Os atos golpistas ocorridos no Palácio do Planalto, no último dia 8 de janeiro, geraram prejuízo em torno de R$ 4,3 milhões. A avaliação aconteceu por parte da Presidência da República. Acima de tudo, as obras de arte depredadas por bolsonaristas representam a maior fatia do valor.
Após ser enviado à CPI, o balanço foi disponibilizado nesta terça-feira (27). Esse é o relatório mais detalhado feito pelo Planalto referente aos bens danificados ou extraviados pelos vândalos.
A Coordenação-Geral de Gestão Patrimonial da Presidência identificou 24 obras de arte danificadas, onde 15 tiveram os valores avaliados pelo órgão, em um montante superior a R$ 3 milhões.
Todavia, o valor é ainda maior, visto que algumas das obras de arte não têm o valor mensurado, a exemplo do relógio francês do século 17. O objeto foi entregue pela corte francesa como um presente a Dom João 6º.
Outras obras danificadas, como por exemplo, o armário usado como base para o relógio, uma ânfora em porcelana e uma cadeira de jacarandá também não tiveram a avaliação realizada.
Além disso, o quadro “As mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti”, recebeu avaliação em R$ 3,2 milhões. Através de um laudo feito pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a obra foi constatada com sete perfurações.