O tráfico de cocaína para a Europa, por meio do Porto de Santos, é um dos negócios mais lucrativos por parte do Primeiro Comando da Capital (PCC). Considerado o maior do país, o local rende um faturamento anual acima de R$ 10 bilhões para a facção criminosa paulista. A estimativa é do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Somente neste ano, cerca de seis toneladas da droga foram apreendidas pela Polícia Federal (PF), o que representa 10% do que os criminosos despacham em navios para o continente europeu, segundo o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga o PCC há cerca de 20 anos.
O quilo da cocaína é comprado na Bolívia por no mínimo 1.200 dólares (cerca de R$ 5.940) e vendido do outro lado do Oceano Atlântico por 35 mil euros (aproximadamente R$ 186 mil), em média. As informações foram publicadas pelo portal Metrópoles.
Por essa razão, as 60 toneladas estimadas pelo MPSP que chegam na Europa oferecem a facção, seus líderes e parceiros, cerca de R$ 11 bilhões pela cotação atual. Vale lembrar que o valor do quilo da cocaína pode variar de acordo com o país destinatário da droga. A exemplo da França, por exemplo, onde o tráfico pela facção paulista pode render até 80 mil euros (R$ 425 mil).
Além disso, o Porto de Santos é o principal ponto de envio de cocaína para a Europa. Da cidade do litoral paulista saem aproximadamente 60% de toda a cocaína enviada do Brasil para o lado contrário do Atlântico, segundo estimativas do Gaeco.