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sábado, abril 20, 2024

Estado tem 96 barragens com risco de colapso










Moradores do bairro de Perus admitiram que não bem o que fazer em caso de rompimento de barragem (Foto: Reprodução/TV Globo)


Cidade

O Estado de São Paulo tem 96 barragens com risco de colapso, de acordo com o último Relatório de Segurança de Barragens (RSB), elaborado pela Agência Nacional de Águas (ANA) em 2017. Destas, 89% são hidrelétricas, que geram energia a partir da movimentação de água. Considerando risco médio ou alto, são 12 registros no documento (duas com risco alto e o restante com médio).

De acordo com o engenheiro Paulo Afonso Luz, professor do Mackenzie e especializado em Geotecnia, apesar de esta ameaça existir, é muito mais difícil ver uma hidrelétrica romper. “Este equipamento é como a galinha dos ovos de ouro da empresa. Elas normalmente cuidam muito mais, porque é dali que tiram seu sustento”, disse.

Por isso, casos como o rompimento da barragem de rejeitos de minério, administrada pela Vale, em Brumadinho (MG), ocorrido na semana retrasada, são mais comuns. “Os rejeitos não são a obra-prima de uma mineradora. É um espaço em que eles depositam o resto, o que sobrou da mineração. Portanto, infelizmente, acabam deixando o monitoramento de lado”, explicou o especialista.

Segundo a bióloga Natália Barom, professora da UNG e consultora ambiental, as mineradoras despejam seus rejeitos em barragens porque este processo é mais barato. No entanto, já há métodos de descarte menos danosos ao meio ambiente. “Cabe a nós, cidadãos, e aos órgãos públicos pressionarmos as empresas para que elas não analisem apenas a viabilidade econômica, mas que elas também levem em consideração a segurança da população, de uma cidade inteira”, destacou.

Ainda de acordo com Natália, em outros países, há áreas de contenção de rejeitos, entre os rios e as barragens, justamente, para evitar desastres como o de Brumadinho. “Estas áreas são importantes para resguardar a sociedade como um todo”. A especialista também afirmou que, no Brasil, não conseguimos “acabar” com as barragens “do dia para a noite”.

“O que podemos fazer hoje é corrigir as ações de prevenção. Não conseguimos eliminar as barragens, mas poderíamos aproveitar o material sólido que fica acumulado para uma utilização ambiental mais adequada. Ele poderia ser empregado na construção civil ou até mesmo reciclado”, exemplificou.

Contenção de rejeitos de minério também traz risco à Capital

O relatório da ANA mostra que duas barragens, ambas de contenção de rejeitos de minério, estão localizadas na cidade de São Paulo, no bairro de Perus, Zona Norte da Capital. A fiscalização é da Agência Nacional de Mineração. A primeira, de risco baixo, serve à Pedreira Juruaçu e é administrada pela Embu Engenharia e Comércio. O dano potencial associado, caso ela se rompa, é alto.

À reportagem, a Embu informou que “a operação e a manutenção dessa estrutura são feitas de acordo com as exigências legais e técnicas estabelecidas na Política Nacional de Segurança de Barragens” e que “o monitoramento da barragem se dá com instrumentação, vistorias e análises interpretativas dos dados”.

A outra barragem localizada na Capital é a de Clarificação, administrada pela Territorial São Paulo Mineração. O risco de colapso é médio e o dano potencial associado é alto. Nem a empresa, nem a ANM responderam aos questionamentos do Metrô News.

Moradores de Perus não sabem o que fazer em caso de colapso

O comerciante Haffyler Sheldon, que possui duas lojas no bairro de Perus, afirmou ao Metrô News que não há qualquer treinamento para a vizinhança sobre como agir em caso de rompimento de alguma das barragens localizadas na região. “Em 2017, houve boatos de que estávamos correndo risco. Mas ninguém falou mais nada. As empresas nunca nos procuraram para dizer o que fazer em caso de um colapso. A gente fica vendo a situação de Brumadinho pela televisão e com muito medo do que pode acontecer aqui”, comentou o rapaz.

Ele disse não saber se há sirenes de alerta para que a vizinhança possa se proteger em caso de rompimento. Outra comerciante, em condição de anonimato, falou que se sente insegura no bairro. “Parece que estamos numa situação pré-desastre, porque ninguém aqui sabe como agir se algum problema acontecer”.

