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BC vê meta da inflação sob controle em 2016
13/03/2015
10:26 AM
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Estadão Conteúdo
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Atualizado em 13/03/2015 10:26 am
A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada ontem mostra que o Banco Central não tem mais a percepção de que a inflação entre em 2015 em um longo período de declínio, ao contrário do que constava na ata de janeiro. No relatório divulgado hoje o BC observa que o fato de a inflação atualmente se encontrar em patamares elevados reflete, em grande parte, a ocorrência de dois importantes processos de ajustes de preços relativos na economia. Esses processos de ajustes são realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais e o realinhamento dos preços administrados em relação aos livres.
O comitê considerou ainda que, desde sua última reunião, entre outros fatores, a intensificação desses ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável para este ano. “Nesse contexto, e conforme antecipado em notas anteriores, esses ajustes de preço fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015”, admitiu. Ao mesmo tempo em que reconhece que esses ajustes de preços relativos têm impactos diretos sobre a inflação, o comitê reafirmou agora sua visão de que a política monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem. Meta da inflação só vai acontecer no final de 2016.
Jogo de palavras
O BC passou a utilizar a palavra “ao longo” do próximo ano ao falar da convergência da inflação para a meta de 4,5%. Substitituia avaliação “no próximo ano” para “ao longo” de 2016. Segundo o BC, os efeitos conjugados de demanda, consumo das famílias, crédito, investimentos, exportações, política fiscal e condições financeiras favoráveis são fatores importantes no qual decisões futuras sobre a taxa Selic serão tomadas para assegurar a convergência ao longo de 2016.