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quinta-feira, abril 18, 2024

Doria promete entregar em dezembro estações do monotrilho, atrasadas há seis anos










Para retomar a construção, o governo do Estado teve de relicitar as obras e contratou a STER Engenharia por R$ 47,5 milhões (Foto: Robson Fernandjes / Agência Estado)


Cidade



Após refazer a licitação para retomar as obras que estavam paradas há oito meses, o governador João Doria (PSDB) prometeu nesta segunda-feira, 22, concluir até dezembro a construção de quatro estações da Linha 15-Prata, do Metrô, o monotrilho da zona leste. Com previsão para começar a operar em janeiro de 2020, as Estações Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus já deveriam estar prontas desde 2013.



Nesta segunda, Doria e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), fizeram uma visita técnica para anunciar a retomada da obra. Os canteiros estavam paralisados desde o ano passado, após o governo rescindir o contrato com a empreiteira responsável pela construção e multá-la em mais de R$ 7 milhões por abandono de serviço.



“A obra está em curso e deverá ser concluída até 31 de dezembro. Em janeiro, iniciam as operações do monotrilho aqui para a zona leste da cidade de São Paulo”, disse Doria. Segundo o governador, a expectativa é de que a linha transporte cerca de 300 mil pessoas por dia.



Para retomar a construção, o governo do Estado teve de relicitar as obras e contratou a STER Engenharia por R$ 47,5 milhões. O investimento inclui implantação de ciclovia e paisagismo sob o traçado do monotrilho. “Essa revitalização vai trazer também mais movimento no comércio varejista e vai impactar na geração de novos empregos na região”, disse .



O leilão para concessão da Linha-15 foi realizado em março, na Bolsa de Valores de São Paulo, e só teve um interessado. Quando a etapa até São Mateus for concluída, a Linha-15 terá 13 quilômetros de extensão e dez estações, segundo planejamento do governo. O trajeto começa na Vila Prudente, a primeira das seis estações que estão hoje em operação.



Já a Estação Jardim Colonial – que ficará depois da São Mateus e será a 11ª parada do modal – tem previsão para ser aberta só em 2021. O investimento total no monotrilho é de R$ 5,2 bilhões, segundo o governo.



O projeto inicial, no entanto, previa 18 estações e deveria ir até Cidade Tiradentes, no extremo leste. A obra foi prometida em 2009 e deveria ficar pronta até 2013, mas acumulou atrasos e revisões.



Para Doria, a retomada das obras deve valorizar a região, com ganhos para residências e comércio. “Valorização é proporcionada com uma obra acabada e funcionando. Exatamente o oposto de obras inacabadas, paralisadas, como tínhamos até o final do ano passado.”



Linhas de ônibus devem mudar

A conclusão das estações do monotrilho deve provocar alterações nas linhas de ônibus na zona leste a partir de janeiro. Segundo Doria, as mudanças vão acontecer para que os meios de transportes se completem e deem mais “eficiência e economia de recursos públicos”.



“O Município já começa a estudar readequações de linhas de ônibus para que possa complementar e também ajudar a diluir a população que chega e sai desse entorno”, confirmou Bruno Covas. Também deve haver investimento em reforma de asfalto e iluminação da região, segundo o prefeito.

 





Com a mudança, toda a extensão da linha, de Vila Prudente a Vila União, passa a funcionar nos mesmos horários de toda a rede de metrô (Foto: Reprodução/Twitter)


Cidade

Trecho entre São Lucas e Vila União entra em operação integral

Nove meses após ser inaugurado pelo então governador Geraldo Alckmin (PSDB), o trecho entre as estações São Lucas e Vila União, da Linha-15 Prata do Metrô, entra em operação integral a partir do próximo sábado, 12, das 4h40 às 0h. No sábado o funcionamento é estendido para até 1h.

