Consórcios: um milhão de cotas em cinco meses
Uma modalidade conhecida por não trabalhar com taxas de juros, mas com uma taxa de administração que varia de acordo com a empresa contratada, continua em alta. Este ano, as administradoras de consórcios venderam 1 milhão em cotas em cinco meses. No ano passado, esta meta foi atingida somente em junho, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).
Nos cinco primeiros meses de 2017, as vendas de consórcio atingiram 912,5 mil cotas. No mesmo período neste ano, foram 1,01 milhão de cotas vendidas, um resultado 10,7% superior. Além disso, foi o maior volume acumulado no primeiro quinquênio do ano desde 2014.
A procura pelo consórcio cresceu tanto para aquisição de bens móveis e imóveis, quanto para a contratação de serviços de diversas finalidades. Por segmento, as vendas de consórcio atingiram 467 mil cotas no consórcio de veículos leves, 390,75 mil de motocicletas, 99 mil de imóveis, 22,4 mil de veículos pesados, 17,9 mil de serviços e 10,95 mil de eletroeletrônicos e outros bens duráveis.
Diferentemente do financiamento, o consórcio não entrega o bem na hora, apenas mediante sorteio ou lance, além de oferecer prazos maiores para pagamento. Neste modelo, cada cliente adquire uma cota em um grupo com um determinado número de pessoas que têm o mesmo objetivo.
Quem não tiver pressa pode esperar pelo sorteio, mas quem quiser acelerar a contemplação pode dar um lance, que funciona como um leilão, cujo valor mais alto leva a carta de crédito para aquisição do bem e é abatido das parcelas restantes. Estes fatores fazem o consórcio ter uma parcela menor do que a do financiamento, assim como reduz os juros sobre o
Critérios que motivam adesões
Pesquisa recente da Abac, realizada pela Quórum Brasil, apontou as razões que levam os consumidores a escolherem o consórcio. O principal motivo foi a garantia de entrega do bem para 17,4% dos entrevistados, seguido do valor da parcela, para 14,4%. “Esses dados mostram que há uma preocupação do consumidor com o recebimento do bem, após a contemplação, e a adequação da responsabilidade de pagamento com o orçamento mensal”, afirmou a insitituição.
O pedreiro Higor Pereira da Silva, 21 anos, adquiriu seu primeiro automóvel pelo consórcio, aos 18, mas o veículo foi roubado. Após receber o seguro, decidiu fazer uma nova cota para automóvel este ano. Mas, desta vez, diferentemente da primeira em que ofertou o lance, decidiu esperar ser sorteado. “Eu tive muitas dúvidas no começo, se era algo sério e sempre ouvi algumas pessoas falarem que deu problema, mas comigo deu tudo certo. Então decidi apostar no consórcio de novo”, explicou.
Imediatismo pode custar muito caro
Segundo Robson Rodrigues Vaz, proprietário da RRV Créditos e Consórcios, o imediatismo em adquirir um bem muitas vezes pode fazer com que um cliente pague o dobro em um bem quando opta por um financiamento. “O sistema de financiamento cobra taxas de juros absurdas, exige uma entrada alta e, consequentemente, exige uma comprovação de renda maior. Esses fatores fazem com que muitas pessoas que não conhecem o consórcio desistam de seus sonhos”, explicou.
“Essas pessoas têm que entender que o consórcio é extremamente viável. Afinal, a falta de entrada, restrição no nome e parcelas adequadas com o bolso do cliente não são problemas no consórcio”, disse o especialista. “Na hora de fazer o consórcio, é importante comprar com um representante de sua confiança ou uma empresa que tenha nome no mercado. Não acredite em promessas e milagres de vendedores, afinal, o consórcio só tem duas modalidades contemplação: lance ou sorteio.”
Declaração de IR para imóveis muda em 2018
Uma das regras para tornar obrigatória a declaração de Imposto de Renda (IR) é a posse de bens ou direitos a partir de R$ 300 mil. Ou seja, um imóvel com valor superior a esse já torna a realização do documento imprescindível. Este ano, a Receita Federal realizou algumas mudanças nesta seção e o Metrô News explica as principais.
Até o ano passado, todos os dados do imóvel, como endereço e escritura, deveriam ser informados no campo “Discriminação”. Agora, o órgão criou espaços diferentes, que solicitam inscrição municipal, data de aquisição e área útil. Além disso, se o imóvel for inscrito no Registro de Imóveis deve-se informar o número de matrícula.
No registro, constam os detalhes do bem, como metragem, localização, loteamento e histórico de transações do próprio imóvel. A inscrição municipal pode ser obtida no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), no canto superior esquerdo da primeira página do carnê.
Apesar da mudança, a Receita não colocou os itens como obrigatórios e estes não impedem a entrega da declaração. No entanto, as informações devem passar a ser solicitadas de forma imprescindível a partir do ano que vem. Para evitar problemas no próximo documento, o recomendado é informar todas as solicitações do programa já em 2018.
