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sábado, novembro 23, 2024

Doria diz que há interesse de 2 empresas em comprar fábrica da Ford










O governador disse que tem boa perspectiva de encontrar uma solução para a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)


Cidade

O governador João Doria disse, nesta quinta-feira (23), que duas empresas estão interessadas em comprar a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo. Doria reuniu-se hoje com o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, com quem discutiu, entre outros temas, o fechamento da fábrica em uma reunião fechada.

“Conversamos sobre vários temas, como investimentos do setor privado em São Paulo, especificamente da indústria automobilística. Anunciamos os novos investimentos da General Motors, da Scania, da Honda e da Toyota. E temos a boa perspectiva de encontrar uma boa solução para a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo. A nossa expectativa é que até o final do mês de junho teremos uma posição definitiva com relação à venda da fábrica”, disse Doria, sem revelar o nome da empresa que deve comprar a fábrica da Ford. Segundo ele, duas empresas, entre elas a Caoa, estão interessadas na compra da fábrica. A outra interessada, informou Doria, prefere manter o anonimato.

O chairman e fundador da Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, também participou da reunião. Por meio de nota, ele não escondeu seu interesse na planta da montadora norte-americana. “Temos investido intensamente no setor automotivo para consolidar nossos sonhos e intenções de elevar e expandir a imagem da indústria automotiva brasileira para que ela seja reconhecida e admirada além de nossas fronteiras”, disse em nota. Além dos investimentos do setor automobilístico, Doria disse que tratou com o ministro também sobre a criação de 11 polos para incentivar a produção industrial.

 





Doria articula com DEM para disputar o governo do Estado de São Paulo (Foto: Reprodução/Rede Social)


Política

Doria negocia com DEM, mas ala tucana tenta impedir candidatura

Após se aproximar do PSD, o prefeito João Doria investe agora no apoio do DEM para uma eventual candidatura pelo PSDB ao governo de São Paulo. A negociação partidária, que envolve o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM-BA), ocorre à revelia do governador Geraldo Alckmin e no momento em que uma ala tucana tenta adiar as prévias paulistas da legenda para maio.

Com o adiamento das prévias, o prefeito seria forçado a deixar o cargo para entrar na disputa interna. Pela legislação, os políticos que forem concorrer nas eleições deste ano devem renunciar até o dia 7 abril.

Doria e Maia conversaram sobre a sucessão em São Paulo no avião do prefeito, durante um voo entre Rio e Salvador na terça-feira de carnaval. Ao chegar à capital baiana, eles se juntaram ao prefeito ACM Neto. Questionado sobre o encontro, Maia disse que a palavra final sobre uma eventual aliança em São Paulo será do diretório regional do DEM.

O prefeito deve almoçar no sábado com o secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia, pré-candidato do DEM ao governo, e com dirigentes paulistas da sigla. A ideia é oferecer a Garcia a vaga ao Senado. Por essa configuração, o presidente licenciado do PSD, ministro Gilberto Kassab, seria o vice de Doria na chapa e o chanceler Aloysio Nunes (PSDB), o segundo candidato ao Senado. A movimentação de Doria incomodou aliados de Alckmin.

O governador tenta evitar um racha em sua base na campanha pelo Palácio dos Bandeirantes. Pré-candidato à Presidência, Alckmin não descarta convidar o vice-governador Márcio França (PSB), que deve assumir em abril o governo e disputar a reeleição, para se filiar ao PSDB e ser o candidato único da coalizão governista. Tucanos paulistas ventilam ainda a possibilidade de acrescentar uma cláusula ao estatuto da legenda que tornaria todos os detentores de cargo executivo candidatos “natos” à reeleição – ou seja, sem a necessidade de disputar prévias.

 







Doria deve se candidatar ao Governo de São Paulo (Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo)


Opinião

Editorial: Novo prefeito, não necessariamente novo programa de governo

O prefeito João Doria, embora ainda mantenha silêncio sobre a questão, está de partida precocemente da prefeitura de São Paulo. O caminho que pavimentou lentamente, e de forma muito bem pensada, pode – se tudo sair como planejou – levá-lo do Palácio Anhangabaú, sede do poder Executivo paulistano, para o Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador deste Estado. Desta forma, em se confirmando, a Capital deve se preparar para mudanças, ainda que sutis, nos rumos da sua administração pública.


