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sexta-feira, novembro 22, 2024

Prédios antigos exigem mais cuidados com elevadores










Laudos e vistorias devem ser feitos por empresas regulamentadas (Foto: Reprodução/PX Here)


Imóveis

Uma das principais preocupações dentro de um condomínio deve ser a gestão dos elevadores. Em cidades que contam com prédios antigos, como é o caso de Santos, a atenção precisa ser redobrada. Mais que isso: é preciso seguir a legislação municipal vigente que estabelece uma série de providências em relação à segurança, instalação e manutenção.

Para o diretor da 3A Consultoria Predial, Alexandre Isaías, há muito desconhecimento da lei e os síndicos não devem negligenciar a gestão dos elevadores. “O trabalho precisa ser contínuo com análise de todos os contratos, além de fazer laudos periódicos para manter atualizada a condição de manutenção dos elevadores”, explica Alexandre.

Os laudos, manutenções e instalações dos elevadores, segundo a Lei Municipal 333/99, devem ser feitas por empresas cadastradas na Coordenadoria de Inspeção de Instalações e Locais de Eventos, Desenvolvimento Tecnológico e de Segurança (Coinst), órgão do Departamento de Obras Particulares. “Não adianta fazer laudos ou trabalhar com empresa não cadastrada, pois não valerá judicialmente caso aconteça algum problema. E é importante ressaltar que em caso de acidentes, o síndico poderá responder criminalmente, pois é dele a responsabilidade de seguir as normas, documentações e outros detalhes. Ele é o responsável solidário e precisa fazer todos os procedimentos dentro da legislação vigente”, acentua Alexandre.

Os moradores também têm papel importante e devem fiscalizar os procedimentos. “Uma das formas é solicitar com frequência anual os documentos e contratos. Isso fará com que o síndico também se mantenha alerta e se lembre das obrigações”, conclui Alexandre.




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Situação não recebe a devida atenção dos paulistanos (Foto: Reprodução/Facebook)


Opinião


Ainda restam duas audiências públicas voltadas à discussão sobre as mudanças na Lei de Zoneamento. Ambas estão programadas para acontecer hoje (na Rua Oscar Freire, 2.500, às 18h30) e na quarta, 28 (Sesc Consolação, às 18h30). Outras três já foram realizadas na semana passada. O assunto, infelizmente, não tem ganhado o devido destaque, mas é dos mais importantes para a cidade e seus cidadãos, uma vez que está relacionado a um conjunto de regras que estipula o que pode ser construído e funcionar em cada bairro. Portanto, tem a ver com a realidade e rotina de mais de 12 milhões de paulistanos.


Essa questão volta à tona menos de dois anos depois de ser debatida, definida e sancionada na gestão Fernando Haddad. No entanto, o atual chefe do Executivo, João Doria, resolveu retomar o assunto, com vistas a aprovar alterações até a metade deste ano. Não são poucas as entidades que criticam a atitude da atual administração, tendo inclusive um grupo de 156 delas assinado uma carta aberta ao prefeito repudiando a urgência em mudar algo que, de tão recente, ainda não foi nem implementado. Diante disso, elas cobram a apresentação dos estudos técnicos que motivaram a revisão.


E entre os pontos que causam tanta celeuma estão a permissão para se construir prédios em maior número e mais altos no miolo de bairros “já saturados”; ampliação da área para o estabelecimento de shoppings, universidade e hospitais; e a concessão de um desconto de 30% no valor que as construtoras pagam para poder erguer edifícios maiores (chamada de outorga onerosa). Na prática, a Prefeitura abre mão de aproximadamente R$ 150 milhões por ano, ou R$ 2 bilhões em 15 anos, conforme o colunista Américo Sampaio, da rádio CBN. Se esse valor é muito ou se é muita generosidade para quem não precisa; se as mudanças favorecem à cidade ou apenas ao setor imobiliário, é isso que a população é convidada a debater e se posicionar nestas audiências públicas. Trata-se de uma oportunidade rara de se ouvir a voz do cidadão, que terá a chance real de contribuir para a construção de uma cidade que acolhe a todos e que não pode ser ignorada por ninguém.

