O Ministério Público Federal (MPF) emitiu manifestação favorável ao arquivamento da representação criminal gerada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos golpistas contra o tenente-coronel Mauro Cid em virtude do abuso do direito ao silêncio. A demanda do MPF à Justiça do Distrito Federal também compreende o pedido da defesa do ex-ajudante de ordens do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Na visão do procurador da República, Caio Vaez Dias, nenhuma conduta criminosa por parte do militar ficou comprovada. No decorrer do depoimento à CPI, no último dia 11 de julho, o militar adotou o direito ao silêncio mais de 40 vezes e não respondeu os questionamentos gerados pelos integrantes do
colegiado.Questionado sobre sua idade, Cid também se negou a falar. O direito ao silêncio de Cid teve como aporte uma decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, que obrigou o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro a prestar depoimento à CPI.