Bolsas da Europa colhem frutos de clima mais calmo com comércio e sobem
Economia
As bolsas europeias registraram ganhos sólidos nesta sexta-feira, 21, com os investidores avaliando ainda a possibilidade de uma possível aproximação entre Washington e Pequim, após imposição de tarifas menores do que o mercado esperava e de olho em novas avaliações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit).
Liderando os ganhos, a bolsa de Londres acabou fechando com alta de 1,67%, impulsionada pela desvalorização acentuada da libra depois que a primeira-ministra britânica, Theresa May, fez um discurso pessimista sobre o Brexit, afirmando que um não acordo é melhor do que um acordo ruim.
Em pronunciamento duro, May comentou que há divergências com o bloco sobre a relação econômica futura e o status da fronteira entre a Irlanda e a Irlanda do Norte. A premiê criticou as autoridades da UE por não aceitarem a estratégia dela, conhecida como plano Chequers, e não detalharem suas críticas nem oferecerem uma contraproposta clara. Com isso, a libra caiu com força ante o dólar, em meio a um aprofundamento do pessimismo de possível acordo.
Ontem, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que a proposta apresentada pelo governo do Reino Unido “não funciona porque arrisca minar o mercado comum” europeu. Enquanto isso, May tem sido enfática de que o plano de Chequers é o único e o melhor que Londres tem a oferecer, com os dois lados reticentes em mostrar mudanças. Entre os setores com maiores ganhos em Londres, destaque para o de mineração, beneficiado pelo avanço acentuado do cobre.
As ações da Glencore e da Rio Tinto lideram os ganhos nesta semana, beneficiando-se do sentimento positivo do mercado devido à decisão da China de impor tarifas sobre importações norte-americanas. Analistas do UBS dizem que as ações também podem ter ganhado com a conversa sobre projetos de infraestrutura doméstica na China, enquanto a Rio Tinto também viu uma reação positiva de uma recompra de ações antecipada, anunciada na quinta-feira. Na semana, as suas empresas subiram em torno de 10%. Já Londres acumulou ganho de 2,55%.
Na França, a empresa de engenharia Altran Technologies subiu 3,38% em meio a um relatório de que o presidente-executivo da empresa comprou ações. A bolsa de Paris subiu 0,78% e na semana avançou 2,65%.
Nos demais mercados, a bolsa de Frankfurt subiu 0,85%, Milão avançou 0,69%, Madri ganhou 0,07%, enquanto a bolsa de Lisboa caiu 0,24%. Na semana, Frankfurt avançou 2,53%, Milão subiu 3,12%, Madri acelerou 2,40% e Lisboa teve acréscimo de 1,15%.
Mercado reduz de 3,84% para 3,81% estimativa da inflação para este ano
O mercado financeiro reduziu a projeção de inflação e aumentou a expectativa de crescimento da economia para este ano, de acordo com o boletim Focus, divulgado hoje (19) pelo Banco Central, em Brasília.
A expectativa do mercado é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – fique em 3,81% em 2018, uma redução em relação aos 3,84% projetados na semana passada.
A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deste ano aumentou, passando de 2,70% da semana passada para 2,80%.
A expectativa do mercado para o crescimento da economia segue, no entanto, menor que a estimativa do governo, que estima um PIB de 3% para 2018.
Para 2019, no entanto, as projeções foram mantidas em relação à última publicação. Para o mercado, a expectativa é que o PIB do ano que vem seja de 3%. A expectativa para a inflação foi mantida em 4,25%.
O Boletim Focus é lançado no início da semana com a média das expectativas de bancos, instituições financeiras, consultorias e empresas sobre os principais indicadores relacionados à economia brasileira, como os diversos índices de inflação, o Produto Interno Bruto, a taxa de câmbio e a taxa de juros básica da economia, a Selic.
Atividade econômica cresce 1,04% em 2017
O nível de atividade econômica no país registrou crescimento de 1,04% em 2017, em comparação com 2016, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado hoje (19) pelo Banco Central (BC).
O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Mas o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O valor aproxima-se à projeção dogoverno para 2017, divulgada em dezembro do ano passado, de 1,1%. A expectativa do mercadofinanceiro, de acordo com o boletim Focus, do BC, é de 1%.
Em dezembro, o nível de atividade econômica no país continuou a registrar crescimento, de 1,41% em relação a novembro. Esse foi o quarto mês seguido de alta do indicador. O crescimento mensal refere-se ao IBC-Br dessazonalizado, ou seja, ajustado para o período.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o Banco Central a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice inclui informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
O Banco Central também reduziu a projeção em relação à inflação neste ano.
