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Graça Foster pede demissão da Petrobrás



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Graça Foster pede demissão da Petrobrás


05/02/2015
12:16 PM
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Estadão Conteúdo/ Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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Atualizado em 05/02/2015 7:28 pm

A Petrobrás informou, em ofício encaminhado à BM&FBovespa, que a presidente da estatal, Graça Foster, e outros cinco diretores apresentaram pedidos de renúncia aos cargos. O documento foi elaborado em resposta a pedidos de esclarecimentos sobre as notícias em relação à substituição na presidência, da estatal, que, no pregão desta quarta-feira, 4, geraram forte alta das ações. Ainda segundo o ofício, a nova diretoria será eleita em reunião do Conselho de Administração a ser realizado sexta-feira, 6.

A expectativa de mudanças na troca do comando fez com que as ações preferenciais da Petrobrás subissem 15,74%, a R$ 10, atingindo a maior alta desde 15 de janeiro de 1999. As ações ordinárias tiveram alta de 14,23%, a R$ 9,79. A reação motivou o pedido de esclarecimentos da BM&FBovespa e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A nota enviada pela petrolífera não menciona o nome dos demais diretores.

“Em resposta a esta solicitação, a Petrobrás informa que seu Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06/02/2015, para eleger nova diretoria face à renúncia da presidente e de cinco diretores”, diz o texto. Além de Graça, outros seis diretores respondem pelo comando da estatal. São eles: Almir Guilherme Barbassa (área Financeira), José Alcides Santoro Martins (Gás e Energia), José Miranda Formigli Filho (Exploração e Produção), José Carlos Cosenza (Abastecimento), José Antônio de Figueiredo (Engenharia) e José Eduardo de Barros Dutra (Serviços).

A mudança do comando foi acertada com a presidente Dilma Rousseff, que comunicou a decisão a Graça em reunião realizada na terça-feira. A saída estava atrelada apenas à aprovação do balanço do terceiro trimestre de 2014 da estatal, divulgado sem contabilizar as perdas provocadas pelo esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

Esgotamento ajudou na saída

No encontro que teve com a presidente Dilma Rousseff, Graça Foster deu demonstrações claras de que está completamente esgotada. O fogo amigo contra ela foi desencadeado com a decisão de não poupar mais o ex­presidente da estatal José Sergio Gabrielli, amigo de Lula, dos problemas da administração anterior. Isso provocou um desgaste ainda maior em Graça que, no círculo de amigos, dizia abertamente que não via a hora de deixar a presidência da Petrobrás para voltar a sua rotina de vida.

Nomes cotados para assumir a presidência

Na lista dos cotados para substituir a presidente da Petrobrás, Graça Foster, que renunciou ao cargo, estão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim, que trabalhou com Eike Batista na OGX, e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli.

Já o primeiro delator da Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, pediu perdão judicial. Em petição entregue ontem à Justiça Federal, os advogados de Costa argumentaram que a colaboração por ele prestada “foi a mais completa, fidedigna e eficaz que se possa imaginar”.

Costa fez delação entre agosto e setembro, apontando o esquema de corrupção e propinas na estatal petrolífera. Ele citou os nomes de 28 políticos, entre deputados, senadores, ex- governadores e governador. Indicado pelo PP´ em 2004 para a Diretoria da Petrobrás, Costa acabou saindo em 2012.

Em março de 2014 foi preso pela Operação Lava Jato. Ao fazer delação ganhou da Justiça o benefício de prisão domiciliar.

 

 



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