Em julho do ano passado, passageiros do metropolitano procuraram o Metrô News para reclamar da limitação do funcionamento do trecho, que era das 10h às 15h. Na ocasião, o Metrô ampliou em duas horas o funcionamento, das 9h às 16h. “Está tudo pronto. Teria que ser liberado o horário integral. A Oratório já está no horário normal, das 4h até meia-noite. Se estivesse funcionando, eu usaria todos os dias. A população da região, eu te garanto, ia usar em peso”, disse o eletrotécnico Luciano Carollo à época.

Com a mudança, toda a extensão da linha, de Vila Prudente a Vila União, passa a funcionar nos mesmos horários de toda a rede de metrô, com intervalo de 4 minutos nos períodos de pico.

A Linha 15-Prata é o primeiro monotrilho de alta capacidade do país e atualmente funciona em 7,8 km, com seis estações de Vila Prudente a Vila União, conectando a região leste à malha metroferroviária da Grande São Paulo por uma tarifa única. 

Justiça determina retomada das obras do monotrilho da zona sul de SP


O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Manoel de Queiroz Pereira Calças, suspendeu a decisão judicial que determinava a paralisação das obras da Linha 17-Ouro do Metrô, o monotrilho da zona sul. A decisão, de junho, havia sido obtida pelas Construtoras Andrade Gutierrez, CR Almeida, Scomi Engenharia e MPE, que reclamavam de dívidas do Metrô com as empresas.

Em sua decisão, Calças considerou que o valor da dívida, R$ 11 milhões, era baixo diante do valor total do contrato, R$ 1,4 bilhão em valores de 2010. O valor reclamado pelas empresas é resultado da falta de correção monetária dos contratos, segundo as empresas de engenharia.

O presidente do TJ considerou ainda que a paralisação da obra por um período prolongado traria mais prejuízos, tanto para o Metrô quanto para a sociedade. “É fato notório que a paralisação do contrato provocará o retardamento da entrega da obra – que, diga-se de passagem, já está bastante atrasada -, em detrimento da expectativa de expansão do serviço público de transporte metroviário à população”, escreveu Calças. “Como convincentemente exposto no pedido inicial, se mais atrasos ocorrerem na entrega da linha 17-Ouro, o requerente não terá como cumprir o contrato já firmado de concessão para a exploração dessa mesma linha, o qual prevê penalidades pela não entrega do “Trecho 1″ da Linha 17 – Ouro para início das operações no ano de 2020”, afirmou em sua sentença.

A decisão pela retomada da obra não interfere nas discussões sobre o pagamento da dívida com as empresas, que ainda segue em análise na 5ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.

O contrato alvo da decisão é o chamado “contrato principal” do monotrilho, que inclui a instalação das vigas e o fornecimento dos trens. A construção das estações do monotrilho está sendo tocada por outro consórcio, liderado pela empresa Tiisa, após Metrô, Andrade Gutierrez e CR Almeida suspenderem os contratos originais. As empresas procuraram a Justiça para sair da empreitada, sob argumento de que o Metrô vinha atrasando a entrega de projetos e cometendo erros. O Metrô, por sua vez, alegou que as empresas haviam abandonado os canteiros e determinou o rompimento do acordo.

A construtora Andrade Gutierrez foi questionada, mas ainda não se posicionou sobre a decisão.

Quatro estações da Linha 1-Azul sofrem paralisação

A operação da Linha 1-Azul do Metrô sofreu paralisação nesta quarta-feira, 25, pela manhã e gerou problemas para os usuários. A queda de uma placa de publicidade, na estação Vergueiro, causou o transtorno. Os trilhos tiveram a energia cortada para a retirada do painel, que foi removido às 9h15 e, logo em seguida, a circulação voltou a ocorrer normalmente.

Durante pouco mais de uma hora, os passageiros puderam circular apenas entre as estações Tucuruvi e Sé e Jabaquara e Ana Rosa. Ao todo, foram quatro locais sem qualquer funcionamento de trens: Liberdade, São Joaquim, Vergueiro e Paraíso. Esta última integra a Linha 2-Verde, em que houve interferência na circulação. A Linha 3-Vermelha também foi afetada.

O Metrô chegou a acionar a Operação Paese – colocando à disposição ônibus do município no trecho entre Ana Rosa e Sé -, mas cancelou após a normalização do serviço.

