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Mesmo com Dilma fora, País deve sofrer muito até o final de 2018



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Mesmo com Dilma fora, País deve sofrer muito até o final de 2018


26/04/2016
9:35 AM
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Editorial
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Atualizado em 26/04/2016 9:35 am

Por mais otimista que se pretenda ser em relação ao futuro do Brasil, os próximos dois anos devem ser muito duros. Aliás, essa projeção já era feita pelos economistas desde o final de 2014, em que pesem os desinformados da época aparecerem com aquelas teorias idiotas e típicas de boteco: crise? Que crise se as lojas andam cheias? Nada mais imbecil do que essas afirmações desinformadas. Mas elas são mais comuns do que se imagina.

Mas vamos aos fatos. Mesmo que aconteça o impeachment (e tudo levar a crer que ele virá mesmo), o futuro presidente da República, Michel Temer, não terá dias fáceis pela frente e, por consequência, o País como um todo. E por quê?

É fácil responder essa pergunta: sustentação governamental dentro do Congresso. A articulação orquestrada pelo vice-presidente, em eventual governo,  vem encontrando muitas dificultades. Isso porque o peemedebista tem recebido diversos “nãos” a seus convites para composição ministerial do novo governo.

Explica-se: o que ganhariam, por exemplo, PSDB (em maior escala) e PSB (em menor) com a adesão total ao provável governo de Michel Temer. Em termos futuros, nada. Caso o governo consiga estabilizar a economia, recolocar o País nos trilhos e dar uma sustentabilidade política para a nação, passa a ser forte candidato à reeleição em 2018.

Como no Brasil os políticos não pensam como estadistas, é muito óbvio que tal situação não interessa principalmente aos tucanos, que sonham com o Palácio do Planalto desde a saída de Fernando Henrique Cardoso. A situação, como se pode ver, é emblemática, inusitada e complicada. Os tucanos desejam ver Dilma Rousseff pelas costas, mas não querem (apesar de não confessarem) ver o governo peemedebista dar completamente certo. Então o brasileiro pode acreditar: muitas dificuldades vão rolar até 2018.


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