Fundos imobiliários: o que são e por que investir?
Quando o assunto é investimento, a preferência do brasileiro, normalmente, é por aplicar em imóveis. A escolha, que chega a ser uma questão cultural, tem como pano de fundo a instabilidade política e econômica, seja no Brasil ou em outros países. E se a palavra de ordem é segurança, a maioria dos investidores não quer correr os riscos do mercado financeiro. Por isso, eles preferem empregar os seus recursos em fontes de investimentos mais seguras, com garantia de retorno nos negócios.
Existem opções bem atrativas para quem deseja investir em imóveis – e interesse em viver de renda – sem ter de, necessariamente, comprar um apartamento, uma casa ou uma sala comercial. São os chamados Fundos de Investimento Imobiliário (FII).
Formados por grupos de investidores, o objetivo é aplicar os recursos numa base imobiliária diversificada. O interessado pode adquirir cotas de fundos detentores de shoppings centers, hospitais, edifícios comerciais de grande porte, galpões industriais e até mesmo em imóveis prontos.
Mas, por que investir nesse modelo de negócio? Para o presidente a Netimóveis BH, Ronaldo Starling, “os fundos imobiliários são indicados para quem pretende entrar no mercado imobiliário, mas não quer desembolsar o valor total para a compra de um imóvel e, muito menos, investir seus recursos em único ativo”.
Hoje, por exemplo, há lançamentos com investimento mínimo de R$ 1 mil e, mesmo depois de ser lançado, existe a possibilidade de adquirir cotas no mercado imobiliário. Para o investidor com esse perfil, os fundos oferecem a possibilidade de uma renda regular e de valorização do patrimônio”, explica.
Ocupação é uma real necessidade
O presidente Netimóveis BH, Ronaldo Starling, destaca que a principal vantagem para quem deseja investir em fundos imobiliários é contar com uma carteira diversificada, o que reduz os riscos de desocupação do imóvel. A desvalorização imobiliária em uma determinada região e a gestão profissional são pontos extremamente relevantes, uma vez que o gestor está sempre analisando o mercado, atento às melhores oportunidades. Cabe a ele todas as tarefas ligadas à administração de um empreendimento, como, por exemplo, trâmites de compra e venda.
Declaração de IR para imóveis muda em 2018
Uma das regras para tornar obrigatória a declaração de Imposto de Renda (IR) é a posse de bens ou direitos a partir de R$ 300 mil. Ou seja, um imóvel com valor superior a esse já torna a realização do documento imprescindível. Este ano, a Receita Federal realizou algumas mudanças nesta seção e o Metrô News explica as principais.
Até o ano passado, todos os dados do imóvel, como endereço e escritura, deveriam ser informados no campo “Discriminação”. Agora, o órgão criou espaços diferentes, que solicitam inscrição municipal, data de aquisição e área útil. Além disso, se o imóvel for inscrito no Registro de Imóveis deve-se informar o número de matrícula.
No registro, constam os detalhes do bem, como metragem, localização, loteamento e histórico de transações do próprio imóvel. A inscrição municipal pode ser obtida no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), no canto superior esquerdo da primeira página do carnê.
Apesar da mudança, a Receita não colocou os itens como obrigatórios e estes não impedem a entrega da declaração. No entanto, as informações devem passar a ser solicitadas de forma imprescindível a partir do ano que vem. Para evitar problemas no próximo documento, o recomendado é informar todas as solicitações do programa já em 2018.
Leilão tem venda de cotas para consórcio
Com uma taxa de administração menor que os juros cobrados pelo financiamento, a Sold Leilões oferece 11 cotas de consórcios com lances iniciais de R$ 5,7 mil para imóveis e automóveis. O lance pode ser dado até o dia 10 de abril pelo site da administradora.
As cotas oferecidas pela empresa chegam a apresentar um deságio de até 50% de desconto sobre os valores já pagos pelos consorciados. A economia é alcançada pela diferença entre o valor já pago e o lance inicial.
