19.6 C
São Paulo
sábado, novembro 23, 2024
Array

84,4% da indústria paulista não vai contratar



notíciasDestaque Economia


84,4% da indústria paulista não vai contratar


22/01/2015
11:15 AM
/
Wellington Alves/ Foto: Ger/ Fotos Públicas
/
Atualizado em 23/01/2015 10:36 am

Após 140 mil demissões no ano passado, a indústria paulista não apresenta sinais de recuperação no primeiro semestre de 2015. A pesquisa Rumos da Indústria Paulista, divulgada nesta quarta-feira, 22, pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), aponta que 84,4% dos industriais afirmaram que não vão fazer contratações nos primeiros seis meses do ano.

A situação é pior entre as grandes empresas: 91,7% não planeja contratar. Entre as 424 empresas que participaram do levantamento, 59,4% foram de micro e pequeno porte, 32,1% de médio porte e 8,5% de grande porte. Os dados foram coletados na primeira quinzena de dezembro, antes do anúncio das primeiras medidas do ajuste fiscal promovido pelo governo federal.

Maurício Colin, industrial e diretor do Ciesp, avalia que a situação não deve melhorar com o aumento dos impostos e a redução do crédito. “Há margem para mais cortes”, disse.

Para o economista Agostinho Celso Pascalicchio, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a indústria terá retomada dos empregos apenas no segundo semestre de 2016. Na opinião dele, o setor de serviços é o único que deve manter as contratações em alta no País. “A indústria não tem boas perspectivas.”

Desempenho da produção foi muito ruim  em 2014

A maioria das indústrias considera que teve pior resultado no segundo semestre do ano passado em comparação ao mesmo período de 2013. Foram 58,2% das empresas com queda na produção e nas vendas internas e externas. Apenas 19,6% apresentaram aumento no mesmo período.

Em relação ao governo, a indústria não se mostra otimista: 50,9% das empresas não acredita que a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) irá mudar os rumos da economia até 2018. Para 45,8%, haverá poucas mudanças. Apenas 2,4% são otimistas e confiam em grandes mudanças. 41% alegou forte impacto do custo com energia nos negócios.

 



LEIA TAMBÉM

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Índice