 




Incêndio começou na madrugada desta terça-feira (Foto: Divulgação/Twitter Bombeiros)


Cidade

Homem que caiu do prédio em chamas durante desabamento é tido como desaparecido

Segundo o Corpo de Bombeiros, o homem que caiu do prédio em chamas durante o desabamento ainda é considerado desaparecido. A corporação ainda busca por outras vítimas. 31 viaturas e 96 homens trabalham no local. O edifício de 24 andares localizado no Largo do Paissandu, no centro de SP, desabou durante um incêndio de grandes proporções na madrugada desta terça-feira, 1º. Outro imóvel e uma igreja também foram afetados. Inicialmente, autoridades chegaram a dizer que uma pessoa havia morrido, mas recuaram. 

Segundo o secretário estadual da Segurança Pública, Mágino Alves, ao todo 270 bombeiros, policiais e agentes da Defesa Civil estão no local. Bombeiros fazem trabalho de rescaldo e remoção dos escombros. “Tudo isso precisa ser feito com muito cuidado porque há a possibilidade de pessoas estarem aí, sob os escombros”, diz Mágino Alves.

O prédio em frente ao que desabou voltou a pegar fogo. Bombeiros entraram no prédio para apagar o novo foco, que já foi controlado. Vidros foram quebrados para o vento circular dentro da edificação.

Segundo o secretário municipal de Assistência Social, Filipi Sabará, 90 famílias já foram atendidas, no total de 248 pessoas. Elas serão encaminhadas para abrigos.

Segundo o secretário municipal de Segurança Urbana, coronel José Roberto Rodrigues, de quatro a cinco prédios foram interditados no entorno do edifício que desabou.

 







Homem caiu bem na hora em que estava sendo resgatado (Foto: Reprodução/Twitter Bombeiros)


Cidade


Sobre o homem que estava sendo resgatado por um bombeiro e caiu no momento em que o prédio desabou, o capitão do Corpo de Bombeiros, Marcos Palumbo, disse que “só um milagre” para que ele esteja vivo. Ele estava com um cinto de resgate e uma corda e ainda não foi localizado. O edifício desabou durante um incêndio de grandes proporções no Largo do Paissandu, no centro da cidade, na madrugada desta terça-feira, 1º.

“Mantemos um fio de esperança, mas ele caiu do nono andar e todo o prédio de 22 andares desabou. Precisaria de um milagre. Mas trabalhamos incessantemente apesar disso. Nosso trabalho é garantir a segurança e continuar no objetivo de encontrá-lo.”

Sobre as causas do incêndio e desabamento do prédio o capitão do Corpo de Bombeiros disse que ainda não há uma hipótese. Segundo ele, a polícia levantará as informações necessárias e a causa será apontada no inquérito.

O porta-voz da corporação reforçou o fato de que o prédio passou por vistoria e que o relatório foi encaminhado ao Ministério Público para que as ações fossem tomadas. “Todos os órgãos não vão sozinhos resolver o problema. A gente espera que esses relatórios possam ser empregados para tirar as pessoas da situação de risco”, disse.

Segundo o tenente Guilherme Derrite, não há risco de desabamento em nenhuma das outras três edificações atingidas pelo desabamento, que seriam a igreja, o prédio ao lado e o da frente.

O Corpo de Bombeiros disse que a assistência social da Prefeitura informou que no prédio moravam 317 pessoas de 118 famílias. Dessas, 45 pessoas não foram localizadas após o desabamento, mas não são consideradas oficialmente desaparecidas porque não há confirmação de que no momento da queda elas estavam no local. O prédio tinha dois andares de subsolo que também era ocupado por moradores

O Corpo de Bombeiros informou que os trabalhos devem continuar durante a noite desta terça-feira e já foi providenciada iluminação artificial para a área. Sobre o prazo de 48 horas para uso de maquinário pesado o capitão Palumpo explicou que, nesse período, os bombeiros vão trabalhar para remover entulhos do entorno da área do desabamento.