Doria terá até 7 de abril, conforme prescreve o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para abrir mão do seu cargo atual, para o qual foi eleito em primeiro turno com 3.085.187 votos. Passará a batuta para seu vice, Bruno Covas. Assim, o neto do ex-governador Mário Covas poderá vir a ter dois anos e oito meses à frente da Prefeitura da maior cidade do País. Já o futuro do atual mandatário dependerá do resultado das urnas. Se for bem-sucedido no pleito estadual, sentará na cadeira que hoje é ocupada pelo seu padrinho político, Geraldo Alckmin. Se não for, não poderá reaver a Prefeitura, conforme a reza a lei eleitoral, e terá de repensar sua trajetória política.


A pergunta que parte da população deve fazer é se a esperada troca de cadeiras no Executivo municipal é boa ou não para a cidade. Teoricamente, pelo fato de o partido de prefeito e vice ser o mesmo – o PSDB – não deve haver descontinuidade das políticas públicas. Afinal, boa parte dos cidadãos se sentiria traída se, a esta altura do “campeonato”, fossem colocadas em prática mudanças que fogem ao programa de governo escolhido por ela durante a eleição de 2016. Mas, inteligente que é, o jovem Covas sabe muito bem disso e já conta os dias para herdar aquilo que lhe é de direito. A julgar por sua bem-sucedida trajetória, tem potencial para tirar proveito de sua nova posição, trabalhando duramente para valorizar seu passe e projetar seu nome. Quem sabe, na hora certa e com a sensação de dever cumprido, deixará o prédio ao lado do Viaduto do Chá para voos ainda mais altos.

Prefeitura fecha 668 buracos por dia na Capital

A Prefeitura de São Paulo fechou, somente no ano passado, 668 buracos por dia. O número é pouco mais de 22% superior ao registrado em 2016, quando foram tapadas, em média, 545 crateras ao dia. A Secretaria das Prefeituras Regionais não informou quanto foi gasto com o serviço nesses dois anos analisados.


O professor do departamento de engenharia civil do Centro Universitário FEI, Creso Peixoto, explicou que a ocorrência de buracos tem a ver com a absorção de água. “Quando há infiltração, a capa asfáltica não responde como deveria quando os carros forçam as camadas”, afirmou.


De acordo com a professora de engenharia Maria Emília da Silva Oliveira, da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas, vários fatores causam um buraco e a volta dele após um conserto. “Falta de manutenção, má qualidade dos materiais de reparo e mão-de-obra má qualificada estão entre eles”, disse. “As operações tapa-buraco são métodos paliativos”, ressaltou.


O engenheiro civil Marcos Timóteo, professor da Universidade de Guarulhos, concordou. “O tapa-buraco de hoje não é efetivo. Muitas vezes, eles são feitos duas ou três vezes no mesmo local ao longo de um ano”, disse.


Para Maria Emília, só há uma solução para acabar com o problema: o recapeamento. “Tem que se tirar as camadas que compõe o asfalto hoje e começar de novo, como se fosse a primeira vez”, afirmou

Doria diz que “não há mal nenhum” na filiação de França ao PSDB

Durante passagem pelo carnaval de Salvador na terça-feira, 13, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), reafirmou que o seu partido terá candidato próprio nas eleições deste ano. O tucano disse ainda que “não há nenhum mal” o vice-governador de São Paulo Márcio França se filiar à legenda e participar do processo de disputa interna pela vaga para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. “Se o vice quiser se filiar ao PSDB, não há nenhum mal”, afirmou Doria.

Entretanto, o prefeito da capital paulista defendeu a realização de prévias dentro do partido tanto para eleições estaduais quanto federal. “Sou filho das prévias. É bom, é saudável”, pregou, acrescentando que o ideal é que as prévias se realizem simultaneamente em São Paulo e nos demais Estados”.

Coletiva DORIA Carnaval de rua 2018

Crédito: Lucas Dantas

O tucano também disse que não fará oposição ao atual vice-governador, caso este lance candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. França tem sido cotado para ser o candidato de atual governador Geraldo Alckmin, também do PSDB.

Acompanhando o prefeito paulista na folia baiana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que só vai decidir sobre uma eventual candidatura à Presidência da República “entre março e junho”. E lembrou que o DEM conta com outros nomes importantes e em condições de disputa para a vaga. “Acho que essa eleição está aberta. Aquele que conseguir organizar politicamente um campo vai ter chance de ganhar”, afirmou.


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