A retirada dos outdoors, que teve início no ano passado, e a troca das fachadas de lojas e pontos comerciais desde o dia 1
o deste mês, têm chamado a atenção dos moradores. “A limpeza do visual até que foi boa, mas tinham outdoors que ajudavam muito a gente. Hoje, se a pessoa não sabe a numeração certa de uma rua, não consegue ir onde pretende. As referências sumiram”, disse Márcio Ramos Souza, taxista que trabalha em um ponto da avenida Xavier de Toledo, no Centro.
O jornaleiro Ronaldo Aparecido da Silva vê aspectos positivos e negativos na lei criada pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM). “Por um lado foi bom porque limpa a cidade. Mas muitas pessoas serão prejudicadas porque perderão o emprego.”
A vendedora Arminda Ferreira, que trabalha numa lanchonete na rua 7 de Abril, não aprova a Cidade Limpa. “Particularmente, não acho bom, porque existem mais coisas para o prefeito se preocupar. Muitas pessoas se orientavam pelas placas. A gente tenta ajudar na medida do possível”, destaca.
Israel Soares Alencar, vendedor de frutas, que trabalha há seis anos na região, lembrou que em outros países, como na França, as ruas são iluminadas por outdoors e luminosos. “As grandes cidades, como Paris (França) e Tóquio (Japão) têm esses painéis e luminosos. Eles anunciam os endereços e as lojas de longe”, ressalta.
“A idéia é boa desde que valha para todos. Normalmente, só os pequenos que respeitam esse tipo de lei. Comércio grande a gente não vê obedecendo”, reforça Dilma Marques Duarte, vendedora de marmitex.