Leilão tem venda de cotas para consórcio
Com uma taxa de administração menor que os juros cobrados pelo financiamento, a Sold Leilões oferece 11 cotas de consórcios com lances iniciais de R$ 5,7 mil para imóveis e automóveis. O lance pode ser dado até o dia 10 de abril pelo site da administradora.
As cotas oferecidas pela empresa chegam a apresentar um deságio de até 50% de desconto sobre os valores já pagos pelos consorciados. A economia é alcançada pela diferença entre o valor já pago e o lance inicial.
Contemplação pode ocorrer por lance ou sorteio, mas valor pago será o da carta de crédito (Foto:Divulgação)
Quem adquirir a cota assume as parcelas que começam depois da data de arrematação. “Outra vantagem é que o cliente assume uma cota de um grupo já em andamento”, explicou o leiloeiro da Sold, Henri Zylberstajn.
Entre alguns dos destaques do leilão para aquisição de imóvel está uma oferta a partir de R$ 24 mil e com o total de 32 parcelas já pagas, e outra com crédito no valor de R$ 397,8 mil, que tem lance inicial a partir de R$ 71 mil.
Vale ressaltar que, nesta modalidade de compra, o consorciado não adquire o bem na hora. Ele precisa ser contemplado por sorteio ou lance e recebe uma carta de crédito que pode ser destinada para aquisição do objeto de desejo. Por este motivo, a taxa de administração é menor do que os juros cobrados em financiamentos bancários.
Mercado de Imóveis está em alta; tire dúvidas sobre leilões
O sistema de leilões tem expandido cada vez mais seus horizontes e tem se tornado uma opção para quem sonha em adquirir casa própria. O problema é que muitas pessoas ainda possuem dúvidas sobre como funciona este modelo de negócio.
Segundo André Zukerman, diretor da Zukerman Leilões, ao contrário do que muitos pensam, o leilão de imóveis é um processo de venda transparente e seguro. Este modelo de plataforma comercial atualiza o valor da propriedade em tempo real, de acordo com os lances, com intuito de permitir uma quantia que o mercado está disposto a pagar.
Uma das principais dúvidas dos interessados, porém, é o fato de a maioria dos imóveis estarem ocupadas e o risco de a unidade se achar habitada, o que pode vir a gerar um prejuízo financeiro e emocional ao comprador.
No caso da desocupação, para pregões extrajudiciais, o processo tornou-se mais ágil. Nele, o novo dono pode requerer a disponibilidade junto à Justiça e uma liminar pode definir um prazo de até 60 dias, na maioria dos casos. “Já nos judiciais, dez dias após a homologação do pregão, caso a transação amigável não seja bem-sucedida, o comprador deve requerer ao juiz da causa a desocupação. Nessas situações, quando a propriedade já está envolvida em algum processo judicial, significa que um juiz a colocou em leilão para utilizar o valor arrecadado na quitação das dívidas das mais diversas naturezas”, explicou Zukerman.
Segundo o especialista, o cliente deve procurar empresas que possuem uma boa estrutura, composta por profissionais capacitados, o que garante a transparência por meio de canais de atendimento especializados, assegurando que não ficará nenhuma dúvida
Imóveis sustentados viram nova tendência
A procura por imóveis residenciais e comerciais ganhou um item a mais. A geração atual de compradores não busca apenas por localização, lazer, tamanho ou preço. O cuidado com o meio ambiente também é um fator decisório, segundo especialistas ouvidos pela reportagem.
“A preocupação com o futuro do planeta e o aumento da conscientização ambiental têm feito as pessoas optarem por imóveis que reutilizam recursos como água, reduzam o gasto com energia, optem por materiais menos poluentes, madeiras de reflorestamento com selo verde, entre outros”, disse Daniel Katz, presidente da Katz Construções.
Eficiência – Kratz afirma que eficiência energética atrai clientes (Foto:Divulgação)
Um exemplo é o bairro Jardim das Perdizes, que conta com eficiência energética e vagas para veículos híbridos e elétricos. Já o Edifício Eco Berrini, em bairro de mesmo nome, tem um sistema de ar-condicionado inteligente, que controla vazão de ar de acordo com a necessidade
Em outros Estados, merecem destaque o Edifício Eurobusiness, em Curitiba, que tem elevadores inteligentes para economizar energia, e o Beverly Hills, de Minas Gerais, que conta com dispositivos para economia de água, captação de águas pluviais, aquecimento de água com uso de energia solar e iluminação com LED.
“O empreendimento também disponibiliza medição individual de consumo de água, luz e gás, o que permite que cada morador pague exatamente o que consumir, evitando assim o desperdício”, explicou o engenheiro responsável pelo Beverly Hills, Lucas Horta. O prédio ainda garante a acessibilidade de pessoas com deficiências.
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