Pelo Twitter, diversos passageiros reclamaram da paralisação. “Após mais de uma hora, finalmente estou saindo do Tucuruvi”, disse a usuária @debyscully. “O Metrô e a CPTM estão avacalhados”, escreveu @JoaoFrase.

Reportagem publicada pela Folha de S. Paulo na semana passada, com base em dados obtidos via Lei de Acesso à Informação, mostrou que, de janeiro a junho deste ano, o Metrô bateu recorde no número de incidentes notáveis, na comparação com igual período de anos anteriores, desde 2000.

SP Cultura no Metrô proporciona atividades nas estações

Quem passar por algumas das estações do Metrô da Capital, a partir desta quinta-feira, 28, vai se surpreender com uma programação cultural especial. O projeto SP Cultura no Metrô vai levar atividades para nove estações das Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha e agitar o cotidiano da cidade mais populosa do Brasil.

O lançamento da iniciativa vai ser às 10h, na Estação da Sé da Linha 3-Vermelha, com apresentação da Big Band da Orquestra Jazz Sinfônica. As atividades vão até dezembro de 2018. A primeira frente é a Arte Cultura nas Estações – apresentações de teatro, música e dança em estações do Metrô. Na primeira semana, serão realizados 13 espetáculos. Até dezembro, serão realizadas 75 intervenções culturais.

Haverá também apresentações de músicos profissionais ou amadores nas estações do Metrô. Os interessados deverão se inscrever em chamamento disponível no site da Secretaria da Cultura – www.cultura.sp.gov.br.

“A parceria permitirá o acesso de milhões de pessoas a múltiplas intervenções culturais. A produção cultural do estado multiplicada e compartilhada ao vivo e em cores”, disse Romildo Campello, Secretário da Cultura do Estado de São Paulo. O sistema metroviário paulista possui 89,7 quilômetros de extensão e 79 estações, transportando 4,5 milhões de usuários por dia.

Serviço

28/06

Linha 3 – Vermelha

Estação Sé

9h00 – Caco Mattos, “Dança Comigo” [dança]

10h00 – Big Band da Orquestra Jazz Sinfônica [música]

Estação República

12h00 – Vanitta, cover da Anitta [música]

Estação Marechal Deodoro

12h00 – Quarteto de Cordas da Academia da OSESP [música]

Estação Tatuapé

12h00 – Jazz Sinfônica [música]

Estação Brás

17h00 – Nélio Henrique e Alan [sertanejo]

 

Linha 1 – Azul

Estação Luz

11h00 – São Paulo Companhia de Dança, “Pivô [dança]

Estação São Judas

17h00 – Trio Beijo de Moça (Forró)

 

Linha 2 – Verde

Estação Paraíso

15h00 – Suellen Luz, “Um Passeio Pela Música Brasileira” [pop]

Estação Ana Rosa

16h00 – Caminho Suave [reggae]

 

29/06

Linha 3 – Vermelha

Estação República

12h00 – Quarteto de Metais da Academia da OSESP [música]

Estação Tatuapé

15h00 – Banda Sinfônica da Fábrica de Cultura Sapopemba [música]

Linha 1 – Azul

Estação Luz

17h00 – Power Mix Crew [dança de rua]

 

 





Posto de informação servia para esclarecer dúvidas sobre como seria o Metrô de São Paulo (Foto: Messias A. Silva/ AE)


Cidade

Companhia do Metropolitano completa 50 anos

Uma rede circular, que daria a volta no que hoje os técnicos de trânsito chamam de “rótula central” – o círculo que sai da Praça da República, passa pelas Avenidas Ipiranga, São Luís, Viadutos Jacareí e 9 de Julho, segue pela Praça João Mendes e volta à República, pela Rua Boa Vista. Se tivesse havido disposição política e recursos, essa seria a “cara” inaugural do metrô de São Paulo, cuja empresa responsável completa 50 anos nesta terça-feira, 24.

