O prédio de dez andares, situado no Centro de São Paulo, atingido por mais de 40 horas de fogo, interrompeu a continuidade dos trabalhos de combate ao incêndio do Corpo de Bombeiros. Diante de uma nova avaliação de risco de desabamento, os agentes militares reduziram as atividades no local.
Até o final da manhã desta terça-feira (12), apenas uma viatura aérea estava em ação para a tentativa de contenção das chamas. O edifício sedia lojas e armazena produtos dos comerciantes da região. De acordo com o capitão André Elias, porta-voz dos bombeiros, a suspensão do combate aconteceu de forma interna.
“As lajes flambaram – apresentaram uma deformação anormal -, e ouvimos muito barulhos, como estalos. Por isso o engenheiro da prefeitura pediu para a gente parar, reavaliar, dar um tempo, ver o comportamento do prédio, da estrutura toda, para depois retomar os trabalhos. Estamos fazendo só combate externo”, afirmou, em entrevista ao site g1.
A região da Rua 25 de Março tiveram vias novamente interditas, após ser liberadas para a retomada do comércio na manhã desta terça. Nesse sentido, os bombeiros ainda não têm ideia da duração do bloqueio das ruas e esperam uma nova avaliação acerca do risco do desabamento para continuar os trabalhos.
De acordo com a Defesa Civil, o quarteirão por completo está em etapa de interdição, para conter os riscos. O Metrô viabilizou o fechamento do acesso pela Ladeira Porto Geral à estação São Bento, da Linha 1 – Azul. Além disso, a CET fechou o entorno do prédio, localizado na Rua Comendador Abdo Schahin.
O incêndio teve início às 21h do último domingo (10) e atingiu outros três estabelecimentos na região. Uma loja de artigos para festas, um prédio de seis andares e a sede da primeira igreja ortodoxa do país. O Corpo de Bombeiros tem atuado no local desde a madrugada desta terça.