SP tem 66 barragens de mineração

No Estado, segundo a ANM, existem 66 barragens de mineração cadastradas. Na Grande São Paulo, são nove. Além das duas já citadas na Capital, há três em Santa Isabel, duas em Mogi das Cruzes, uma em Guararema e uma em São Lourenço da Serra.

A mineração de argila e granito é diferente da de ferro, como a que era realizada em Brumadinho, e oferece menos risco, segundo o engenheiro Paulo Afonso Luz. “A velocidade de mineração é muito mais baixa. Por isso, normalmente, o perigo só aumenta porque há uma possibilidade alta de dano ambiental”, explicou.

Confira quais são as barragens com risco de colapso na Capital

Nome da barragem

Finalidade

Bairro

Administração

Fiscalização

Risco

Dano

Clarificação

Contenção de rejeitos de minério

Perus

Territorial São Paulo Mineração

Agência Nacional de Mineração

Médio

Alto

Pedreira Juruaçu

Contenção de rejeitos de minério

Perus

Embu Engenharia e Comércio

Agência Nacional de Mineração

Baixo

Alto

 

Veja quais são as barragens com risco médio ou alto de rompimento no Estado

Nome da barragem

Finalidade

Local

Administração

Fiscalização

Risco

Dano

PCH Atibaia

Recreação

Atibaia

Consorcio Condomínio Empresarial Atibaia

Agência Nacional de Águas

Médio

Alto

Barragem Lago Hotel Bocaina

Recreação

Bananal

Nova Suíça Empreendimentos Turísticos e Hoteleiros

Agência Nacional de Águas

Médio

Alto

São Pedro

Hidrelétrica

Itu

Eletricidade São Pedro

Agência Nacional de Energia Elétrica

Médio

Alto

Americana

Hidrelétrica

Americana

Jayaditya Empreendimentos e Participaçõe

Agência Nacional de Energia Elétrica

Alto

Alto

Pirapora

Hidrelétrica

Santana de Parnaíba

Pirapora Energia

Agência Nacional de Energia Elétrica

Médio

Alto

Três Irmãos

Hidrelétrica

Andradina

Tijoa Participações e Investimentos

Agência Nacional de Energia Elétrica

Médio

Alto

Paranapanema

Hidrelétrica

Piraju

Enel Green Power Paranapanema

Agência Nacional de Energia Elétrica

Médio

Alto

Salesópolis

Hidrelétrica

Salesópolis

Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo

Agência Nacional de Energia Elétrica

Médio

Alto

São Valentim

Hidrelétrica

Santa Rita do Passa Quatro

Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo

Agência Nacional de Energia Elétrica

Alto

Baixo

Henry Borden

Hidrelétrica

Cubatão

Empresa Metropolitana de Águas e Energia

Agência Nacional de Energia Elétrica

Médio

Alto

Ouro Branco Oeste

Contenção de rejeitos de minério

Salto de Pirapora

Mineração Ouro Branco Salto de Pirapora

Agência Nacional de Mineração

Médio

Alto

Clarificação

Contenção de rejeitos de minério

São Paulo

Territorial São Paulo Mineração

Agência Nacional de Mineração

Médio

Alto

 

Consequências podem atingir a economia brasileira

A tragédia de Brumadinho, além de proporcionar diversas mortes e uma crise ambiental na região, pode trazer consequências gravíssimas para a economia brasileira. Segundo a economista Cristiane Mancini, professora das Faculdades Rio Branco, a mineração brasileira representa 4,5% do Produto Interno Bruto e a produção de minério de ferro é 86% exportada, sendo o 2º produto brasileiro mais exportado, atrás apenas da soja. “A Vale é responsável por quase 74% dessa produção. É uma empresa de capital aberto, em que os investidores diariamente compram e vendem suas ações”, explicou a especialista.

A partir do momento em que uma empresa desta dimensão e importância é responsável por algum dano econômico, social ou ambiental, a confiança dos investidores é abalada. “Eles ficam receosos. O País todo perde credibilidade. É uma questão que ocorreu pela segunda vez, então é muito prejudicial, também, para a nossa economia”, falou.

No ano passado, pela primeira vez desde 2014, o País voltou a gerar empregos. Isso pode ser afetado pela tragédia, segundo a economista. 




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Padre ficou conhecido pelo bordão “isso non ecziste” (Foto: Reprodução/Youtube)


Nacional


Famoso por desvendar mistérios na TV e pelo bordão “isso non ecziste”, Oscar Gonzalez Quevedo Bruzan, conhecido Padre Quevedo, morreu aos 88 anos, na madrugada desta quarta-feira, 9, em Belo Horizonte, com problemas cardíacos.

