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Editorial: O Mecanismo do STF pode impedir a festa de alguns condenados
O Supremo Tribunal Federal (STF) só julga nesta quarta-feira o habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este “remédio” constitucional visa à manutenção da liberdade do petista (já condenado há mais de 12 anos pelo TRF-4) até que todos os recursos sejam julgados pela Justiça.
Mas, ainda nesta terça à tarde, entidades de advogados, juristas e defensores públicos entregaram à Corte um abaixo-assinado defendendo que ninguém seja considerado culpado enquanto não forem esgotadas todas as possibilidades de defesa. Entre aqueles que subscreveram o documento estava Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado de Paulo Maluf.
Quase que simultaneamente, foi a vez dos membros do Ministério Público e do Poder Judiciário também baterem à porta do STF para, também, apresentarem o seu documento, com mais de 5 mil assinaturas, mas este a favor da prisão de condenados em segunda instância.
Entre os assinantes estavam o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol e o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Evidentemente, a máxima instância do Judiciário brasileiro não se deixa influenciar por este ou aquele berro. Mas, por outro lado, os 11 juízes sabem da influência que suas decisões têm sobre os rumos políticos do Brasil.
Amanhã é mais um dia de decisão, do tipo que paralisa o País. Principalmente para os figurões que clamam para o Supremo fazer justiça conforme a ocasião e os interesses em jogo. E não é só Lula o interessado. Muitos condenados da Lava Jato podem se beneficiar com a mudança da jurisprudência.
Tem ainda Eduardo Cunha, Antônio Palocci, Sérgio Cabral, que fazem coro para que o STF opte pelo retrocesso, que só vigorou na história judiciária brasileira entre 2009 e 2016, por submissão de nossos magistrados a interesses estranhos ao conceito de justiça. Se isso mais uma vez prevalecer – como na série de sucesso da Netflix, “O Mecanismo” – haverá comemoração no Complexo da Papuda, em Brasília, no Complexo-Médico Penal, em Curitiba, e, porque não, no edifício Hill House, em São Bernardo do Campo.
Netflix anuncia a 3ª parte de “La Casa de Papel”
Após liberar a segunda parte da série La Casa de Papel no último dia 6, a Netflix anunciou na manhã desta quarta-feira, 18, a terceira parte da produção.
Em um vídeo curto com as presenças dos atores Miguel Herrán (Rio), Alba Flores (Nairóbi), Jaime Lorente (Denver) e Álvaro Morte (Professor), a empresa deixa claro que o “maior roubo da história” não acabou e que os fãs da série só poderão acompanhar a continuação da história na própria Netflix. Veja o vídeo:
La Casa de Papel fez tanto sucesso no Brasil que até um youtuber pernambucano fez uma pegadinha inspirada na série. Ele chegou a ser detido pelo ato.
Saiba quem é quem em “O Mecanismo”
Lançada há menos de uma semana, a série “O Mecanismo”, produção original da Netflix, já causou polêmica e furor nas redes sociais. Baseada em fatos reais, a obra retrata as investigações da Operação Lava Jato, com personagens semelhantes aos que estão envolvidos com o maior escândalo de corrupção do Brasil.
O diretor José Padilha, ao lado de Elena Soárez, criou o drama em que Marco Ruffo (Selton Mello), delegado aposentado da Polícia Federal, está obcecado pela investigação da Lava Jato. Ele é inspirado em Gerson Machado, assim como sua assistente, a delegada Verena Cardoni, baseada em Erika Marena.
Na internet, os espectadores reclamaram que os personagens têm nomes diferentes dos reais e que algumas falas estão atribuídas a pessoas diferentes da investigação real. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) criticou a série, em carta aberta, dizendo que Padilha propaga fake news. “O cineasta incorre na distorção da realidade e na propagação de mentiras de toda sorte”, disse.
