Nesta quarta-feira (23), a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) deflagrou a Operação Gaslighting. Durante o cumprimento da diligência, um jovem foi preso, após conseguir que meninas adolescentes encaminhassem material pornográfico para ele nas redes sociais. Por consequência, ele promovia um trabalho de escravidão virtual.
Aos 18 anos de idade, o homem estuda áudio e vídeo. Conforme a investigação, o jovem dava ordem para que as vítimas o chamassem de “mestre” e gravassem vídeos de conteúdo sexual (estupro virtual) e de automutilação (escrevessem palavras com navalha em seus corpos), de modo a induzí-las ao suicídio.
A equipe da DRCC compreendeu que o investigado usava a rede de computadores de uma universidade federal, ligada ao Ministério da Educação, com sede no Distrito Federal, para divulgar o material relacionado ao abuso sexual infantil. Dessa forma, o autor foi preso em flagrante no Recanto das Emas.
Dentro da casa do indivíduo, foi encontrado material de pornografia infanto-juvenil produzida nos equipamentos informáticos de sua residência e no computador da universidade. Devido aos crimes de registro não autorizado da intimidade sexual, armazenamento de pedopornografia, induzimento à prática de automutilação e suicídio e estupro na modalidade virtual, o jovem poderá receber pena de até 17 anos de prisão.
Acima de tudo, o termo “Gaslighting” é usado para citar uma forma de abuso psicológico em que informações são manipuladas até que a vítima não consiga mais acreditar na própria percepção da realidade.
