Barça deve diminuir relação com Ronaldinho após ex-jogador apoiar Bolsonaro
Futebol
Depois de se posicionar a favor de Jair Bolsonaro (PSL), na disputa à Presidência da República, o ex-jogador Ronaldinho terá reduzidas suas participações em eventos como embaixador do Barcelona. As informações são do jornal Sport, da Espanha.
De acordo com a reportagem da publicação catalã, o posicionamento surpreendeu o clube pelas “posições extremas e antagônicas aos valores que prega o FB Barcelona”. Os espanhóis dizem que Bolsonaro “prega a homofobia, a misoginia e o racismo” durante seus “mais de 30 anos de carreira política”.
Ronaldinho publicou uma foto com o número 17 em uma camiseta, fazendo referência ao número do candidato, no dia da votação do primeiro turno. Bolsonaro ficou com pouco mais de 46% na disputa e, de acordo pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira, está perto de vencer Fernando Haddad (PT) no segundo turno – ele teria 59% dos votos válidos, contra 41% do rival.
“O FC Barcelona não quer se posicionar publicamente sobre a postura de Ronaldinho”, diz a matéria, mas “as altas esferas do clube decidiram diminuir sua presença em atos institucionais”, afirma. Entre os eventos que Ronaldinho representa o Barcelona estão partidas amistosas anuais.
Outro ex-jogador brasileiro que também deve sofrer “punição” do Barça é Rivaldo, que atuava como atacante. “Ele, que também apoia publicamente Bolsonaro, deve perder cotas de participação nos eventos”, completa o diário.
Toca do Lobo: A República dos Bananas
Numa galáxia não muito distante se encontra a República dos Bananas. De um lado, cercada por terras dominadas por ditadores; do outro, o extenso oceano. Numa possível fuga, ignora-se de qual lado estão os tubarões mais agressivos. Um importante movimento ocorreu na republiqueta em 1984 e, apesar de não narrado por George Orwell, o Big Brother por lá continua no comando até os dias de hoje.
Tudo começou quando um forte Movimento dos Bananas conseguiu exigir que um civil ocupasse o lugar dos militares no poder. O escolhido morreu coincidentemente após a vitória, dando assim lugar a seu vice, um “coroné” de capitania fortemente ligado ao regime anterior. E assim dava-se início ao teatro da democracia e a eterna ascensão dos vices.
O povo votou, literalmente, apenas em 1989, elegendo uma caricatura até então inexpressiva, mas favorita do Big Brother, o que garantiu sua vitória, mas não seu mandato de cinco anos, já que sofreu impeachment e renunciou em 1992, passando o bastão para um sujeito inexpressivo, seu vice. Este teve como ápice de sua gestão um escândalo envolvendo uma modelo não adepta ao uso de vestimentas íntimas, o que na terra do pão e do circo transformou o então presidente num ídolo nacional.
Os próximos dois mandatos de quatro anos foram comandados por um intelectual arrogante de esquerda (pleonasmo?), blindado por todos os lados. Grande articulista das ideias de Gramsci e seu projeto de dominar as massas, o intelectual abriu assim caminho para seu irmão gêmeo malandro, bêbado e semianalfabeto. Por sorte, não mérito, o escolhido ignaro surfou nas ondas de um momento econômico mundial que favorecia a republiqueta, tornando-o um novo messias. Mas se o poder embriaga, imagine então nas mãos de um ébrio?
A corrupção foi dominante e políticos, publicitários, banqueiros e empreiteiros viveram anos de verdadeira glória. Para dar continuidade ao plano, Macunaíma elegeu sua sucessora, uma ilustre desconhecida e incapaz, como a nova “chefa” da maior potência do continente, afundando de vez a nação. O impeachment tardou, mas chegou, e novamente um vice se tornou capitão da nau à deriva repleta de ratos.
Este ano haverá eleição na República dos Bananas e o menu oferece playboys terroristas, comunistas burguesas, coronéis agressivos e autoritários, capitães polêmicos, liberais socialistas, vitimistas, oportunistas, e até um criminoso condenado que mesmo preso quer ser presidente, ignorando as leis vigentes do país. Há bananas que não só acreditam nestes tipos, como brigam para defendê-los com um ar arrogante que só um ignorante possui com maestria.