Em resposta, o criador de Narcos e Tropa de Elite disse à Folha de São Paulo que a série é uma obra-comentário e que, na abertura de cada capítulo, está escrito que os fatos estão dramatizados. “Se a Dilma soubesse ler, não estaríamos com esse problema”, afirmou o diretor.
Conheça os personagens
João Higino – Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República
Janete Ruscov – Dilma Rousseff, ex-presidente da República
Paulo Rigo – Sérgio Moro, juiz federal
Roberto Ibrahim – Alberto Youssef, doleiro e empresário
João Pedro Rangel – Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras
Samuel Thames – Michel Temer, presidente da República
Tony – João Santana, marqueteiro político
Ricardo Brecht – Marcelo Odebrecht, empresário
Lorival Bueno – Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS
Marco Ruffo – Gerson Machado, delegado aposentado da Polícia Federal
Verena Cardoni – Erika Marena, delegada da Polícia Federal
Wilma Kitano – Nelma Kodama, empresária
Mário Garcez Brito – Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça (falecido em 2014)
Maria Tereza – Maria Lúcia Tavaes, ex-secretária do grupo Odebrecht
Agente China – Newton Ishii, agente da Polícia Federal
Dimas Donatelli – Deltan Dallagnol, procurador da República
Empresas são baseadas na realidade
Petrobrasil – Petrobras
OSA – OAS
Miller&Brecht – Odebrecht
TR Distribuidora – BR Distribuidora
Banco Brasileiro – Banco do Brasil
Banco do Estado – Banco Banestado
Tony Auad: Novelas brasileiras não fazem o mesmo sucesso no exterior
Hoje eu inicio a minha coluna comentando porque as novelas brasileiras não fazem o mesmo sucesso no exterior. O último fenômeno internacional produzido pela Globo foi Avenida Brasil. Na última década, países como Argentina e Portugal reduziram a importação das novelas brasileiras.
O motivo desse resultado foi a audiência insatisfatória. Em decorrência disso, as emissoras internacionais passaram a investir em produções próprias, que em nada ficam a dever em qualidade artística ao produto brasileiro, que vem perdendo esse mercado gradativamente.
Exibida em 2012, Avenida Brasil ganhou destaque com a vilã Carminha, interpretada por Adriana Esteves. Já a Record TV conseguiu boa repercussão internacional, especialmente em vizinhos latinos, com Os Dez Mandamentos, não só pelo belo trabalho de produção, como pelo bom roteiro apresentado.
Antes, as telenovelas brasileiras reinavam absolutas, não apenas por serem um entretenimento interessante, mas também pela falta de concorrência. Hoje, os canais pagos e os serviços de streaming, como o Netflix e o Amazon, oferecem séries arrebatadoras, capazes de fidelizar o telespectador e fazê-lo esquecer sua novela na TV aberta.
Alguns títulos antigos, como Senhora do Destino, exibida em 2004 na Globo, ainda se destacam mundo afora. A trama faz muito sucesso atualmente no Chile e em Portugal. Porém, já se tem uma ideia que o público não tem mais paciência para acompanhar diariamente um folhetim com 200 episódios.
Com isso, existe uma tendência identificada em vários polos de produção de novelas: a redução do números de capítulos. Por outro lado, pode-se observar que as produções brasileiras feitas por SBT e Record não vêm obtendo grandes resultados de audiência porque perdem em qualidade para a Globo, que inova a cada história de seus autores.
A Globo foi surpreendida com o vazamento de fotos nuas da atriz Paolla Oliveira. Essas fotos ilegais foram feitas em um set de gravação em São Paulo e divulgadas em redes sociais. A diretoria da emissora prometeu não poupar esforços para que sejam identificados os culpados e aplicadas as punições previstas em lei.
A direção geral da emissora afirmou que repudia, com veemência, esse tipo de abuso, que atenta contra os direitos da atriz e viola a privacidade de seus ambientes de trabalho. Um boletim de ocorrência foi aberto e as autoridades competentes foram informadas.
Frase final: “Os primeiros passos são inúteis quando não se percorre o caminho até o fim.”
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