Jesuíta espanhol radicado no Brasil, o religioso chegou a ter um quadro chamado “O Caçador de Enigmas”, no Fantástico, da TV Globo, entre janeiro e maio de 2000. Nele, o padre desmascarava  fenômenos da natureza e charlatões, que, segundo palavras dele, escritas no Portal G1, “usavam a mentalidade mágica que envolve os fenômenos parapsicológicos para iludir as pessoas”. 

 







Zema derrotou Antônio Anastasia, do PSDB (Foto: Reprodução/Facebook)


Nacional


O candidato do partido Novo, Romeu Zema, será o novo governador de Minas Gerais a partir de 2019. O postulante derrotou o senador Antônio Anastasia, do PSDB. Após surpreender no primeiro turno, Zema se manteve na liderança da disputa do segundo turno, que foi marcada por diversos ataques entre os candidatos. Com 77,14% dos votos apurados, Zema está matematicamente eleito, com 71,40% dos votos válidos. Anastasia tem 28,60%.

Em sua primeira disputa eleitoral, Zema procurou se colocar como alternativa para “os mesmos políticos de sempre” e se apresentou como gestor. Sua principal proposta é promover um enxugamento da máquina pública, com corte de cargos, secretarias e privilégios. Em um Estado onde os salários dos servidores são escalonados, o candidato assinou um compromisso, em cartório, de que só receberá o salário de governador, após todos os servidores terem recebido.

Analistas políticos ouvidos pela reportagem afirmam que a eleição de Zema se explica por um desgaste à polarização entre PT e PSDB, partidos que comandaram o Estado nos últimos 16 anos, o que abriu margem para uma busca de uma candidatura que representasse a “renovação”. “Renovação esta que não possui um conteúdo político determinado, mas que expressa a vontade da população em superar as crises”, afirmou o pesquisador do Centro de Estudos Legislativos da UFMG, Lucas Cunha.

Para o professor de Ciências Políticas da PUC-MG, Malco Camargos, a marca da campanha eleitoral em Minas foi a busca por uma terceira via, e o empresário de Araxá se impulsionou pela ausência de outras forças alternativas. “É uma vitória anti-sistêmica. O Zema é alguém que se considerou de fora da política e agora vem trazer sua experiência para promover a boa política”, afirmou.

A partir de 2019, Romeu Zema terá como principal desafio resolver a grave crise financeira que assola o Estado mineiro, que está em situação de calamidade financeira desde dezembro de 2016, e herdará um orçamento com previsão de déficit de R$ 11,4 bilhões. O governo de Minas também tem uma dívida com as prefeituras mineiras estimada em R$ 9,4 bilhões pela Associação Mineira de Municípios.

Além da questão financeira, Malco Camargos acredita que o candidato vitorioso terá dificuldades em conseguir apoio na Assembleia Legislativa, já que conseguiu eleger três deputados e propõe uma forma diferente de governar, que não envolveria negociações com bancadas, mas sim com cada parlamentar. “Vai ser um cenário de negociação individual, que traz incertezas, e não dá para prever o que cada deputado vai querer”, analisa o cientista político.

Empresário de 54 anos, Romeu Zema nasceu em Araxá, na região do Triângulo Mineiro, e comandou por mais de 15 anos o Grupo Zema, empresa familiar que atualmente tem mais de 850 estabelecimentos em nove Estados brasileiros e que é composto por lojas de eletrodomésticos, distribuição de combustíveis, concessionárias e financeiras.

 







Jair Bolsonaro foi carregado depois de ser esfaqueado (Foto: Fábio Otta/AE)


Nacional



Após confusão em Juiz de Fora (MG), a agenda de Jair Bolsonaro (PSL) é interrompida depois de o candidato ser esfaqueado. O candidato à Presidência foi levado para o hospital. De acordo com Flavio Bolsonaro, filho do presidenciável, o ferimento foi superficial e o candidato do PSL passa bem.

“Jair Bolsonaro sofreu um atentado agora em Juiz de Fora, uma estocada com faca na região do abdômen. Graças a Deus, foi apenas superficial e ele pesa bem. Peço que intensifiquem as orações por nós!”, escreveu Flávio Bolsonaro no Twitter.

O agressor foi detido, segundo a Polícia Federal. Ele foi identificado com Adelio Bispo de Oliveira, tem 40 anos é natural de Montes Claros (MG). A PF vai instaurar inquérito para apurar a agressão.

