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Falar bem pode ser o diferencial na busca por trabalho
29/02/2016
12:34 PM
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Raphael Pozzi
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Atualizado em 22/03/2016 1:31 pm
Os vícios de linguagem e problemas de comunicação podem atrapalhar muito um candidato na disputa por vaga numa entrevista de emprego. É o que diz o diretor superintendente da Fisk, Elvio Peralta. A instituição oferece um curso chamado ‘Português sem Tropeços’ para que esse tipo de obstáculo seja vencido. Segundo o professor, falta concordância verbal e nominal ao discurso adolescente.
A gerente de divisão Isis Borge, da Robert Half, empresa de recrutamento especializado, disse que é essencial ter em mente um aspecto geral da área em que a empresa atua. “Por exemplo, os bancos exigem mais formalidade, as empresas de marketing, menos”, disse. Ela afirma que um dos requisitos que pontuam a favor do candidato é a pesquisa prévia. “Você tem que saber, pelo menos, o básico sobre a empresa”, disse.
Borge também constatou que o excesso de erros na comunicação atrapalha os jovens. “Alguns entrevistadores podem até relevar, mas você acaba perdendo pontos com isso”, disse. A professora Cristina de Oliveira Silva, que atua na área de gestão e negócios do Senac, ressaltou que a educação e atenção do candidato contam pontos a favor. “Ter bom vocabulário e estar atualizado com informações do cotidiano pode ajudar”, disse.
O estudante Antônio Henrique diz que já passou por três entrevistas de emprego. “Sempre tenho a sensação de nervosismo”, afirma. Para ele, isso fez com que houvesse maior atenção em seu discurso. “Foi positivo para mim”, disse.
Comunicação corporal é importante
Joyce Baena, sóciafundadora da La Gracia, consultoria especializada em comunicação corporativa, já fez diversas entrevistas para contratar jovens e disse que o maior erro deles é não se preparar para a conversa. “Você tem que se conhecer. Sua comunicação corporal fala mais do que suas palavras”, afirmou. Segundo ela, por não estarem preparados, os candidatos podem fazer até caretas durante a entrevista. “O ideal é relaxar e conversar bem tranquilamente”, disse. “Parecer ranzinza ou arrogante não ajuda em nada.”