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quinta-feira, abril 25, 2024

Nostálgica marca esportiva dos anos 80 volta em formato de NFT

Em projeto que visa juntar o sucesso das NFT ao crescimento e procura quanto ao boom de movimentos nostálgicos e volta de modas e produtos de 30 e 40 anos atrás, uma comunidade de investidores e artistas resolveram “reviver” o sucesso das décadas de 70 e 80 no Brasil, a marca de calçados inspirados em chuteiras de futebol, Kichute.

A marca enfim retorna ao mercado agora de maneira diferente, após ter sua produção descontinuada a mais de 20 anos. O produto deve passar agora por um processo de tokenização, que servirá como prova da autenticidade de cada par das edições lançadas de forma limitada.

No entanto, diferente do que se imagina e se tornou comum entre as marcas que se aventuram no universo das NFTs, o token da Kichute serviria como uma espécie de “documentação” e não como uma réplica digital.

Exemplo de réplicas digitais de grandes marcas do mercado podem ser comparadas até com calçados, já que recentemente a Nike criou seu projeto de criação de Sneakers em um ambiente no Metaverso.

A ideia de reviver a Kichute

Se aproveitando de todo o hype que hoje existe em cima da cultura dos anos oitenta, atrelado a onda de sneakers e NFTs, os designers Adriano Iódice e Stefano Hawilla, fundadores da dona do projeto, Justa, tiveram a ideia de reviver não só as clássicas Kichutes, mas também a Bamba, marca de tênis da mesma geração que copiava os Converse.

O projeto se baseia em modernizar não só os modelos em si, mas também a forma de distribuição e comercialização das peças.

Ou seja, a ideia é que em vez de serem encontrados em grandes lojas de varejo ou shoppings, os calçados sejam vendidos de forma online, em uma estratégia de marketing digital, lançando de forma limitada, trazendo aí o elemento de NFT.

“A marca nunca morre, ela sempre fica no imaginário. No caso de marcas como Kichute e Bamba, elas poderiam ter tido um tempo de vida maior do que o mercado deu”, revelou Stefano Hawilla em entrevista a revista “FastCompany“.

Existentes tanto no âmbito digital quanto no real, existe a preocupação quanto ao design dos modelos, que além de bonitos precisam ser usáveis.

Essa preocupação é citada por Adriano Iódice, que está por trás de todo um projeto de revitalização e revestimento de modelo e das marcas.

“Se colocar um Bamba dos anos 80 hoje no pé, vai dar bolha. Estamos muito preocupados com a parte da modelagem e da vestibilidade”, revelou Adriano.

Além da Justa, outro grande nome da indústria está por trás do ressurgimento das duas marcas ao mercado.

A Justa em conjunto com o Grupo Alexandria, que criou o projeto “Sociedade das Marcas Imortais”, que foca justamente em trazer essas marcas “imortais” a tona, estão lado a lado na produção desses agora “sneakers” que devem vir de fato para as mãos dos fãs entre o final de 2022 e primeiro trimestre de 2023.

“Acreditamos que marcas icônicas têm um papel na sociedade. Queremos colocar nossa expertise e experiência a serviço da manutenção e preservação de ícones da cultura popular”, afirmou Solange Ricoy, uma das fundadoras do Grupo Alexandria.

“Não é novo, mas estamos revivendo coisas que achávamos que deveriam estar vivas até hoje”, completou Stefano Hawilla.

Kichute no ambiente virtual

A presença das Kichutes no ambiente virtual e não no presencial e nas lojas, do contrário que se imagina é um movimento democrático segundo os idealizadores do projeto.

O e-commerce quanto a quantidade de unidades disponíveis não se dá pela supervalorização da peça e cobrança de preços estratosféricos que são comuns em coleções de NFT, pelo contrário, de acordo com Hawilla, a ideia é justamente evitar que matéria prima seja desperdiçada e que itens sejam parados nos estoques de lojas, permitindo que coleções exclusivas e assinadas por designers brasileiros se destaquem.

A venda direta ao consumidor favorece esse setor, já que manter a marca sustentável é o principal foco acima de qualquer revolução.

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