Em outras situações, os sintomas de tremor, rigidez e movimentos lentos, típicos do mal de Parkinson, representam uma outra condição: o parkinsonismo secundário. Nesses casos, de acordo com o neurologista João Carlos Papaterra Limongi, as razões para o problema podem ser conhecidas. “A causa mais comum do parkinsonismo secundário é medicamentosa. Existem remédios que, quando tomados inadvertidamente podem levar ao quadro. Além disso, o problema pode estar relacionado a trauma craniano, como nos casos diagnosticados em pugilistas, ou mesmo pós-infeccioso”, afirma o médico.
Os sintomas, como tremor e rigidez, que os parkinsonianos apresentam são conseqüência da degeneração das células situadas em uma região do cérebro onde é produzida a dopamina. Trata-se de um neurotransmissor que conduz as correntes nervosas ao corpo. É a falta da dopamina que provoca os sinais característicos da doença. Segundo Limongi, essa alteração pode ser reposta com o uso de medicamentos específicos. “No tratamento da doença de Parkinson, o objetivo é devolver a função motora do paciente, que se encontra prejudicada. Isso é possível recorrendo a medicamentos cuja função é restaurar a dopamina perdida”, explica.
Outras medidas importantes são fisioterapia e fonoaudiologia. Com a doença, a execução de movimentos banais do dia-a-dia se torna muito mais difícil. Além disso, ficar parado significa favorecer a rigidez enquanto a prática de exercícios ajuda a minimizar o quadro. Já a fonoaudiologia melhora a voz do paciente e a dificuldade de deglutição nas fases avançadas.