Antes do ataque, tumultos, tensão e bate-boca marcaram a visita do presidenciável ao hospital filantrópico da Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer (Ascomcer) e também um almoço com o candidato em um hotel em Juiz de Fora, Minas Gerais, nesta quinta-feira, 6.

Pacientes idosos em tratamento contra a doença tiveram dificuldade para entrar na unidade, devido a um cordão de isolamento feito por integrantes de um movimento conservador da cidade. Vestidos de preto, eles se diziam policiais e afirmavam fazer “segurança voluntária” do candidato.

Veja o que o disse alguns candidatos à Presidência: 

João Amoêdo (Novo)

“Independentemente de divergências políticas, não é possível aceitar nenhum ato de violência”.

Geraldo Alckmin (PSDB)

“Política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio. Qualquer ato de violência é deplorável. Esperamos que a investigação sobre o ataque ao deputado Jair Bolsonaro seja rápida, e a punição, exemplar. Esperamos que o candidato se recupere rapidamente”.

Marina Silva (Rede)

“A violência contra o candidato Jair Bolsonaro é inadmissível e configura um duplo atentado: contra sua integridade física e contra a democracia. Este atentado deve ser investigado e punido com todo rigor. A sociedade deve refutar energicamente qualquer uso da violência como manifestação política”. 

Álvaro Dias (Podemos)

“Eu repudio todo e qualquer ato de violência. Por isso a violência nunca deve ser estimulada. Eu não estimulo”.

Guilherme Boulos (PSOL)

“Soube agora do que ocorreu com Bolsonaro em Minas. A violência não se justifica, não pode tomar o lugar do debate político. Repudiamos toda e qualquer ação de ódio e cobramos investigação sobre o fato”

 






Motorista se aproximava do ponto final quando foi rendido (Foto: Reprodução/TV Globo)


Nacional



Um motorista de ônibus teve 60% do corpo queimado durante um incêndio provocado por criminosos no coletivo que conduzia por volta das 23 h de domingo, 22, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O Estado tem sido alvo de série de incêndios a ônibus desde o mês passado. Ordem teria partido do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo informações da Polícia Militar, o motorista está internado no Hospital de Pronto Socorro João XXIII e seu estado de saúde é estável.

O ônibus fazia a linha 7150, que liga o bairro Novo Riacho, em Contagem, a Belo Horizonte, e se aproximava, sem passageiros, do ponto final na cidade vizinha à capital quando foi obrigado a parar. A PM não tem o número exato de homens que abordaram o motorista.

Os criminosos não deram tempo para que quem estivesse dentro do veículo descesse do ônibus. Um veículo Palio de cor escura foi usado na fuga. A polícia iniciou buscas, mas ninguém havia sido preso até a manhã deste segunda-feira, 23.

Presídios

Na sexta-feira, 20, outro ônibus já havia sido queimado no Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, por três homens armados, que entraram no veículo na altura do Viaduto São Francisco e anunciaram que o coletivo seria queimado por causa de maus tratos a detentos de presídios do Estado.

Motorista e passageiros desceram e os homens atearam fogo ao ônibus. No incêndio deste domingo, não houve anúncio pelos criminosos do suposto motivo para queima do veículo.

PCC

Em junho, cerca de 300 viagens foram suspensas durante a madrugada em Belo Horizonte após a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal receberem ameaças de ataques a ônibus.

Conforme revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, a série de ataques iniciada no começo de junho foi ordenada pelo PCC.

Após a interrupção das linhas, o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil (PHS), e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), se reuniram para discutir estratégias contra os atos de vandalismo. À época, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra) sinalizou que pediria a suspensão das viagens em casos de novos incêndios.

 







Ex-governador começa a cumprir pena de 20 anos e um mês (Foto: José Cruz/ Agência Brasil)


Nacional


O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), acaba de formar maioria rejeitando o último recurso cabível contra a condenação do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo a 20 anos e um mês de prisão por participação no mensalão mineiro. Até o momento três dos cinco desembargadores responsáveis pelo julgamento apresentaram voto. Os magistradas determinaram ainda emissão imediata de mandado de prisão contra o tucano.

Segundo a sentença de Azeredo em primeira instância, o início do cumprimento da pena deve ocorrer esgotada a possibilidade de recursos na Justiça do Estado. O ex-governador completa 70 anos em setembro. Nessa idade está prevista a prescrição da pena, que leva em consideração datas como a da apresentação da denúncia. A condenação de Azeredo a 20 anos e um mês de cadeia é por peculato e lavagem de dinheiro.