Contemplação pode ocorrer por lance ou sorteio, mas valor pago será o da carta de crédito (Foto:Divulgação)
Quem adquirir a cota assume as parcelas que começam depois da data de arrematação. “Outra vantagem é que o cliente assume uma cota de um grupo já em andamento”, explicou o leiloeiro da Sold, Henri Zylberstajn.
Entre alguns dos destaques do leilão para aquisição de imóvel está uma oferta a partir de R$ 24 mil e com o total de 32 parcelas já pagas, e outra com crédito no valor de R$ 397,8 mil, que tem lance inicial a partir de R$ 71 mil.
Vale ressaltar que, nesta modalidade de compra, o consorciado não adquire o bem na hora. Ele precisa ser contemplado por sorteio ou lance e recebe uma carta de crédito que pode ser destinada para aquisição do objeto de desejo. Por este motivo, a taxa de administração é menor do que os juros cobrados em financiamentos bancários.
Investimentos recuam 2,4% em janeiro ante dezembro
Os investimentos na economia recuaram no primeiro mês do ano, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) registrou uma queda de 2,4% em janeiro de 2018 ante dezembro de 2017. No mês anterior, houve crescimento de 3,3%.
“Embora tenha recuado na série com ajuste sazonal, o indicador apontou crescimento de 4,1% na comparação com janeiro de 2017, com destaque para o componente máquinas e equipamentos, que registrou alta de 16% sobre o mesmo mês do ano passado”, ponderou o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Leonardo Mello de Carvalho, em nota oficial.
Na passagem de dezembro para janeiro, o mau desempenho foi disseminado entre os componentes da FBCF.
O consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) – obtido pela produção doméstica excluídas as exportações e acrescidas as importações – teve queda de 4,2% em janeiro ante dezembro. Já o indicador de construção civil recuou 2,2%, após o crescimento de 2,7% em dezembro. O terceiro componente da FBCF, classificado como “outros ativos fixos”, registrou redução de 0,4% em janeiro
Na comparação com janeiro de 2017, porém, todos os componentes da FBCF apresentaram crescimento. O Came saltou 16%, enquanto a construção civil cresceu 0,4%. O componente outros ativos fixos teve elevação de 1,1%.
Com o resultado obtido no primeiro mês de 2018, o Indicador Ipea de FBCF acumula uma perda de 1,1% nos 12 meses encerrados em janeiro.
Refis de Temer vai perdoar R$ 62 bi, o dobro do previsto
O perdão concedido pelo governo federal no último parcelamento de débitos tributários, o Refis, deve chegar a R$ 62 bilhões – quase o dobro do valor calculado inicialmente pela Receita Federal. A estimativa oficial foi atualizada porque a versão final do programa, com regras mais generosas, acabou incentivando uma adesão maior que a esperada.
A primeira versão do programa não previa descontos em multas e juros, o que acabou sendo incorporado pelo governo. Mesmo assim, houve pressão de parlamentares para melhorar as condições do programa, que acabou dando descontos de até 70% em multas e 90% em juros.
Em agosto do ano passado, antes de o projeto ser aprovado no Congresso, a previsão da Receita era que a renúncia chegasse a R$ 35,1 bilhões ao longo dos 15 anos de parcelamento. “Renunciamos mais do que era previsto”, admitiu o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, ao apresentar os dados da arrecadação de janeiro.
Os parcelamentos especiais permitem que empresas refinanciem dívidas com descontos sobre juros, multas e encargos. Muitas vezes, os juros são maiores que o débito original. Em troca, o governo recebe uma parcela da dívida adiantada, mas abre mão de uma parcela do que ganharia com juros e multas.
