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Nível de emprego da indústria paulista cai 0,38% em janeiro, diz Fiesp
14/02/2015
1:54 PM
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Estadão Conteúdo
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Atualizado em 12/02/2015 7:57 pm
O nível de emprego da indústria paulista caiu 0,38% em janeiro ante dezembro de 2014, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 12, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na mesma base de comparação, o Índice de Nível de Emprego caiu 0,10% na série sem ajuste sazonal. Ao comparar janeiro de 2015 com o mesmo mês do ano passado, o nível de emprego caiu 5,06%. A indústria paulista teve um saldo positivo de 2.500 contratações em janeiro ante dezembro do ano passado.
Na comparação com janeiro de 2014, quando foram contratados 6 500 empregados, houve uma queda de 4 mil contratados. No acumulado de 12 meses até janeiro, foram cortadas 133 mil vagas na indústria paulista. Dos 22 setores nos quais a Fiesp divide a indústria no Estado, 13 contrataram, 6 demitiram e 3 permaneceram estáveis.
A indústria de produtos de borracha e materiais plásticos foi a que mais contratou em janeiro, com 1.960 empregados, seguida pelo setor de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, com 1.105 admissões. Já a indústria de confecção de artigos de vestuário e acessórios liderou em demissões com o fechamento de 1.152 postos de trabalho, seguido pelo segmento de produtos de minerais não metálicos com 988 funcionários demitidos.
Apesar de ser positivo, desempenho de janeiro foi considerado “fraco” e ainda não sugere um início de recuperação do setor manufatureiro, segundo informou o gerente do Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos (Depecon) da (Fiesp), Guilherme Moreira. “Precisaríamos de um 2015 com fortes contratações para compensar as demissões de 2014. Janeiro é o primeiro mês, ainda é cedo para fazer qualquer projeção, mas é um número fraco”, relatou.
Segundo ele, a combinação entre um desempenho ruim da indústria em 2014 e a falta de perspectivas positivas para 2015 gera incertezas e derruba a confiança do empresário em relação a uma possível recuperação. “Quando olhamos para 2015, o empresário tem um leque de más notícias que afeta o planejamento dele”, disse, citando os juros elevados, as crises hídrica e energética, o aumento dos custos e o potencial aumento da carga tributária.