Segundo denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Azeredo foi um dos principais articuladores do esquema, que, ainda conforme a promotoria, funcionava retirando recursos de estatais como o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), e os repassava para a campanha pela reeleição de Azeredo, em 1998. Na disputa, o tucano foi derrotado por Itamar Franco. O esquema, segundo o MP, utilizava agências de publicidade de Marcos Valério para a movimentação dos recursos.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo antes do julgamento, Azeredo disse se sentir injustiçado. “Nunca cometi nenhum crime. A população de Minas Gerais conhece minha vida a fundo. Sou absolutamente inocente”.

Azeredo disse ainda que “inúmeros depoimentos que me inocentaram não foram reconhecidos (no processo). Houve extrapolação da acusação. Irei recorrer à instâncias superiores”. Rejeitaram o recurso, chamado embargos declaratórios, até o momento, os desembargadores Júlio César Lorens, Alexandre Victor de Carvalho e Pedro Vergara.

 







Tucano já era considerado foragido (Foto: Arquivo/ABR)


Nacional



O ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) se entregou à Polícia Civil de Minas Gerais na tarde desta quarta-feira, 23. Por determinação da Justiça, ele não vai para uma prisão comum. O tucano conseguiu na Justiça o direito de ficar preso em unidade da Polícia Militar de Minas Gerais sem a necessidade da utilização de uniforme do sistema prisional do Estado. A decisão é do juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, da Vara de Execuções Penais de Belo Horizonte. A Justiça ainda proibiu o uso de algemas.

Azeredo foi considerado foragido na manhã de quarta-feira, 23. Os defensores do ex-governador e a Polícia Civil negociavam desde a noite da terça-feira, 22, as condições para ele se apresentar após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negar o último recurso cabível na condenação do tucano a 20 anos e um mês de prisão no mensalão mineiro.

No despacho, o juiz da Vara de Execuções Penais afirmou que “a situação é inédita, nunca vista anteriormente em Minas Gerais, ou seja, a prisão de um ex-chefe de Estado. Além de ex-governador, o sentenciado possui vasta participação na vida política nacional por força de democrática escolha popular, sendo inegável o respeito que se deve dispensar a esta vontade, outrora exercida, e por isto mesmo há regramento próprio de proteção a pessoas que desempenharam funções relevantes na República”.

Ainda segundo a decisão, Azeredo tem status de ex-governador de Estado “com repercussão econômica e administrativa em face do cargo que ocupou, o qual lhe deferiu a autoridade máxima de comando sobre a Polícia Civil e Militar de Minas Gerais”.

“É fato notório que as unidades penitenciárias mineiras passam por problemas de toda sorte, sendo que na região metropolitana, as masculinas encontram-se com centenas de pessoas (e em alguns casos milhares) em cumprimento de pena”, diz o magistrado.

Conforme o juiz, “o ex-governador reclama segurança individualizada, bem como tem prerrogativa de manter-se em unidade especial como a Sala de Estado Maior que deverá estar instalada no Comando de Batalhão Militar”.

“Sendo assim, determino ao Senhor Secretário de Estado de Segurança Pública e Administração Prisional que providencie imediatamente junto a Batalhão Militar da Capital, (preferencialmente em unidade de bombeiros, dado ao fluxo menor de pessoas, o que notadamente permitirá maior segurança ao Sentenciado), a referida Sala Especial para cumprimento da Pena”.

O juiz manda ainda que, “a fim de viabilizar o atendimento ao Sentenciado, o Senhor Secretário deverá disponibilizar: ao Comandante do Batalhão, agentes penitenciários para o apoio no acompanhamento carcerário do Sentenciado; o imediato encaminhamento da equipe da superintendência de atendimento ao preso, para cadastramento da família do apenado para visitas”.

“Deverá também cuidar de comunicar ao Comandante do Batalhão onde o Sentenciado cumprirá inicialmente sua pena, e aos demais militares e agentes penitenciários de que: o Sentenciado está dispensado do uso de trajes da Secretaria de Administração Prisional por não estar em unidade gerenciada por ela, podendo, portanto, levar suas próprias roupas, bem como vestuário para banho e cama mínimos para sua dignidade. O Sentenciado fica dispensado de uso de algemas, salvo em situações excepcionalíssimas, devidamente justificadas”.


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