“Depois desse prazo é que começaremos a remover lajes com ajuda de maquinário e dar continuidade às buscas. Agora, isso não pode ser feito por questões de segurança”, disse. Os trabalhos na área podem se estender por mais de uma semana, disse o oficial.

 







Por questões de segurança, imóveis na região central de São Paulo são interditados pelo poder público (Foto: Reprodução/ Google Street View)


Cidade


O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmou nesta terça-feira, 1º, que tomou providências de segurança no entorno do prédio que desabou hoje no Largo do Paissandu, em São Paulo, após um incêndio. Pelo risco de novos acidentes, cinco edificações próximas estão interditadas, assim como algumas ruas ao redor vão permanecer bloqueadas pelos próximos dias para ajudar na remoção dos escombros.

“Foram feitas cinco interdições de prédios ali do entorno, próximo ao prédio que caiu”, disse Covas durante entrevista coletiva. “As ruas do entorno estão sendo combinadas com o Corpo de Bombeiros sobre quais delas devem ser isoladas e interditadas”, completou. As vias devem ficar fechadas para a circulação de pessoas pelos próximos 15 dias. A prefeitura pretende comunicar em breve quais são os bloqueios.

Covas afirmou na entrevista que lamenta o grave incidente no centro de São Paulo principalmente pela Prefeitura ter tentado meses atrás pedir para os moradores deixarem o local. “Só neste ano foram seis reuniões feitas entre a Secretaria de Habitação e as pessoas que lá moravam. Fizemos cadastro, tentamos convencê-los a sair. Tinha um processo conjunto para que as famílias desocupassem aquele espaço. Sabíamos que não era o local adequado para receber aquelas famílias”, comentou.

Incêndio

O incêndio que atingiu o prédio de 24 andares no Largo do Paissandu começou à 1h30 e logo tomou conta do edifício. Os bombeiros foram chamados e trabalhavam para apagar o fogo e resgatar as vítimas quando ocorreu o desabamento. Oficialmente há uma pessoa desaparecida. As famílias que moravam no local foram enviadas para abrigos.

 







Sargento Diego quase tirou Ricardo do prédio (Foto: Reprodução/Twitter Bombeiros)


Cidade


O sargento Diego, do Corpo de Bombeiros, trabalhou no resgate do homem que caiu no momento em que o prédio desabou no centro de São Paulo, na madrugada desta terça-feira, 1. O oficial disse que em mais 30 ou 40 segundos seria possível tirá-lo dali. Porém, antes que o trabalho pudesse ser completado, o edifício desmoronou.

Ele relatou que o homem, identificado como Ricardo, estava se segurando em um cabo de aço do para-raio do prédio e gritava por socorro. “No 15º andar, da janela da cozinha do prédio vizinho, vi onde ele estava, pedi para ele ter calma”, disse. Ele conta que, de onde estava, não tinha como tirar o homem de lá, então teve de buscar uma parte mais alta no edifício. “Entramos na parte superior e, com um machado, abrimos um buraco na parede”, contou.

O sargento relata que lançou um cinto de resgate para o homem, que ele só conseguiu pegar na terceira tentativa. “Ele ficou tranquilo”, disse o bombeiro. Ricardo foi orientado para amarrar o equipamento em si, passando pelos braços e pernas. “Na hora que a gente estava terminando essa fase, o prédio acabou vindo abaixo, caíram seis ou sete andares sobre ele. Tensionou a corda e estourou. Não daria 30, 40 segundos para finalizar o processo”, disse Diego.

“A todo momento, tinha que falar alto, verbalizava e sinalizava com a lanterna. Ele estava bem calmo”, contou Diego. “Ele estava bem calmo. Falava para ele confiar em mim, que a gente ia tirar ele de lá”, completou o bombeiro que trabalhou no resgate do homem que caiu no momento em que o prédio desabou. Segundo o sargento Diego, a temperatura no local estava bem alta. “Dá para estimar uma temperatura acima de 400ºC”, disse o oficial.

“Apesar da formação militar que temos, a gente fica chateado. A gente queria ter tirado aquela pessoa de lá”, disse Diego, afirmando que “a equipe deu o melhor”.


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