A maior parte do Brasil acatou a medida de dispensa do uso obrigatório de máscara recentemente. No entanto, governadores do Nordeste se posicionaram contra o término do estado de emergência instaurado para combater a pandemia de Covid-19.
A portaria que diminui o status da doença no país chegou a ser assinada na última sexta-feira (22) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Sendo assim, com o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) do coronavírus, permissões emergenciais endereçadas a vacinas e remédios contra a doença, como a CoronaVac, e até compras públicas podem sofrer alterações.
Para o Consórcio do Nordeste – autarquia formada por todos os estados da região – encaminhou um documento com críticas à medida.
Os gestores consideram a “flexibilização exagerada” e intitulam a modificação no status da Covid como equivocada.
“Evidências científicas mostram que ainda é prematuro considerar que a pandemia acabou”, avalia o consórcio. “No dia 13 de abril, ou seja, há apenas 2 semanas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou que a pandemia da Covid-19 continua a ser uma ‘Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional’ (…). Isto significa que o vírus da Covid-19 continua circulando no mundo, e que poderá ocorrer o surgimento de novas variantes de preocupação, provocando novas ondas da doença”, comunica o documento.
Além disso, normas municipais e estaduais referentes ao estado de emergência, como contratações temporárias de profissionais, aumento de serviços e aquisição de insumos também vão precisar ser reanalisadas, em até 30 dias.