A prefeitura de São Paulo oficializou, na última quinta-feira (7), a suspensão do “Esquenta Carnaval 2022”, em função da ausência de patrocínio. De acordo com informação da administração municipal, apesar da realização de dois pregões, não houve interesse de empresas privadas. A previsão do órgão municipal era de obter financiamento para o evento, que estava previsto para ocorrer nos dias 16 e 17 de julho.
Por causa da pandemia, o Carnaval de Rua organizado na capital paulista precisou ser rompido. Do mesmo modo, o desfile das escolas de samba também passou por interrupção, mas voltou a acontecer em abril deste ano. Em decorrência dessas ações, a prefeitura de SP elaborou, com o apoio dos blocos de rua, uma festa popular fora de época.
O pregão inicial aconteceu no último dia 17 de junho, o qual possuía um lance mínimo de R$ 10 milhões, para compreender mais de 300 blocos interessados em participar. Em seguida, o segundo, realizado na última quinta-feira (7), reduziu o lance primário para 6 mi de reais, visto que tinham 216 blocos habilitados. Todavia, nenhum acordo foi selado.
Por fim, a Secretaria Municipal de Cultura comunicou ainda que vai organizar o Carnaval de 2023. Dessa maneira, o órgão prevê a formação de uma “comissão representativa com os blocos de rua para que, no próximo ano, o evento seja o maior e melhor Carnaval de Rua da história”.
Vale destacar que, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) informou, anteriormente, que o carnaval em época distinta à tradicional, não teria apoio da prefeitura.
Leia a nota na íntegra da Prefeitura de São Paulo:
A Prefeitura de São Paulo informa o cancelamento do Esquenta Carnaval 2022, por falta de patrocínio. A iniciativa veio para atender a um pedido da sociedade para a realização de um carnaval fora de época, após o cancelamento do Carnaval de Rua devido à pandemia. O planejamento contou com diversas reuniões com representantes de blocos carnavalescos, com o intuito de chegar a um modelo viável, em curto espaço de tempo, para atender ao desejo da população de celebrar uma das mais importantes festas populares da cultura brasileira neste momento de retomada de grandes eventos.
Para que tal iniciativa, inédita na história do Carnaval de São Paulo, se concretizasse, era necessário patrocínio. Por isso, a Prefeitura lançou um edital, com pregão realizado em 17 de junho e lance mínimo de R$ 10 milhões, para atender aos mais de 300 blocos que manifestaram interesse. Depois, a Prefeitura realizou um novo pregão nesta quinta-feira, 7 de julho, com edital no valor de R$ 6 milhões, readequando a proposta ao novo número de 216 blocos habilitados.
Entretanto, em nenhuma das ocasiões houve interesse de empresas privadas no financiamento do evento.
A Secretaria Municipal de Cultura será a organizadora do Carnaval 2023 e irá formar uma comissão representativa com os blocos de rua para que, no próximo ano, o evento seja o maior e melhor Carnaval de Rua da história.