Ao que parece, bananas padecem da Síndrome de Estocolmo, amando e desejando assim todos que lhes roubam, matam e enganam. A República dos Bananas é apenas uma ficção, não existe, mas na dúvida, cuidado ao eleger os vices.
Pesquisas eleitorais não poderão ser temáticas, segundo TSE
Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram, quinta-feira,1º, uma resolução que determina que pesquisas eleitorais abordem, exclusivamente, questionários com conteúdo relacionado às eleições.
“Nos questionários aplicados ou a serem aplicados nas pesquisas de opinião pública, são vedadas indagações a respeito de temas não relacionados à eleição”, diz a resolução.
Os questionários não poderão conter afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou informação sabidamente inverídica, “sob pena de suspensão de sua divulgação ou de anotação de esclarecimentos”. A decisão unânime foi tomada durante sessão administrativa do TSE.
As eleições deste ano serão realizadas em 7 de outubro. Nesta data, os eleitores irão escolher o novo presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
Lula diz em entrevista que vai brigar até o fim para ser candidato
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quer discutir uma candidatura alternativa à sua na corrida presidencial deste ano, sob alegação de que isso daria como fato consumado que ele estaria fora do páreo. Sua disposição é brigar até o fim.
As afirmações foram feitas em entrevista exclusiva à colunista Mônica Bérgamo, do jornal Folha de S.Paulo. Nela, Lula diz que está preparado para ser preso, mas acredita que será inocentado. “Eu acredito na democracia, eu acredito na Justiça. E acredito que essas pessoas, o juiz Sérgio Moro e os desembargadores, mereciam ser exoneradas a bem do serviço público”, destacou o petista.
Na quarta-feira, 28, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anunciou o adiamento do julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa de Lula, condenado no caso do triplex do Guarujá (SP), que estava marcado para esta quinta-feira, 1º. O julgamento passou para o dia 6 de março, às 13h.
A alteração da data foi comunicada pelo gabinete do ministro relator do pedido de liberdade, ministro Felix Fischer, e foi feita a pedido da defesa do petista em razão de problemas de saúde de seu advogado Sepúlveda Pertence, que faria sustentação oral.
Na entrevista à Folha, Lula diz esperar que o STF – que deverá julgar o habeas corpus no qual sua defesa pede para ele não ser preso – analise o processo, depoimentos e provas e tome uma decisão. “Por isso tenho a crença de que vou ser candidato”, frisou.
Na entrevista, Lula diz que lamenta a postura de seu ex-ministro Antonio Palocci, hoje preso, e que no ano passado, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, citou um “pacto de sangue” entre Lula e a Odebrecht que tinha o foco em um pacote de propinas de cerca de US$ 1 milhão. Para o petista, a história de Palocci se esvaiu com isso. “O Palocci demonstrou gostar de dinheiro. Quem faz delação quer ficar com uma parte daquilo de que se apoderou. Não vejo outra explicação”, argumentou.
Ministro do TSE manda arquivar ação do PT contra Luciano Huck, Faustão e Globo
O ministro Napoleão Nunes Maia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mandou arquivar nesta quinta-feira, 15, uma ação movida pelo PT contra a Rede Globo e os apresentadores Luciano Huck e Fausto Silva.
Para o partido, houve campanha eleitoral antecipada durante a participação de Huck no programa “Domingão do Faustão”, que foi ao ar em 7 de janeiro.
O ministro, no entanto, entendeu que, como Huck já afirmou publicamente e reiterou à Justiça Eleitoral que não será candidato à Presidência da República, “inexiste qualquer elemento minimamente confiável que possa lastrear o pedido apresentado”.
“O Poder Judiciário analisa fatos e direitos postos nos autos, cuja veracidade, neste caso, é a de que o Representado Luciano Grostein Huck não é candidato no pleito de 2018, como ele afirma e reitera na sua defesa, integrada neste processo, perante esta Corregedoria Eleitoral”, diz a decisão.
O ministro também afirmou que os dois autores da ação, o deputado Paulo Pimenta (RS) e o senador Lindbergh Farias (RJ), “carecem de legitimidade ativa” para propor a ação, pois a legislação eleitoral determina que esse tipo de representação deve ser feita por “partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral”.
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