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 GERAL
26/04/2007
Metroviários farão manifestação amanhã


Protesto é contra a demissão de funcionários pela paralisação na manhã da última segunda-feira



Alessandra de Assis

Os metroviários decidiram fazer amanhã, às 10h30, um ato público em frente à Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, que fica na rua Boa Vista, no Centro. A manifestação, decidida em assembléia realizada ontem à noite, na sede da entidade no Tatuapé, Zona Leste, é para protestar contra a demissão de dois sindicalistas e o afastamento de outros três, envolvidos na greve da última segunda-feira. Nova assembléia está marcada para a próxima quinta-feira, quando a categoria decidirá o que fazer, incluindo a possibilidade de greve, caso o governador José Serra (PSDB) não reveja as punições contra cinco sindicalistas. Em nota, o Metrô alega que “o desligamento dos sindicalistas decorre exclusivamente dos atos ilícitos praticados”.

Foram demitidos Ronaldo Campos de Oliveira, secretário de saúde da entidade, e Ciro Moraes, conselheiro fiscal. Os afastados são Paulo Roberto Pasin, vice-presidente do sindicato, Pedro Augustinelli Filho, secretário-geral, e Alex Fernandes, secretário de esporte. A lei trabalhista prevê estabilidade no emprego a sete dirigentes sindicais e seus suplentes, totalizando 14 pessoas – que só podem ser demitidos por justa causa após responder a um inquérito judicial. “Vamos fazer esse ato público e na assembléia decidimos que estamos em estado de greve e indicativo de greve a partir do próximo dia 7. Achamos que as demissões foram um exagero”, disse Flavio Montesinos Godoi, presidente dos metroviários.

A paralisação de segunda foi em protesto à eventual derrubada pelo Congresso do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Emenda 3. A medida estabelece que só cabe à Justiça, e não mais a auditores fiscais, decidir se um contrato de prestação de serviço encobre uma relação trabalhista.

Em nota, o Metrô alega que a greve promovida pelos metroviários, na última segunda-feira, descumpriu decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que determinava a manutenção da circulação dos trens no horário normal de funcionamento das estações. De acordo com o TRT, as partes deveriam manter 80% dos trens a partir das 4h30 da manhã e todos os trens a partir das 6h da manhã. Ainda segundo a nota, as ações dos sindicalistas que impediram a abertura das estações e a movimentação dos trens foram documentadas, e farão parte de inquérito policial. Sobre o desligamento dos sindicalistas, reforça, ele decorre exclusivamente dos atos ilícitos praticados.



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