O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou no radar das investigações da Polícia Federal. A instituição apura a suposta inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Por meio da análise, ficou constatado que o ex-gestor do Brasil emitiu novamente o certificado de imunização contra a doença 15 dias antes de deixar os Estados Unidos rumo ao Brasil.
Um perfil associado aos dados de Bolsonaro foi conectado ao aplicativo ConecteSUS foi apontado pelo inquérito. Pelo menos quatro vezes desde dezembro do ano passado houve conexão, sendo que a última delas ocorreu no dia 14 de março, às 8h15. As informações foram publicadas pelo jornal O GLOBO.
Na representação pelos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, a PF garante, em diligência complementar, ter solicitado as informações à Secretaria de Governo Digital. Até o último dia 22 de dezembro, a conta do ex-presidente era administrada, ao que tudo indica, pelo tenente-coronel Mauro Cesar Cid, seu ex-ajudante de ordens, segundo os investigadores.
Ainda conforme a publicação, o cadastro da conta de Bolsonaro ganhou uma alteração para um email de Marcelo Costa Camara, assessor especial do ex-gestor. “A alteração cadastral foi realizada a partir do mesmo endereço de IP utilizado para emitir o certificado de vacinação ideologicamente falso, com registro no Palácio do Planalto”, apontou a PF.
