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Corpo de comissária é achado em mala



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Corpo de comissária é achado em mala


11/03/2015
11:31 AM
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Estadão Conteúdo
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Atualizado em 11/03/2015 11:31 am

A comissária de bordo Michelli Martins Nogueira, de 31 anos, foi encontrada morta dentro de uma mala deixada às margens da Represa Atibainha, em Nazaré Paulista, no interior paulista, na noite de anteontem. Horas depois, seu marido, Julio César Arrabal, de 40 anos, foi encontrado enforcado na casa deles, em Sumaré, também no interior. Para a Polícia Civil, ele é o principal suspeito de ter cometido o assassinato. Em seguida, teria se matado.

Por volta das 19h, um casal que havia ido pescar durante o fim de semana voltou à represa para procurar um celular. Perto de um bambuzal, eles avistaram uma mala, de onde pendiam duas pernas humanas. Os dois chamaram a PM sem ter a certeza de que se tratava de um cadáver. Quando os policiais chegaram ao local, Michelli já estava morta, mas o corpo não apresentava rigidez cadavérica nem sinais de agressão sexual. A comissária tinha, porém, ferimentos na boca e na cabeça. Segundo a Polícia Civil, a mala foi arremessada de uma ribanceira, ao lado da Rodovia Dom Pedro I, na altura do km 50. Perto do corpo, havia outra mala com roupas femininas e documentos da vítima, incluindo um crachá da Azul, empresa aérea em que Michelli era funcionária.

Avisado por telefone pela polícia, um irmão de Michelli foi até a residência do casal, em Sumaré, e estranhou que o carro do cunhado, um Chevrolet Classic, de cor preta, estava estacionado na rua – e não na garagem, como era de costume. Acionados, os guardas-civis entraram na casa por volta das 2h30 de ontem. Eles encontraram o corpo de Arrabal enforcado por um cinto, que estava preso na grade da escada da sala.

Na casa também foram encontradas marcas de sangue, além de uma garrafa de vodca praticamente vazia, saquinhos plásticos e uma nota de R$ 2 enrolada, o que, para a polícia, seria um indício de que Arrabal pode ter consumido droga antes do crime.

Marido é o principal suspeito do crime

A principal suspeita é de que a comissária tenha sido vítima de crime passional e morta por “objeto contundente”. Segundo investigadores, o carro de Arrabal foi flagrado por radar da Polícia Rodoviária em trecho próximo do local do crime, na manhã de anteontem, mais um indício que aponta o marido como autor.

Na residência do casal foi pego o notebook do marido. Os policiais apreenderam dois celulares e vão analisar as mensagens. A hipótese de o crime ter sido motivado por possível traição não foi descartada. Até ontem, no entanto, o delegado afirmou não haver nenhuma informação sobre conflitos recentes do casal.

Azul lamenta o crime

Em nota, a Azul lamentou a morte da funcionária. “A companhia está prestando toda assistência necessária à família e colaborando com a Polícia Civil, razão pela qual a Azul não vai comentar o assunto.”



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