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Dilma diz que os brasileiros não aceitam rupturas
10/03/2015
10:29 AM
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Estadão Conteúdo/ Foto: Fotos Públicas
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Atualizado em 11/03/2015 11:37 am
Às vésperas da realização de uma série de manifestações pró-impeachment em diversas cidades brasileiras, marcadas para o próximo domingo, 15, a presidente Dilma Rousseff disse ontem, que a sociedade brasileira está amadurecida e não vai aceitar nenhum tipo de “ruptura democrática”.
Dilma, no entanto, afirmou que os panelaços promovidos por brasileiros ontem à noite durante a exibição do seu pronunciamento em rede nacional de rádio e TV é fato da regra democrática.
“Eu acho que há de caracterizar razões para o impeachment, e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente também não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou, houve o primeiro e o segundo turno”, disse Dilma a jornalistas, depois de participar de solenidade no Palácio do Planalto em que sancionou lei que tipifica o crime do feminicídio.
“Terceiro turno das eleições para qualquer cidadão brasileiro não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática. Se quiser uma ruptura democrática, eu acredito que a sociedade brasileira não aceitará rupturas democráticas e acho que nós amadurecemos suficiente para isso”, prosseguiu a presidente.
Questionada sobre as manifestações pró-impeachment, Dilma respondeu: “Pode convocar, convoque do jeito que quiser. Sempre respeitaremos essas manifestações.”
Presidente se encontra com Lula
Para tentar encontrar uma saída para a grave crise política que tomou conta do País, a presidente Dilma Rousseff está agendando para hoje, em São Paulo, um encontro com o seu padrinho, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro está previsto para a hora do almoço, depois que a presidente participar de uma agenda na cidade de São Paulo.
No último domingo, o Palácio do Planalto se surpreendeu com o panelaço e buzinaço, durante o momento em que a presidente fazia o seu pronunciamento em cadeia de rádio e TV, no qual pediu paciência ao povo brasileiro. O governo, que já estava preocupado com a dimensão que possa tomar a manifestação do dia 15 de março, ficou ainda mais preocupado depois disso.