Formada nos anos 90, a banda de rock britânica Muse, foi um dos grandes sucessos do fim do século passado e boa parte dos anos 2000. Apesar da vanguarda e de quase 30 anos de história, a banda formada por Matt Bellamy, Chris Wolstenholme e Dominic Howard, segue tendo novas ideias e trazendo inovação para o cenário do rock, como é o caso de seu mais novo disco, que será vendido em NFT.
O nono álbum de estúdio do Muse foi lançado na última semana, com o nome de ‘Will of the People‘. O disco traz singles como “Won’t Stand Down” e “Compliance”, sucesso da banda.
O Will of the People será o primeiro album da história a ser disponibilizado num novo formato chamado de “Digital Pressing”, que consiste em formato do disco como edição limitada digitalizada, criando uma espécie de “música colecionável”.
O lançamento do NFT veio junto da gravadora da banda, a Warner Music UK, que em parceria com a plataforma eco-friendly Serenade, fez do primeiro disco em versão Token Não Fungível (NFT) da história da empresa.
A tiragem de tais ativos serão limitadas, dando ainda mais sentido ao fato do álbum ser um NFT. Serão vendidas ao todo mil unidades em formato de NFT.
Apesar da inovação, foi divulgado pela gravadora e pela banda, que as vendas tradicionais de vinis, CDs e a disponibilização mas mídias e serviços de streaming não serão afetadas, continuando como normalmente já é.
As vantagens do Álbum NFT do Muse
Além de contar com um ativo digital super raro de uma das bandas de rock mais relevante principalmente para o cenário Indie nas últimas duas décadas, o portador do Álbum/NFT do Muse contará com uma série de vantagens exclusivas.
Todos os Tokens serão vendidos acompanhados de um download digital de todas as faixas presentes no disco em alta qualidade.
Além disso, como qualquer outro produto dentro de uma rede Blockchain, os NFTs contam com sua própria propriedade verificável, possibilitando que os detentores possam negociar quando quiser em mercados secundários.
No entanto, o mais interessante fica por parte de um sistema de acúmulo de royalties, ou seja, comprar o mais novo álbum do Muse em versão NFT, faz com que o fã se torne um sócio indireto da banda. Sendo assim, caso o disco lançado suba nas paradas de sucesso, seu NFT aumentará na mesma medida, acompanhando como de fato o investimento que é.
Apesar de ligados diretamente ao possível sucesso do Álbum, em comunicado a banda afirmou que não deve incluir a venda dos NFTs no cálculo das paradas de sucesso, mesmo que os discos em suas versões digitais tenham de ser registrados em estatísticas como a da Billboard por exemplo.
“Não incluímos vendas de NFT no cálculo das paradas. Conforme observamos, com o crescimento e as variações dessa nova plataforma, eventualmente, ela poderá se encaixar nas nossas paradas atuais ou contribuir em novas paradas, onde NFTs fariam mais sentido”, afirmou a banda.
O movimento do Muse apesar de inovador, não é único no mercado musical, principalmente do rock, que já conta produtos do mercado digital envolvendo nomes como Slipknot, Ozzy Osbourne e Megadeth.