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PF faz novas diligências no caso do Petrolão
09/03/2015
10:27 AM
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Da Redação
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Atualizado em 09/03/2015 10:27 am
A Polícia Federal deverá iniciar nesta semana novas diligências da Lava Jato (caso do Petrolão) referentes aos 21 inquéritos autorizados na última sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Também poderá ocorrer nesta semana a entrega de pedidos de investigação de governadores citados na Lava Jato. Os pedidos serão feitos pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Superior Tribunal de Justiça, foro responsável pela investigação de governadores. Ao todo, são 21 inquéritos para investigar indícios do envolvimento de 49 pessoas – das quais 47 políticos – em esquema de corrupção na Petrobrás. O pedido para abrir as investigações foi encaminhado pela PGR ao Supremo na última terça-feira (3).
Entre as atividades que serão realizadas pela PF está a coleta de gravações de entrada e saída de parlamentares da Petrobrás e a oitiva de executivos de empreiteiras. Parte dessas tarefas já vinha sendo cumprida pela Polícia Federal desde 2014 e deverá ser intensificada nos próximos dias.
A PF também passará a ouvir o depoimento dos políticos que estão sendo investigados, assim como daqueles que foram citados pelos delatores como responsáveis, por exemplo, pela entrega de dinheiro às autoridades. Deverá ser feita, ainda, a coleta das agendas públicas de autoridades citadas na Lava Jato. Gravações feitas por circuito interno de televisão de hotéis onde ocorreram encontros de membros do esquema também deverão ser solicitados.
Entre os que serão investigados, há 22 deputados federais, 12 senadores, 12 ex-deputados e uma ex-governadora, pertencentes a cinco partidos, além de dois dos chamados “operadores” do esquema – o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e lobista Fernando Soares, o “Fernando Baiano”.
Além dos pedidos de abertura de inquérito, o Ministério Público Federal pediu o arquivamento em outros sete casos, entre os quais os dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado à Presidência da República, e Delcídio Amaral (PT-MS); e dos ex-deputados Alexandre Santos (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). e