Serviços fecham 2017 com queda de 2,8%, segundo IBGE
O volume de serviços no Brasil caiu 2,8% em 2017, na comparação com o ano anterior. Já a receita nominal fechou o ano com alta de 2,5%. Os dados constam da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em dezembro de 2017, o setor de serviços cresceu 1,3% em volume na comparação com novembro. Na comparação com dezembro de 2016, o volume cresceu 0,5% e interrompeu uma sequência de 32 quedas consecutivas.
“Estávamos desde março de 2015 sem resultados positivos [na comparação do mês com o mesmo período do ano anterior]. É um resultado só, não podemos ainda afirmar que se trata de uma recuperação. Mas, lógico, é um fato positivo. Por enquanto, só podemos ver essa reação no segmento de transportes”, disse o gerente da pesquisa, Roberto Saldanha.
A receita nominal cresceu 0,9% na comparação com novembro e 5% na comparação com dezembro de 2016.
Serviços em 2017
Cinco dos seis segmentos do setor de serviços tiveram queda no volume no ano de 2017, com destaque para os outros serviços, com recuo de 8,9%, e os serviços profissionais, administrativos e complementares, que caíram 7,3%.
Também tiveram queda os serviços prestados às famílias (-1,1%), os serviços de informação e comunicação (-2%) e as atividades turísticas (-6,5%). Os serviços de transporte, auxiliares de transporte e correios foram os únicos com alta em 2017: 2,3%.
Segundo Saldanha, o segmento dos transportes foi impulsionado pelo setor industrial, “que é o grande demandante desse serviço”.
Na comparação de dezembro com novembro de 2017, quatro segmentos tiveram alta: atividades turísticas (2,8%); serviços de transportes, auxiliares de transportes e correios (2,3%); serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%) e outros serviços (0,7%).
Projeção para inflação é de 3,08% este ano
O mercado financeiro manteve a projeção para a inflação este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue em 3,08%, de acordo com o boletim Focus, publicação divulgada no site do Banco Central (BC) todas as semanas, com projeções para os principais indicadores econômicos.
Para 2018, a estimativa para o IPCA é mantida em 4,02% há quatro semanas consecutivas. As projeções para 2017 e 2018 permanecem abaixo do centro da meta de 4,5%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%.
Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 7,5% ao ano. A expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2017 e de 2018 segue em 7% ao ano.
A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, foi mantida em 0,73% este ano, e em 2,5% para 2018.
Carnaval vai injetar R$ 500 milhões na capital paulista
Muitos dizem que o ano só começa depois do Carnaval, mas o que muitos não sabem é que, mesmo na Capital, o evento é responsável por movimentar milhões na economia. Este ano, segundo a São Paulo Turismo (SPTuris), as atrações do Sambódromo e do Carnaval de Rua devem movimentar R$ 500 milhões na cidade.
No ano passado, a festa injetou R$ 464 milhões, o que mostra uma espectativa de crescimento de 8% para 2018. Segundo a jornalista Bruna Antunes, que acompanha os blocos desde 2016, muita coisa mudou no Carnaval. Ela e o noivo Shelton Chagas estão em fase de economia para o casamento, portanto, vão curtir as atrações locais. “A gente aproveita para reunir os amigos e conhecer artistas que fazem poucos shows gratuitos, como é o caso do Alceu Valença e da Elba Ramalho”, contou.
Levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), aponta que cada brasileiro gasta, em média, R$ 847,35, valor que sobe para R$ 969,10 entre os homens e para R$ 1.185,42 entre as pessoas das classes A e B.
“É necessário estabelecer um limite para os gastos e planejá-los com antecedência”, orientou o educador financeiro José Vignoli.
Horário de verão acaba à meia-noite deste domingo
A partir da meia-noite de domingo, 11, os paulistas devem atrasar seus relógios em uma hora para se adaptar ao fim do horário do verão. Vale ressaltar que como o cidadão ganhará uma hora a mais para descansar, não vale usar a desculpa que confundiu o horário de verão e chegou atrasado, alertou o advogado Eli Alves da Silva, presidente da Comissão de Direito Material da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da seção São Paulo.
“Já quem estiver trabalhando deve seguir a carga horária normal. Se for preciso continuar além do horário por conta da mudança no relógio o empregador terá que pagar a hora extra de trabalho”, explicou o advogado.
O horário de verão é uma maneira que o governo encontrou para reduzir o consumo de energia, mas que tem apresentado resultados menores a cada ano. Em 2013, o Brasil, economizou R$ 405 milhões, ou 2.565 megawatts (MW) com ação. Em 2014 foram para R$ 278 milhões (2.035 MW) e, em 2015 caiu ainda mais, para R$ 162 milhões. Em 2016, o valor sofreu nova queda, para R$147,5 milhões.
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