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Assassinato de Nemtsov pode ter sido gravado



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Assassinato de Nemtsov pode ter sido gravado


03/03/2015
11:14 AM
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Estadão Conteúdo
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Atualizado em 03/03/2015 11:14 am

Nenhum suspeito do assassinato de Boris Nemtsov, feroz crítico do presidente russo Vladimir Putin e que foi morto a tiros, foi detido desde que o crime foi cometido, na sexta-feira, mas ontem surgiram relatos conflitantes a respeito de imagens de câmeras de segurança que poderiam ter gravado o seu assassinato.

Ele foi morto na noite de sexta-feira numa ponte de Moscou, horas depois de ter concedido uma entrevista a uma rádio na qual denunciou a “política louca e agressiva” de Putin na Ucrânia. Segundo investigadores russos, Nemtsov caminhava para casa com uma mulher, quando foi alvejado quatro vezes por um homem, que escapou num carro.

Não estava claro se imagens de circuitos fechados de televisão gravaram o assassinato, embora a área seja uma das mais seguras da capital russa.

O jornal Kommersant citou fonte anônimas do Ministério do Interior dizendo que não havia imagens de câmeras de segurança do assassinato porque os equipamentos em questão não estavam funcionando no momento do crime.

Porém, Yelena Novikova, porta-voz do departamento de tecnologia da informação de Moscou, que supervisiona as câmeras de vigilância da cidade, afirmou ontem que todas as câmeras “pertencentes à cidade” estavam operando devidamente na noite da morte de Nemtsov. Segundo ela, autoridades federais também possuem câmeras de vigilância nas proximidades do Kremlin que não estão sob o controle de sua organização.

Única testemunha disse que não viu nada

A única testemunha do crime é a ucraniana Anna Duritskaya, de 23 anos. Ela está sob guarda policial para interrogatório desde a manhã de sábado. Em entrevista concedida ontem ao canal russo Dozhd, ela afirmou não ter visto o homem que realizou o ataque.

“Não vi nada”, disse ela. “Eu me virei e tudo o que vi foi um carro de cor clara. Não vi nem a marca nem as placas do carro quando ele se afastava.”

Duritskaya disse que conhecia Nemtsov havia três anos. Ela afirmou que foi interrogada exaustivamente pela polícia e que gostaria de sair do país.

 



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