lugar no ranking do Brasil, tem 210 mil crianças trabalhando. “Existe o trabalho nas ruas e aquele silencioso de crianças no trabalho doméstico, no comércio e na reciclagem”, comenta o secretário de Desenvolvimento e Assistência Social da Capital, Floriano Pesaro.
Alguns progressos, no entanto, foram conquistados. Dados da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social apontam que, nos últimos dois anos e quatro meses, 1.453 crianças deixaram de trabalhar. Esse foi o número de crianças que passaram a receber benefício do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) entre dezembro de 2004 e abril deste ano.
Agora, 4.338 são atendidas, um aumento de 49%. O valor do benefício do Peti é de R$ 40,00 por mês. Pouco competitivo diante dos cerca de R$ 30,00 por dia que crianças conseguem vendendo produtos nos faróis de São Paulo. Mas, de acordo com especialistas, ele não deve ser visto mesmo como um concorrente do trabalho nas ruas. “É a porta de entrada para que as famílias sejam inseridas em outros programas sociais”, afirma Isa Maria de Oliveira, secretária-executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho.
Em São Paulo, uma das bases de apoio do combate ao trabalho infantil são os 401 núcleos socioeducativos onde as crianças beneficiadas pelo programa ficam após o horário de aula participando de atividades pedagógicas e culturais.
“Os números mostram um progresso, mas a situação é gravíssima”, admite Pesaro. Hoje à tarde, ele assinará convênio com cinco parques, entre eles o Playcenter, que irão ceder 500 ingressos por mês para a secretaria.
