Ficção e realidade se misturam na "Maldição da Casa Winchester"
Filmes de terror e suspense tendem a chamar mais a atenção quando possuem algum vínculo com a vida real. Este é o principal atrativo de A Maldição da Casa Winchester, filme que estreia nesta quinta-feira, 1º, nos cinemas e que reúne uma série de clichês de outros filmes de terror.
A casa em questão realmente existiu.Ffica localizada em San José, na Califórnia, e pertenceu à viúva Sarah Winchester, interpretada pela ganhadora do Oscar, Helen Mirren, uma mulher atormentada pela morte do marido e de uma filha e de milhares de almas vítimas de disparos dos rifles produzidos pela fábrica Winchester.
No filme, Helen detém 51% das ações da empresa e se sente culpada pelas vidas perdidas com o mercado de armas. Para tentar aliviar sua dor, Helen começa a construir cômodos em sua mansão para acalmar as almas que morreram violentamente em conflitos com armas de fogo, em construções que se prolongam dia e noite, incessantemente.
Assim, como na vida real, muitos dos cômodos construídos possuem janelas para outros quartos, sem janelas, com portas que levam a lugar nenhum, entre outras bizarrices. Ciente da insatisfação da sócia majoritária com os reflexos do próprio negócio, os demais proprietários da fábrica decidem pedir ao psiquiatra Eric Price (Jason Clarke) elaborar um perfil de sanidade da viúva, com intuito de afastá-la de suas funções.
Com uma história acelerada, resumida em 1h39min, o filme traz clichês como um espírito vingativo, um inocente que sofre com a influência dos demais espíritos e um desconhecido que chega para resolver um problema ao qual tinha alguma ligação. Price tem um vício em uma substância médica, fato utilizado que talvez não fosse necessário, uma vez que não causa impacto na história.
O filme não assusta tanto, mas vale ser visto pelos amantes do gênero e pelos que buscam mais informações sobre a Casa Winchester. A obra é dirigida pelos irmãos Peter e Michael Spierig.
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