Mesmo depois do boom que transformou por 2 anos as Criptomoedas e NFTs uma verdadeira febre dos investimentos, 2022 chegou e junto dele uma verdadeira tragédia para os investidores, o Inverno Cripto.
A verdadeira crise foi responsável por derreter o mercado Cripto, sendo constatado que até o fim do ano, em levantamento feito pelo Rootdata, mapeando quais projetos ligados às criptomoedas morreram, foram registrados 97 projetos que chegaram à falência.
Dentre esses números entraram para a lista empresas que anunciaram o fechamento das portas, declararam falência, entraram com pedido de recuperação judicial ou que estão com sites oficiais abandonados.
O mais impressionante é que desse número, cerca de 26 são considerados grandes investimentos, com avaliação acima da casa dos 3,6 bilhões de dólares, ou seja, mais de 15 bilhões de reais.
Dentre o destaque negativo está a FTX, que junto da Coinbase disputava nas cabeças pelo posto de maiores corretoras de criptomoedas do mundo.
De acordo com especialistas, a projeção é de que o mercado continue em baixo pelo menos no primeiro semestre de 2023, já que o setor ainda tenta se recuperar do baque negativo do inverno cripto.
FTX ligada a falência de diversas empresas Cripto
Como uma mega do mercado, a FTX era responsável e também acionista de dezenas de grandes projetos no mercado Cripto.
Sendo assim, logo quando a falência da empresa foi decretada, diversas outras empresas também entraram em apuros, já que dependiam de um dinheiro da corretora.
Um dos maiores exemplos é o da credora de criptomoedas BlockFi, que passava por um momento difícil financeiramente em julho de 2022, quando a FTX de Sam Bankman-Fried surgiu dando uma linha de crédito de 680 milhões para a companhia, mais de 4 bilhões de reais.
Assim que a FTX quebrou em meados de novembro, a Blockfi congelou saques de seus clientes, entrando com um pedido de recuperação judicial.
Atualmente o caso se encontra em processo, com a Blockfi até então tendo uma multa em débito que ultrapassa a casa dos 500 milhões de reais.
Outra empresa “dependente” da FTX foi a plataforma de empréstimos com Criptomoedas Voyager Digital, que em julho de 2022 entrou com um pedido de recuperação judicial. Isso porque, a empresa estimava que tinha 100 mil credores e entre 1 e 10 bilhões de dólares em ativos, com um volume equivalente de passivos.
Logo após esse anúncio, para ser mais exato um mês depois, a FTX colocou 70 milhões de dólares para salvar a empresa, o que acabou não resolvendo, gerando inclusive declarações do CEO da FTX, afirmando que o investimento foi “dinheiro no lixo”.