Parlamentares, muitos deles inclusive com dívidas com o Fisco, fizeram ao longo de 2017 forte pressão sobre o governo para melhorar as condições do Refis, lançado em janeiro e que acabou virando lei só em outubro do ano passado. Em meio às investidas, o governo cedeu de olho num futuro apoio à reforma da Previdência – que acabou sendo engavetada.
Com os abatimentos, a renúncia do Refis do ano passado – oficialmente chamado de Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) – pode superar o Refis da Crise, lançado no fim de 2008, depois que as empresas brasileiras foram atingidas pelo impacto da crise financeira internacional. Esse até agora é o maior em renúncias: R$ 60,9 bilhões.
Motivo
A justificativa do Congresso para tentar ampliar os descontos do último programa era sempre dar condições aos empresários afetados pela crise para regularizar a situação com o Fisco, voltar a ter capacidade de investir e poder pagar suas obrigações em dia.
O que a Receita já identificou é que, além de a renúncia de recursos ter ficado acima do previsto, muitos contribuintes que aderiram ao parcelamento optaram pelo pagamento à vista, em janeiro de 2018. Isso, segundo a Receita indica que eles não tinham dificuldade de caixa a ponto de precisar parcelar a dívida em até 15 anos, apenas queriam ter os descontos generosos. Com isso, o governo registrou um ingresso de quase R$ 8 bilhões em receitas com o Refis – metade dos pagamentos à vista.
“Esses programas de renegociação de dívida se tornaram disfuncionais no Brasil. Você acabou criando indústria de não pagar imposto e deixar para depois”, disse o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper.
O Fisco é historicamente contra a edição de parcelamentos especiais porque, além da elevada renúncia, a prática estimula o não pagamento de tributos. Contribuintes que aderiram ao último Refis deixaram de pagar R$ 3,1 bilhões em tributos que venceram a partir de maio de 2017.
Ponto de vista: Mais recursos para as Santas Casas
No começo do mês de abril, o Governo de São Paulo, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, liberou o segundo lote de convênios deste ano, com nada menos que 465 municípios paulistas contemplados com recursos financeiros. Ao todo foram liberados 1.014 convênios, que somam a importância de R$ 110,7 milhões, para serem usados no setor de saúde.
É mais uma grande conquista e um grande avanço em São Paulo. A saúde é assunto de prioridade total da população em todo o Brasil. Em nosso Estado, o Governo vem conseguindo, com muito trabalho, seriedade e gestão eficiente, manter os investimentos em um setor cada vez mais essencial para todos.
O nosso trabalho na Assembleia Legislativa vai ao encontro destas demandas, ou seja, lutar e trabalhar forte para que estes recursos sejam destinados àquelas instituições que mais precisam de ajuda, principalmente no interior paulista, onde vive a maior parte da nossa população.
Entre estes recursos, cujos convênios foram assinados no dia 19 de março, no Palácio dos Bandeirantes, está uma emenda no valor de R$ 400 mil, que por meio da nossa indicação parlamentar, foi direcionada à Santa Casa de Valinhos.
A instituição é uma das mais importantes e de maior demanda em toda a Região Metropolitana de Campinas (RMC) e vai utilizar a verba para o custeio do hospital, que atende milhares de pessoas todos os meses.
O trabalho na área de saúde, realizado pelas nossas instituições filantrópicas, como o realizado pelas Santas Casas, é da maior importância para a nossa população. Com o apoio dos poderes Legislativo e Executivo, é possível levar saúde de qualidade para mais gente, principalmente para a população mais carente.
Em todo o Brasil, temos cerca de 3 mil Santas Casas e hospitais filantrópicos. Em São Paulo, este número chega a 400 unidades. Com trabalho sério e comprometimento político, aliados a uma sociedade cada vez mais organizada, vamos trilhando o árduo caminho de garantir o cumprimento do preceito constitucional que diz que todos, sem discriminação, têm direito à saúde, com a qualidade e eficiência que a cidadania exige.
*Célia Leão é deputada estadual pelo PSDB-SP
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