Estações de metrô elevam valor de imóveis, segundo pesquisa
A chegada de estações do metrô a um bairro pode causar uma valorização de até 32% do imóvel, segundo estudo da Geoimovel-VivaReal, de 2017. De acordo com a pesquisa, os apartamentos localizados até um quilômetro de distância de estações metroviárias são, em média, 16% mais caros em relação aos bairros adjacentes na cidade de São Paulo.
O valor médio do metro quadrado de imóveis próximos desse modal de transporte coletivo é de R$ 10.130. Fora deste raio, o valor cai para R$ 8.557. “Os dados permitem que proprietários, incorporadoras e investidores entendam que essas regiões são mais caras e oferecem maior tendência de valorização, diante do fato da proximidade com as estações. Afinal, elas propiciam maior mobilidade urbana aos moradores, dentre outros importantes fatores que impulsionam os futuros lançamentos no entorno”, explicou Aline Borbalan, head de Inteligência de Mercado do VivaReal.
Não é à toa que muitos incorporadores e construtoras têm aproveitado para lançar seus empreendimentos próximos às estações. Um exemplo é o Click Morumbi, empreendimento que fica próximo da estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda da CPTM e da estação Giovanni Gronchi da Linha 5-Lilás do Metrô. O empreendimento ainda ficará próximo da estação Morumbi da Linha 17-ouro do Metrô, que tem previsão de entrega para o segundo semestre do próximo ano.
Governo poderia aproveitar esta valorização
Segundo o professor do curso de Urbanismo e Arquitetura da Universidade Mackenzie, Carlos Leite de Souza, o Governo deveria criar um planejamento para conseguir ter retorno de parte da valorização de grandes empreendimentos. No Japão, por exemplo, a própria empresa que constrói as estações compra terrenos ao redor para construção de imóveis.
“É justo que o Governo tenha algum retorno deste excedente, desta valorização, que foi causada pelo poder público. Recurso que pode ser aplicado em servir mais infraestrutura ou melhorias urbanas no entorno”, explicou o especialista.
Conheça algumas das mulheres que mantêm o Metrô nos trilhos
Ao iniciar o dia, depois de chegar a uma estação de Metrô, os usuários praticamente não percebem que, para que tudo funcione corretamente, muitos trabalhadores estão por trás de uma estrutura gigantesca. E nela, é comum encontrar mulheres em diversas funções. Para entrar no trem, é bem capaz que o usuário cruze com operadoras de estação, seguranças e auxiliares de limpeza.
Não é comum vermos mecânicas, operadoras de trem e encanadoras. Mas elas existem e matam um leão por dia para que os usuários tenham uma viagem tranquila.
O Metrô News conversou com mulheres que ajudam o Metrô a seguir nos trilhos. A auxiliar de limpeza Thais de Almeida Campos, 27, a operadora de trem Maria Elisabete Oliveira, 61, a encanadora Mônica Duarte Moreira, 39, a agente de segurança Viviane Leão, 48, a agente de estação Fernanda Cristina, 36, e a mecânica Mila Chinen, 28, mulheres comuns, mas que são um modelo de perfeição no exercício de suas profissões.
Esforço não falta para deixar tudo bonito
A auxiliar de limpeza Thais de Almeida Campos tem uma filha de quatro anos, acorda 4h e chega ao trabalho às 6h. “Trabalho na parte da limpeza de copas, escritórios e banheiros. É um serviço difícil, mas bastante sossegado”, disse. Ela mora em Guaianases, na Zona Leste, e trabalha no Brás.
“Hoje eu dou graças a Deus por ter um emprego. Estou construindo uma casa, pensando no futuro”, contou Thais.
