notíciasDestaque Opinião
China é 3ª na venda de armas e preocupa EUA e Rússia
18/03/2015
9:28 AM
/
Editorial
/
Atualizado em 18/03/2015 9:28 am
Superando de uma só vez a Alemanha e a França, a China passou de quinta para a terceira posição no ranking de maiores exportadores de armas no mundo, de acordo com os números publicados pelo International Peace Research Institute (Sipri, na sigla em inglês). Com base no período 2010-2014, os números apontam que, no mercado de armas, “os Estados Unidos estão claramente na liderança” (31% das exportações), à frente da Rússia (27%). Os três países seguintes aparecem bem atrás, com cerca de 5% das exportações cada um.
Os números ainda não são dos mais significativos, mas indicam preocupação no mercado bélico mundial, pois não se sabe, claramente, para onde está indo o material vendido pelos chineses. Os norte-americanos e russos, mesmo que parcialmente, são bem mais claros em suas negociações. O mesmo não acontece com a terceira potência mundial. Por mais que a ONU (Organização das Nações Unidas) peça maior transparência para o governo da China.
De acordo com o Sipri, “a França poderia ter ficado em terceiro no ranking mundial”, se tivesse entregue, no final de 2014, um navio do tipo Mistral à Rússia. A entrega foi cancelada, devido ao conflito no Leste da Ucrânia. Três países asiáticos recebem mais de dois terços das exportações de armamento chinês: Paquistão (41% do total), Bangladesh e Mianmar. No intervalo descrito no relatório do Sipri, Pequim também negociou com dezoito países africanos.
O maior problema é esse: a China quer vender e arrecadar e não importa quem seja o comprador. Ter clientes como o Paquistão, Bangladesh, Mianmar e países africanos não é alentador, em um mundo movido pelos interesses bélicos.
Os mais preocupados com esse crescimento são norte-americanos e russos. Mas os chineses parecem não estar nem um pouco preocupados com isso. E prometem continuar aumentando suas vendas. Para desespero da concorrência.