempo para estabelecimentos se readequarem.
As mudanças desrespeitaram e afetaram alunos, pais e unidades credenciadas. Publicado no final de janeiro, algumas escolas não puderam retomar as atividades. Entre as justificativas para melhorar a estrutura e cumprir orientação do Tribunal de Contas do Estado, ficou a dúvida sobre o propósito em cortar o atendimento às crianças especiais.
Pais, educadores e apoiadores se manifestaram contra as medidas e a interrupção de aulas e atividades multidisciplinares e pediram a revogação do decreto. Decisão da Justiça determina que o Governo garanta o transporte e pagamento às conveniadas, entre R$ 1,2 mil e R$ 1,7 mil por aluno, conforme o tempo de permanência.
São apenas 25 escolas conveniadas e o Governo não pode prejudicar o atendimento. Ninguém é contra o avanço da qualidade. Mas aulas adequadas, atividades individuais, rotina escolar e a contínua preparação de autistas para sua autonomia são fundamentais. Não podem ser interrompidas abruptamente sob qualquer pretexto.
A necessidade de educadores especializados, uniforme, alimentação, material escolar e de higiene precisa de um repasse justo. Exigir, sem contrapartida do Estado, só deixa o aluno autista desassistido. Todo tratamento tem métodos e procedimentos específicos elaborados por uma equipe multidisciplinar para o desenvolvimento progressivo.
O Governo mostra a visão rasa sobre os aspectos socioeducativos. Como sempre, apega-se às questões burocráticas para se justificar e interdita e viola direitos, sem propor um sistema educacional público e inclusivo, com o qual educação, terapias e convivência universal com as diferenças sejam garantidas a todos alunos.
*Edmilson Souza é professor de História, educador e vereador em Guarulhos
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