“A mulher faz tudo no cotidiano e ainda pode levar um dinheiro para casa é abençoada.” Thais de Almeida Campos, auxiliar de limpeza
Trabalho bruto e mão na massa
Mecânica não é uma atividade muito associada às mulheres. Mecânica de trem, então, dá para contar nos dedos. E uma delas é Mila Chinen. Há nove anos ela conquistou seu espaço em um ambiente marcadamente masculino. “Antes de ser oficial, eu fui aprendiz e depois fui efetivada”, disse. Ela contou que estudou no Senai por curiosidade. “Tive essa oportunidade e não larguei”, comentou.
No pátio de Jabaquara existem mais três mecânicas e uma eletricista.
“Se você tem um objetivo, independentemente de ser uma área masculinizada, deve correr atrás.” Mila Chinen, Mecânica de trem
Os olhos na estação e no bom serviço
Apesar de gostar do trabalho como encanadora, Mônica Duarte Moreira hoje faz parte da inspeção do operacional. Ela é como os “olhos” do Metrô, indo de estação em estação e anotando os equipamentos quebrados, locais sujos e tudo o mais que esteja fora de ordem. “Mas eu já desentupi muito ralo, troquei várias tampas de ralo e fiz muita limpeza de caixa d’água”, contou com um sorriso tímido no rosto.
“A chave para ser feliz é aceitar o que você é, suas limitações, seu corpo.” Mônica Duarte Moreira, inspeção
Elegância resolve muitos problemas
Ao se imaginar um segurança, normalmente vem à cabeça uma pessoa que tenha de resolver problemas usando de trulência. Não é o caso de Viviane Leão, que está há 21 anos no Metrô. Hoje ela fica no monitoramento, mas trabalhou por 16 anos nas estações. “A gente tem que conversar bastante.
O diálogo é mais importante do que uma ação de defesa e, por entender isso, nunca precisei usar a força”, comentou, orgulhosa.
A moça é mãe de quatro filhos e disse que o mais difícil de sua rotina é conciliar as funções de mãe, pai, segurança e dona de casa. “Não pode deixar uma bagunça aqui ou outra ali”, falou. Além de tudo, ela ainda corre cinco vezes por semana. “Faço de tudo para me ocupar”, concluiu.
“Ser mulher é ser humano. Nós temos a empatia, nos colocamos no lugar do outro, nos preocupamos com todos. Ser mulher é algo forte, é algo bonito.” Viviane Leão, segurança
Simpática, forte e ainda moderna
Fernanda Cristina, formada em Fisioterapia e há três meses na supervisão da estação Praça da Árvore, teve “duas dificuldades enormes” na vida: ser mulher e ser negra. “Eu sempre senti preconceito, mas resolvi batalhar contra isso. Não é porque sou mulher e negra que eu vou desistir de tudo e ficar reclamando”, falou.
Após supervisionar o trabalho prestado na estação, ela gosta de ficar com o filho, de oito anos. “Meu marido é segurança no Metrô, então temos escalas diferentes. Quando eu estou trabalho, ele está com ela e vice-versa.” Sempre com um sorriso no rosto, ela contou que hoje a diferenciação é muito menor. “É só se dedicar. Todo mundo tem potencial e a galera aqui é como uma família.”
“Sou mulher e sou negra, mas sempre corri atrás dos meus sonhos. Para ter sucesso, é preciso se dedicar, acreditar em si mesmo e não desistir.” Fernanda Cristina de Oliveira Miranda, operadora de estação
A “mãezona” dos jovens do Metrô
A “mãezona” da turma é Maria Elisabete Oliveira, a primeira mulher a desempenhar a operação de trens no Metrô de São Paulo. “Claro que eles [os mais jovens] me consideram assim”, disse, em conversa realizada na sala de descompressão dos profissionais, em Itaquera. “Também, tenho 31 anos de operação de trens: comecei em 1986”, contou.
Ela descreveu que, à época, existia muito preconceito. “Eu fui bastante desrespeitada no começo, porque os homens, em sua maioria, não queriam que eu trabalhasse aqui”, afirmou. Isso só lhe deu mais força para continuar. Perguntada se já teve que entrar em baixo de um trem, ela não pestanejou. “Claro. Hoje é mais tranquilo, as válvulas são no próprio vagão. Antes, era pior”, falou.
