O paulistano ganhou na última semana mais um meio de transporte: o Expresso Tiradentes que, após dez anos de obras paradas, tem agora 8,5km, ligando nesta primeira fase o Terminal Mercado, na região central, ao Sacomã, na Zona Sul. O tempo de percurso, em ônibus comuns, seria de mais ou menos uma hora, de acordo com a Prefeitura. Com o novo sistema de transporte, no entanto, o trajeto é feito em 20 minutos.
Apesar de ser utilizado de forma experimental por centenas de usuários gratuitamente, o primeiro dia útil de funcionamento do novo sistema, na última segunda-feira, foi extremamente complicado. Tanto, que obrigou a São Paulo Transporte (SPTrans), empresa responsável pelo transporte coletivo em São Paulo, a fazer mudanças já no segundo dia útil de operação para adequar o sistema. O problema, de acordo com a Prefeitura, é que não se esperava uma demanda tão grande de pessoas (50 mil), além de o fato de muitos não saberem sobre mudanças em linhas de ônibus, que passam pelas estações do antigo Fura-fila, como foi chamado inicialmente o projeto.
Para solucionar o problema, a Prefeitura garante que irá dar as informações necessárias para que os usuários possam utilizar o Expresso, com bastante fluidez, além de outros ajustes.
É claro que tudo que é novo gera dúvidas e, o fato de as pessoas não estarem acostumadas com o novo sistema, provoca uma grande lentidão na hora de adquirir os bilhetes – o Expresso Tiradentes é integrado e aceita o Bilhete Único, uma grande economia para quem tem de utilizar vários meios de transporte.
No entanto, é preciso reconhecer que, finalmente, o Expresso Tiradentes traz mais uma opção rápida de locomoção para a população, assim como o Metrô, que mudou radicalmente a vida de quem precisa atravessar a cidade para trabalhar, estudar, fazer compras ou se divertir.
Toda novidade gera incertezas e muitas pessoas resistem às mudanças, que são cada vez mais necessárias para que, num futuro bem próximo, reduza-se o número de veículos particulares nas ruas, que provocam cada vez mais congestionamentos, perda de tempo e, principalmente, poluem o ar que respiramos.
Estamos torcendo para que esses 8,5 quilômetros iniciais se estendam logo para os 32kms previstos para o corredor, para que mais pessoas possam se beneficiar do Expresso Tiradentes, cujas obras, durante tantos anos paradas, atrapalharam e muito o trânsito, principalmente na região da avenida do Estado, que liga a Capital ao Grande ABC.
É isso aí.
“Roseli Thomeu é jornalista e
ex-deputada estadual (1990/1994).