A Companhia do Metropolitano de São Paulo foi fundada pelo prefeito Faria Lima em 24 de abril de 1968, em plena ditadura militar. Mas a discussão sobre uma rede de transporte subterrâneo vem desde o fim do século 19 – Londres, na Inglaterra, era a grande referência.

Ainda hoje, metroviários amantes da história da empresa guardam, na memória e em arquivos, as origem da rede. O primeiro projeto foi idealizado pelo engenheiro Felipe Antônio Gonçalves e finalizado em 1906. “Ele tinha conseguido, com a Câmara Municipal, autorização para explorar o subterrâneo da cidade”, afirma o historiador Ayrton Camargo, funcionário do Metrô de São Paulo.

Camargo compilou nove traçados estudados por governos e empresas privadas antes de o projeto oficial ser lançado – o que só ocorreu depois da primeira Pesquisa Origem-Destino da cidade, que identificou as reais demandas de transporte público da capital paulista e vem sendo realizada a cada década (atualmente, a empresa está realizando a sexta edição do estudo). A pedido da reportagem, os projetos foram repassados para apresentar a história da empresa.

Primeiro esboço

O plano de Gonçalves circulava toda a capital da época. Era uma cidade de 240 mil pessoas. Mas o projeto esbarrou na Light, uma gigante da época, que distribuía energia, gás, cuidava da rede de bondes e detinha o monopólio do transporte elétrico. Segundo Camargo, com ajuda da Prefeitura, a empresa conseguiu fazer o projeto de Gonçalves não prosperar.

Mas o historiador conta que a própria empresa terminou por fazer uma proposta de metrô: apresentada em 1927, a rede tinha traçados que poderiam lembrar parte do que hoje são as linhas 1-Azul, 3-Vermelha (entre o centro e a então zona leste da época, o bairro da Penha) e a Linha 4-amarela.

Segundo o historiador, a empresa decidiu fazer seu plano como resposta às críticas que os bondes sofriam naqueles anos. O momento da apresentação foi durante a renovação dos contratos de concessão. “A tarifa ficou congelada em 200 réis por um longo período, o que sucateou os bondes”, afirma.

No caso do plano da Light, foi o contexto político que engavetou a proposta. Camargo lembra as turbulências do período: a Revolução de 1930, a Revolução Constitucionalista de 1932 e o Estado Novo, em um litígio com o governo federal que duraria até 1945, como motivo da não implementação.

Defensor do transporte de massa, o historiador aponta como “vilão” um personagem que entrou para a história como um dos grandes urbanistas da cidade. Francisco Prestes Maia, prefeito indicado para o cargo entre 1938 e 1945, era um ferrenho crítico dos bondes e defensor das rodovias – e dos ônibus. “Ele não gostava dos bondes”, diz Camargo.

Assim, foi só após a sua saída do poder que as discussões ganharam força. Entre os anos de 1940 e 1960, cinco novas propostas foram discutidas na cidade. Uma delas, feita sob encomenda de um escritório francês, propunha uma rede de 40 quilômetros e também guardava semelhanças com a rede atual.

O Metrô

A decisão de se criar o metrô, entretanto, só foi tomada em 1967, já na ditadura militar. O prefeito (eleito) era o brigadeiro Faria Lima. Ele foi beneficiário de uma reforma tributária que engordou os cofres públicos. No discurso que marcou a criação da empresa, destacou que o custo de implementação do Metrô consumiria 11 orçamentos anuais da Prefeitura. Mas que, naquele 1968, seria necessário apenas um orçamento – os altos custos terminaram fazendo o governo estadual assumir a empresa.

O traçado inicial saiu após a primeira Pesquisa Origem-Destino, de 1967, que apontou os reais deslocamentos na cidade. “A pesquisa é feita até hoje e, com ela, podemos calcular a demanda de cada estação com precisão”, diz o diretor de planejamento e expansão dos transportes metropolitanos do Metrô, Alberto Epifani – ele mesmo um estagiário na época. No primeiro ano de operação comercial, em 1974, a média era de 3 mil passageiros por dia. Hoje, é de 4,5 milhões. 


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