“Fui bastante desrespeitada no começo, porque os homens, não queriam que eu trabalhasse aqui. Mas temos a mesma capacidade.” Maria Elisabete Oliveira, operadora de trens
Nova estação da CPTM será inaugurada até sábado
A estação Eucaliptos, da Linha 5-Lilás, do Metrô, vai ser inaugurada neste final de semana, segundo informações do governo estadual.
A abertura ao público deve acontecer com a emissão do certificado de segurança para circulação dos trens com usuários por parte da empresa Bombardier, explicou a empresa.
A expectativa é que a operação seja assistida, com horário reduzido e passagem gratuita até Brooklin. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, no começo do ano, que o Estado iria entregar 18 estações até dezembro.
Além da Eucaliptos, está prevista, a entrega das estações Moema, AACD-Servidor e Hospital São Paulo. Já a estação Campo Belo fica para dezembro. Este mês deve ocorrer também a entrega das paradas São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União e Jardim Planalto, todas da Linha 15-Prata.
Ruas do Centro Histórico ficarão bloqueadas nesta sexta
A 5ª edição da “Sexta sem Carro” acontece nesta sexta-feira, 23, das 6h às 18h, quando serão fechadas algumas vias do Centro Histórico de São Paulo para a circulação de veículos. A ação começou em outubro e é realizada em toda última sexta-feira de cada mês para, segundo a Prefeitura, promover o uso de transporte público e bicicletas, além de incentivar soluções como a prática da carona entre amigos e vizinhos e as pequenas viagens a pé.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) não informou quais foram os resultados obtidos. Funcionários da empresa vão acompanhar o evento durante o dia, realizando monitoramento nos desvios e os principais cruzamentos afetados, orientando os motoristas sobre a restrição na circulação.
Desvios
Sentido da Praça da Sé/Praça Ramos de Azevedo: Rua Senador Feijó, Rua Cristóvão Colombo, Rua Riachuelo, Túnel Papa João Paulo II, Avenida Prestes Maia, Avenida Senador Queirós, Avenida Ipiranga, Avenida São Luís, Rua Coronel Xavier de Toledo e Praça Ramos de Azevedo.
Sentido da Praça Ramos de Azevedo/Praça da Sé: Rua Conselheiro Crispiniano, Avenida São João, Avenida Ipiranga, Avenida São Luís, Viaduto Nove de Julho, Viaduto Jacareí, Rua Maria Paula, Viaduto Dona Paulina, Praça Dr. João Mendes, Rua Anita Garibaldi, Rua Roberto Simonsen, Rua Venceslau Brás e Praça da Sé.
Metrô abre oito vagas para almoxarifado
A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) está com inscrições abertas para o concurso referente a oito vagas de oficial de logística almoxarifado I, das quais uma é reservada para pessoa com deficiência. O salário inicial para o cargo é de R$ 3.113. O contrato é válido por um ano com possibilidade de renovação para o mesmo período.
Para participar é preciso ter cursado o ensino médio e ter carteira nacional de habilitação (CNH) categoria B ou superior. Além do salário, os contratados terão direitos aos benefícios de auxílios refeição e alimentação, bilhete de serviço, plano de saúde, previdência suplementar e seguro de vida em grupo (os últimos três são opcionais)
A prova será composta por 60 questões de múltipla escolha de português, informática, matemática e raciocínio lógico e conhecimentos específicos. O teste deve ser realizado no dia 8 de abril e os locais das provas serão divulgados pela organizadora do processo de seleção.
As inscrições para o processo seletivo estão abertas desde o dia 6 de fevereiro e se encerram em 6 de março. O cadastro pode ser feito site da Fundação Carlos Chagas – www.concursosfcc.com.br. O valor da taxa é de R$ 65.
Destaques