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Estado Islâmico tem 220 cristãos como reféns
27/02/2015
11:07 AM
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Estadão Conteúdo
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Atualizado em 02/03/2015 11:40 am
O número de cristãos sequestrados pelo Estado Islâmico no Nordeste da Síria subiu para 220, na medida em que os militantes do grupo fizeram mais cativos em uma série de vilas ao longo de um estratégico rio nos últimos três dias, informaram ativistas nesta quinta-feira.
O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, disse que os militantes levaram mais dezenas de cristãos assírios de 11 comunidades nas proximidades da cidade de Tal Tamr, na província de Hassakeh.
A província, que fez fronteira com a Turquia e com o Iraque, se transformou no mais recente campo de batalha na luta contra o Estados Islâmico na Síria. A província é predominantemente curda, mas abriga comunidades de árabes e cristãos assírios e armênios.
O Estado Islâmico começou a sequestrar os assírios na segunda-feira, quando militantes atacaram uma série de vilas ao longo do rio Khabur, fazendo com que milhares de pessoas fugissem para áreas mais seguras.
Younan Talia, graduado funcionário da Organização Democrática Assíria, disse que o Estado Islâmico atacou 33 vilas assírias, capturando mais de 300 pessoas no caminho. Não é possível verificar os números de forma independente. O destino dos reféns ainda é incerto.
Os sequestros de massa elevam os temores das minorias religiosas tanto na Síria quanto no Iraque, já que esses grupos têm sido alvo do Estado Islâmico. Os extremistas declararam um califado nas regiões tomadas por eles no Iraque e na Síria, onde assassinaram integrantes de minorias religiosas, expulsaram moradores de suas casas, escravizaram mulheres e destruíram templos.
ONU exige libertação
Na tarde de quarta-feira (25), o Conselho de Segurança a Organização das Nações Unidas (ONU) “condenou fortemente” os sequestros e exigiu a imediata libertação de pessoas sequestradas pelos Estados Islâmico e outros grupos semelhantes.
A Casa Branca condenou os ataques, afirmando que a comunidade internacional está unida em sua determinação de “encerrar a depravação do Estado Islâmico”.