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Governo Temer patina com erros seguidos
17/05/2016
10:13 AM
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Wellington Alves
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Atualizado em 17/05/2016 10:13 am
A gestão do presidente interino da República, Michel Temer, que não completou ainda nem uma semana, mostra um conjunto de falhas, contratempos e bate-cabeça sem fim.
Acusado por petistas de ser um golpista, ele foi muito criticado por ser o primeiro presidente desde a ditadura militar a não nomear uma mulher no primeiro escalão do governo federal. Temer anunciou ontem a executiva Maria Sílvia Bastos como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Outra polêmica é sobre a recriação da CPMF, chamado de imposto de cheque, ou de outro tributo. A medida é defendida pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Contudo, ontem, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, já disse ser contrário ao imposto. “Não é o momento”, disse ele à Rádio Metrópole.
A entrevista do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, à Folha de S. Paulo também foi motivo de constrangimento. Moraes discordou da lista tríplice para nomeação do procurador-geral da República. Temer, depois de ser informado da opinão do ministro, desautorizou a proposta feita por ele. A agência de risco Moody’s disse ontem que a habilidade de Temer para aprovar reformas não é clara.
Centrais baixam o tom sobre reforma
Acuado por críticas pela proposta de reforma da Previdência Social, com o aumento do tempo de contribuição ou a definição de uma idade mínima para se aposentar, Temer criou um grupo de trabalho para discutir o tema com as centrais sindicais. O presidente da Força Sindical, Paulinho da Força, que é deputado federal, afirmou que o governo tem pressa, mas não deve retirar direitos daqueles que já estão no mercado de trabalho. Em entrevista à Rede Globo, no domingo, o presidente disse que a regra pode mudar para quem não se aposentou.